SALOMÃO, Ricardo & GAMBOA, Pedro - DETECTIVES PARTICULARES EM PORTUGAL. Por... E ainda entrevistas com: Insp. Varatojo; Artur Cortês; Diplo; Dinis Machado. Lisboa, Margem, [1985]. Oblongo (17,5x24 cm) de 56, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Livro curiosíssimo, algo insólito, dá a conhecer o mundo dos serviços de investigação privados na década de 80.
Trata-se de uma reportagem sobre esta actividade marginal, de "espionagem", ilegal na época.
"Quem não conhece Columbo ou Mike Hammer como exemplos de detective americano, ou Sherlock Holmes e Miss Marple no caso inglês, ou ainda Poirot e Maigret no universo da língua francesa? Mas do "seu" detective o público português nada sabe. [...]
Nós quisemos saber quem é o detective português.
A legislação proíbe, ou, na melhor das hipóteses, não prevê a existência de investigação privada. Mas o facto é que nas "Páginas Amarelas" várias empresas de investigação anunciam os seus serviços; a verdade é que diariamente os jornais trazem nas colunas dos pequenos anúncios, ao lado dos astrólogos, das massagistas, dos clubes gay e das orações ao "Divino Espírito Santo", os préstimos de inúmeros detectives privados, na sua maioria sem qualquer espécie de qualificação ou princípios deontológicos, o que desperta a gula de muitos vigaristas.
Não estão dentro as regras legais, pouco se falando deles, mas... bem à nossa frente trabalham os detectives particulares.
Classe dividida por lutas e intrigas internas, está também dividida em tipos básicos, formando modelos que nos servem para uma apreciação global.
Saímos para a rua à procura do detective nacional e encontrámos quatro tipos distintos de detective. Estes quatro tipos agrupam-se em duas grandes divisões: As empresas e os free lancers. Para além desta distinção de "status" há naturalmente, e como seu efeito, um discurso que no primeiro grupo tem na "legalidade" o seu leitmotiv, em oposição ao outro grupo que se encontra num assumido discurso de marginalidade."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução | Tipo I - O Troféu Tanit; - Ruper - O Homem da Rua. | Tipo II - "Há coisas que não queremos falar". | Tipo III - O Típico. Tipo IV - O Tipo; O Tipo na cidade | Contratipo - O Detective Barroco | Opinião: Polícia Judiciária - A Perspectiva do Estado; Inspector Varatojo - Governo devia Legalizar | Ficção: Diplo - O Detective possível; Artur Cortez; Dinis Machado.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
50€
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