28 setembro, 2024

AGUILAR, Eduardo de -
LAGRIMAS E ROSAS. Peça dramatica, em prosa.
Preço 800 (oitenta centavos). Porto, Companhia Nacional Tipográfica, 1921. In-8.º (19x12,5 cm) de 29, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Curiosa peça de teatro de teor confessional, dedicada pelo autor ao "Ex.mo Sr. Tenente Coronel Luiz de Mello e Athayde, ilustre dirétôr de «A Luz»".
Rara e muito interessante.
"A cena representa a cela habitada por Sóror Manuela. Á D. A. o catre - É D. B. uma mesa sobre a qual se veem varios livros sacros e uma caveira - Á E. um pequeno altar, sobre o qual está um crucifixo rodeado de jarrões com rosas. Ao F. uma porta, tendo ao largo uma alta fresta gradeada. É de noite.
Ao levantar o pano, muito lentamente, ouve-se ao longe um côro de freiras, acompanhado a orgão. Esse côro prolonga-se ate ás primeiras frases de Manuel. Depois vae-se sumindo até findar. Manuel, enquanto o pano sobe e depois, durante uns segundos, acha-se sentada e com a cabeça enterrada entre as mãos. Parece adormecida. A seus pés, de joelhos e fitando-a docemente, Sóror Candida. Ambas vestem o habito negro, de escapulario branco."
(Introito)
Eduardo de Aguilar (1875-1942). “Nasceu no Porto a 5 de Março de 1875, falecendo em Lisboa no ano de 1942. Além da função de contabilista que exerceu mais tardiamente, é com ligação à área das letras, nomeadamente através da actividade jornalística, que Eduardo de Aguilar se estreia no plano profissional. Com uma obra literária de cariz popular que oscila entre a tendência neo-romântica e incursões no realismo, Eduardo de Aguilar foi autor do livro de versos Cantigas à Bandarra (1924), a única obra poética que se lhe conhece, tendo-se destacado, sobretudo, enquanto romancista e autor dramático. No âmbito do romance, género a partir do qual granjeou a simpatia da crítica jornalística, publicou, no ano de 1912, A morgadinha de Silvares, a edição a favor da Sociedade das Escolas Liberais intitulada De profundis e O mistério da ressurreição. No ano seguinte, foi autor do romance Tragédias de Roma, que atraiu a atenção e as melhores críticas da imprensa da época, e, em 1921, publicou Amores Trágicos e o romance realista A caminho das trevas. Seguiram-se-lhes Almas gentis de namorados e Os fidalgos do cruzeiro, ambos publicados em 1922, e posteriormente O ilustre Bernardo, Vida de miseráveis e Entre espadas e amores, tendo sido ainda autor do romance campestre Os sinos da minha aldeia (1941)."
(Fonte: http://vcp.ul.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=43&Itemid=122#porto_01)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas vincadas, manchada na capa frontal.
Raro.
Indisponível

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