31 maio, 2021

MACHADO, A. Victor -
DO CRIME E DA LOUCURA.
Estudo sobre delinqüentes, observando-os perante as disposições dos Códigos de Justiça e a Medicina Legal. [Prefácios dos Ex.mos Srs. Drs. Luís Cebola e João Ramos de Castro]
. Lisboa, Henrique Torres - Editor, [1933]. In-4.º (24,5x19 cm) de 414, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Interessante estudo histórico, biográfico, sociólogo e médico-legal de alguns conhecidos facínoras portugueses, passando em revista os crimes tenebrosos que na época em que foram cometidos abalaram o país.
Livro ilustrado ao longo de texto com tabelas e desenhos, bem como estampas coladas reproduzindo o retrato dos meliantes, e num dos casos, as fotografias (chocantes) da vítima no local do crime, conforme foi encontrada, e noutra, "arranjada" e exposta para reconhecimento popular.
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa do autor a Álvaro de Almeida, popular actor da primeira metade do século XX, e pelo seu ex-libris, colado no canto inferior esquerdo da mesma página.
"Investigador criterioso, A. Victor Machado, depois de haver colhido notas devéras interessantes em vários arquivos de cadeias, tribunais e manicómios, concatenou-as hábilmente e elaborou um livro, de estilo apropriado - simples e fluente - porquanto o destinava ao grande público. Mas não só este irá deleitar-se com sua leitura; tambem os cientistas, que se dedicam aos estudos médico-forenses do crime, acharão aqui elementos preciosos, para melhor fundamentar os seus pontos de vista ácêrca da responsabilidade e anomalias dos malfeitores célebres."
(Excerto do prefácio do Dr. Luís Cebola)
"O crime praticado por Francisco de Matos Lobo, num primeiro andar do prédio número 5 da rua de S. Paulo, na noite de 25 para 26 de julho de 1841, - há perto de um século - é uma das maiores monstruosidades que a História Criminal regista. [...]
Matos Lobo, após a horrenda chacina que pôs em prática, dizimando, com a mais requintada ferocidade, quatro vidas, foi entregue ao Poder Judicial, que o julgou e condenou, sem que a Ciencia Médica se pronunciasse sôbre o estado mental do assassino.
Prêso na noite em que praticára o crime (25 de Julho de 1841), fôra julgado  trinta e seis dias depois, (30 de Agosto), e enforcado em 17 de Abril de 1842, - 265 dias depois do seu hediondo feito."
(Excerto de Francisco de Matos Lobo)
Indice: Prefácio. | Duas palavras. | Nota preambular. | Francisco de Mattos Lobo - (Homicidío e roubo) (1814-1842). | Luís Augusto Pereira (o Físico-Mór) - (Furto) (1858-1866). | Diogo Alves (o Pancada) - (Homicidío e roubo) (1810-1841). | Joséfa da Conceição - (Infanticidio) (1875). | João António Lobo (o Mestre Lobo) - (Homicidio, fôgo-posto e roubo) (1893) . | Virgínia Augusta da Silva - (Homicidio por envenenamento) (1860-1897). | Tomaz Ribeiro - (Assassínio) (1871-1893). | Adriano Joaquim Moreira - (Homicídio) (1879). | Tatuágem e Gíria das Prisões. | Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Mancha de humidade - desvanecida - atinge as primeiras folhas.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e forense.
Indisponível

30 maio, 2021

VALDEZ, Ruy Dique Travassos - A FIGURA DO PADRE JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO PERANTE A MEDICINA.
Por...
Lisboa, Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1922. In-4.º (25 cm) de 42 p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante ensaio psicossomático sobre José Agostinho de Macedo. Retrato psicológico do conhecido padre polemista, com interesse histórico e biográfico. Por certo com tiragem restrita.
Ilustrado com um retrato de Macedo em extratexto.
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"O nome de José Agostinho de Macedo, a figura de que fazemos o objecto da nossa investigação, não é um nome obscuro entre os dos homens celebres de Portugal.
Vivendo numa época agitada por profundas lutas morais e politicas, quando todo o velho mundo social era abalado até aos seus alicerces pelo éco da Revolução Francesa e das doutrinas morais, sociais e filosoficas que ela representava, coexistindo com uma das mais violentas crises da nacionalidade portuguesa, José Agostinho de Macedo conseguiu ser uma figura de relevo suficiente para que a sua fama, flutuando sôbre todas as tempestades da sua época, chegasse até aos nossos dias como a duma mentalidade vigorosa e brilhantissima entre as do seu tempo. [...]
José Agostinho foi simultaneamente um lutador e um homem de erudição. Da primeira das nossas asserções é prova o tecido ininterrupto de celeumas e de hostilidades em que a sua vida decorreu e que êle atravessou, tendo por vezes na mão o zambujo do caceteiro, mas levantando sempre a cabeça serena do vencedor e do intelectual. [...]
A noção da existencia de anomalias mentais em José Agostinho é antiga.
Pelos da sua época frequentes vezes foi alcunhado de «louco», de «energumeno» e de outras designações peor soantes, que se umas vezes eram apenas o desforço das violentas injurias que José Agostinho como polemista nunca poupou a ninguem, eram talvez noutras ocasiões a expressão d'um facto estabelecido no espirito dos seus coetaneos, em face das anormalidades constantes do seu proceder. O proprio José Agostinho confessa êste facto com que quási todos os seus biografos concordam."
(Excerto do Cap. I)
Matérias:
[Preâmbulo]. | I - [Introdução]. | II - Innocencio Francisco da Silva - Dicionario Bibliographico Portuguez - T. IV - Pag. 183. | III - A época. | IV - [Análise médica do estudo]. I, Antecedentes domésticos: a) Condições familiares; b) Estada na familia. II. Antecedentes fisico-pessoais: a) Constituição fisica: b) O retrato. III. Sentimento e paixões: 1. Inclinações pessoaes: a) Instinto de conservação; b) Instinto sexual; c) Inclinações ligadas ás faculdades. (Vaidade, orgulho e amôr proprio). 2. Inclinações simpaticas: a) Amor da humanidade; b) Patriotismo; c) Sentimento de familia; d) Amizade; e) Amor. 3. Inclinações impessoaes: a) Amor da verdade e beleza; b) Senso moral; c) Sentimento religioso. IV - Carácter: a) Vontade; b) Emotividade; c) Sociabilidade; d) Faculdade de trabalho. V - Inteligencia: a) Memoria; b) Imaginação; c) Faculdades logicas; d) Linguagem. V - A psicose de José Agostinho de Macedo. | Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenos cortes nas margens. Miolo correcto; páginas amarelecidas.
Raro.
25€

29 maio, 2021

SOUSA, Maria Leonor Machado - INÊS DE CASTRO : um tema português na Europa
. Lisboa, Edições 70, 1987. In-4.º (23 cm) de 532, [4]p. ; [8] p. il. ; B.
1.ª edição.
Importante ensaio histórico-bibliográfico sobre Inês de Castro, episódio lendário com divulgação literária à escala universal, sendo inúmeras as obras que, directa ou indirectamente, se referem a esta temática. Obra de fôlego.
"Inês de Castro, protagonista de um episódio medieval pouco diferente de tantos outros, transformou-se, devido aos acontecimentos suscitados pela sua morte, num tema que interessou a literatura europeia até aos nossos dias. Ao longo de várias épocas, os diferentes autores viram nele facetas novas que foram sendo adaptadas a outras maneiras de pensar e a outros condicionalismos sociais e políticos, sem esquecerem nunca o valor simbólico do episódio em que se viu a concretização de um mito eterno da Humanidade - o amor para além da morte."
(Sinopse - texto retirado da contracapa)
Livro ilustrado extratexto com bonitas estampas a p.b. e a cores.
"A história dos trágicos amores de D. Pedro I e Inês de Castro, que ao longo dos sete séculos já passados não deixou de inspirar obras de todas as artes, que constantemente se renovam, suscita muitas vezes o espanto de quem avalia a permanência do interesse por ela. O nosso primeiro cronista, Fernão Lopes, terá percebido as razões desse fascínio: "fallamos daquelles amores que se contam e leem nas estorias que seu fundamento teem sobre verdade.
Este verdadeiro amor ouve elRei Dom Pedro a Dona Enes”. A imaginação, a contaminação de lendas, um sem número de experiências e variantes foram acrescentando pormenores mais ou menos fantasistas que por vezes acabaram por ser tomados como autênticos.
Mas há elementos indesmentíveis: dois registos contemporâneos da data e do modo da morte de Inês, a guerra e o tratado de paz entre D. Pedro e o pai, a trasladação para Alcobaça e a realidade dos túmulos onde finalmente repousaram os dois amantes. O estudo que agora permitiu uma actualização até 2019 e a recuperação de obras até aqui desconhecidas pôde trazer muitas novidades, de várias épocas, lugares e autores.
O objectivo inicialmente tentado de ver como a Europa absorvera esta tragédia amorosa (o episódio mais conhecido da história de Portugal) pôde agora dar a volta ao Mundo.
Pensando que a força deste drama continue a atrair os investigadores, é de esperar que estes pormenores venham a ser desenvolvidos e até confirmados na sua realidade. A história de Pedro e Inês é uma tragédia verdadeira que veio dar força ao mito do amor para além da morte."
(Fonte: fnac (resumo do livro))
Índice: Critérios. | Introdução. | História e lenda. | Da Península para a Europa. | A conquista da Europa. | O episódio camoniano. | Variações românticas. | O século XX. | Conclusão. | Anexos: I - Brasil; Bibliografia. II - Paródia; Bibliografia. III - Permanência de motivos; IV - Heroínas paralelas; Bibliografia. | Bibliografia: Obras enciclopédicas e bibliográficas - I. História; II. Literatura; III. Estudos.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
35€

28 maio, 2021

TELO, Alencastre - O MURO DA VERGONHA
. Lisboa, [Edição do Autor]. Distribuidores Gerais : Editorial Organizações, Lda., [1963]. In-8.º (20,5 cm) de 234, [2] p. ; il. : E.
1.ª edição.
Romance histórico cuja acção decorre no período que mediou entre a construção do Muro de Berlim e a época tumultuosa que se seguiu, determinando o protesto universal que viu com repulsa e indignação a atitude da liderança soviética. "Misto de ficção e realidade é bem a triste desventura de milhões de Alemães de Leste forçados a fugir para além da famigerada muralha de Berlim, vergonha de todo o mundo ocidental".
Obra duplamente invulgar: por ter tido pouca divulgação no circuito comercial livreiro, e pelo tema escolhido pelo autor (português) para tema do seu romance.
O Muro de Berlim (em alemão: Berliner Mauer) foi uma barreira física construída pela Alemanha Oriental durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental. Era parte da fronteira interna alemã. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas sob jugo do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental Socialista com ordens de atirar para matar (a célebre Schießbefehl ou "Ordem 101") os que tentassem escapar, o que provocou a separação de dezenas de milhares de famílias berlinenses."
(Fonte: wikipédia)
Livro ilustrado com dezenas de fotogravuras a p.b. - algumas chocantes - ao longo de 17 páginas que traduzem o desespero e a vontade de inúmeros alemães de leste em passarem para o lado ocidental.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Desde 13 de Agosto de 1961 que os dirigentes da zona de ocupação soviética da Alemanha obliteraram completamente a parte oriental da cidade que dominam, separando-a de Berlim ocidental. A crise que arde surdamente desde há tempos em torno da antiga capital alemã acerca-se do seu ponto culminante."
(Excerto do preâmbulo - Ao leitor)
"Terminara a II Grande Guerra Mundial. Após 6 anos de batalhas e tragédias inenarráveis que enlutaram quase todos os lares, as tropas de Hitler acabaram por ser derrotadas pelos exércitos aliados. Feito o Armistício, as partilhas começaram. Berlim, a inconfundível  cidade alemã, foi partida qual bolo, em quatro partes e dividida pela França, Inglaterra, Estados Unidos e Rússia, as quais combinaram entre si a partilha daquele espólio que representa algo de sagrado para todos os alemães.
Escreveram-se tratados, e conferências sem fim foram levadas a efeito; mas uma das nações signatárias estava de má fé, e por isso, não hesitou em, pouco tempo depois, fazer um vergonhoso bloqueio à bela capital da Alemanha. [...]
A nossa história começa exactamente quando os russos principiaram a construção do muro que divide as zonas aliadas da soviética. Esse muro que continua a aumentar e a que os ocidentais, com muito acerto, designam por «Muro da Vergonha»."
(Excerto da Introdução)
Karl Gueche, ex-professor catedrático da Universidade de Berlim, era muito conhecido pela sua aversão ao Nazismo aquando do reinado de Hitler. Por isso e pelas suas qualidades pessoais, tanto na Faculdade como entre todos aqueles que, como ele, pressentiam a derrota do país, o ilustre homem disfrutava da maior estima e consideração. Não obstante, durante a guerra servira com patriotismo a sua pátria e, quando os russos ocuparam Berlim, foi nomeado, por estes, reitor do «Colégio da Juventude», no intuito bem evidente de levar a mocidade alemã, daquela zona, à sovietização e à doutrina marxista.
Nos primeiros anos tudo foi suportando em silêncio, mas a parede construída para separar as zonas foi o sinal de alerta que obrigou o professor a esclarecer a sua atitude.
Naquela manhã de 13 de Agosto de 1961, os seus dias ficaram contados."
(Excerto do Cap. I)
Encadernação em meia de pele com cantos e ferros gravados ouro na lombada. Conserva a capa de brcochura frontal.
Exemplar em bom estado de conservação. Aparado.
Muito invulgar.
Indisponível

27 maio, 2021

FONSECA, Faustino da - A ARRAIA MIUDA : romance historico
. Lisboa, Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, 1906. In-8.º (19 cm) de 337, [3] p. ; E.
1.ª edição.
Romance histórico cuja acção decorre no século XIV, durante a crise dinástica portuguesa de 1383-1385.
"Precipitou-se amedrontada no aposento a açafata, apartando as louras madeixas soltas de donzella, que a velavam na carreira, e deixou ver os olhos espavoridos, vigiando-se do esguio arco da porta, cheio de um triste negrume vindo do interior do paço.
- Senhora, é a arraia miuda!
E a confirmar a nova tremeram os vidros, e trouxe a rajada do vento um rumôr volumoso e cavo, tolando n'um estrepito de trovão.
- Fechae-me essa porta, correi o reposteiro, assim! - ordenou Leonor Telles n'um bater de dentes, crispando as mãos compridas, afiladas, de dedos afusados, de unhas roseas, nos braços, talhados em folhagens, do grande cadeirão de baldaquino.
Só então poude erguer-se, e avançou até á porta almofadada, forte de pregarias e ferrolhos, que a moça procurava encobrir, tirando a pesada tapeçaria, onde as hirtas figuras de guerreiros surgiam das pregas, como a entrarem de guarda, empertigados como estacas, pregados ás lanças, espada ao longo, escudo em bico; a barbuda, em focinho de animal, rematando o corpo, escamoso como de um reptil.
Mas o incessante rebramir da turba ouviu se de novo, arrastado na ventania, vergastando a vidraça.
- Fechae! Fechae! - bradou a rainha, recuando até apeiar-se á cadeira senhorial, como receiosa que a arrancasse do throno. [...]
Conhecia-a bem, a féra que resistira á sua fascinação.
Soubera prear o audaz falcão de Fernando, o centauro infante D. João, o bravo leão que fôra o Andeiro, o lebreusinho do Mestre d'Aviz, que, mal quizesse, se lhe rojaria de novo aos pés; dominára ricos homens, infanções, senhores de terras, alcaides, prelados, argentarios.
Quem se lhe opunha pois, o que era aquillo?
A canalha, o refugo: trabalhadores, sapateiros, alfaiates, regateiras, collarejas, pescadores; a corja, a montureira, a arraia miuda, emfim!"
(Excerto do Cap. I)
Faustino da Fonseca (Angra do Heroísmo, 1871 - Lisboa, 1918). Foi um político, jornalista e escritor português. Colaborou em vários jornais de Angra e de Lisboa. Como escritor publicou diversos estudos e romances históricos. Foi deputado constituinte e senador na Primeira República Portuguesa, director da Biblioteca Nacional de Lisboa (1911-1918) e sócio da Academia das Ciências de Lisboa.
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas cansadas, com defeitos.
Muito invulgar.
20€

26 maio, 2021

MONTENEGRO, Orlando - A QUESTÃO OPERÁRIA NA PÓVOA DE VARZIM DURANTE A I REPÚBLICA
. Póvoa de Varzim, [s.n. - Imprensa Portuguesa, Porto], 1978. In-4.º (23 cm) de 97, [3] p. ; B.
1.ª edição independente
Importante subsídio para o movimento laboral na Póvoa de Varzim ao longo do período da 1.ª República (1910-1926), com reprodução de documentação vária e notícias da época.
"O estudo do movimento grevista e operário na Póvoa de Varzim durante a 1.ª República está por fazer. Porque se trata de uma matéria de indiscutível interesse, afigurou-se-me vantajoso iniciar pesquisas, nesse sentido, a partir da imprensa local - relativamente numerosa, na época, para uma vila provinciana como era, então, a Póvoa. [...]
Apesar de Portugal estar pouco industrializado, os problemas laborais, que se vinham a fazer sentir no nosso país (como no resto da Europa) desde os últimos anos na monarquia, continuaram a agravar-se tão intensamente com a implantação da República que o Governo provisório decretou, em Dezembro de 1910, o direito à greve. [...]
De Norte a Sul do país, viveu-se com maior ou menor intensidade um clima de certa agitação social com paralisações grevistas frequentes que, por vezes, atingiram proporções graves quer a nível local, quer nacional.
Era, pois, natural que numa vila nortenha como a Póvoa de Varzim, situada a escassas três dezenas de quilómetros do segundo maior centro urbano do país, se repercutisse um tal clima e se vivesse por vezes um ambiente de reivindicações laborais a partir das actividades económicas possuidoras de melhor organização associativa. Sociedade essencialmente piscatória, o burgo poveiro dispunha, como é natural, de profissões diversificadas com efectivos humanos variáveis exigidos pelas necessidades correntes da comunidade. Assim, os problemas operários logo aqui surgiram na sequência do que se passou em diversos ponto do país, também palco de uma movimentação contestatária com sua origem nos mais importantes centros urbanos locais onde a classe operária despertava para uma conquista de direitos que lhes eram na maioria dos casos injustamente negados."
(Excerto da introdução)
Matérias:
[Introdução]. | Apêndice. I . Cronologia dos assuntos noticados. II. Documentos: 1) Entre operários e mestres : Um novo horário; 2) Uma bela festa operária : O 1.º de Maio; 3) Uma questão de horário : Entre operários e mestres : Não há greve! 4) 1.º de Maio : Uma grande festa de confraternização; 5) Movimento associativo : Uma nova associação de classe; 6) Entre alfaiates : A«Patriótica» reclama um novo horário de serviço e melhoria de situação para os alfaiates; 7) A grève dos alfaiates : Por não serem attendidas as suas reclamações abandonam o trabalho os 60 officiaes de alfaiate d'esta villa - Conferencias na administração do concelho que nada adianta - Constitui-se uma cooperativa na associação de classe; 8) A grève dos alfaiates : Uma solução satisfatória; 9) A grève dos alfaiates; 10) Descanço semanal; 11) Descanço semanal : O regulamento; 12) A classe de pedreiros : Teremos gréve? 13) Grève dos pedreiros e canteiros : A intransigência dos mestres parece-nos que vai ocasionar gréve; 14) Tribuna do professor : União : Á minha classe; 15) A gréve dos pedreiros : Na intransigência - As outras classes; 16) A gréve dos pedreiros; 17) Pela higiene : Uma «gréve» : As vendedeiras de fructas procuram furtar-se à medida camararia em que as obriga a ter a fructa resguardada da môsca; 18) A falta de trabalho : Em socorro das classes de construção civil - a Camara resolve fazer obras; 19) 1.º de Maio; 20) Movimento associativo : Na «Edificadora»; 21) Gréve dos gráficos; 22) Propaganda operária : Do construtor civil; Aos gráficos; 23) Confraternização socialista; 24) As greves; 25) As gréves; 26) Reunião magna operária; 27) O dia primeiro de Janeiro; 28) O 1.º de Maio : Saudando; 29) Em Aguçadoura : Funda-se a «A Seareira», associação de seareiros e agricultores daquele populoso logar; 30) Os gráficos; 31) Os operários e a Póvoa! 32) A'lerta operarios! 33) União dos sindicatos operarios; 34) 1.º de Maio; 35) Operarios. Alerta!...; 36) A Questão do Momento : O salario dos operarios; 37) A greve operaria; 38) A greve geral na Póvoa; 39) Ainda a greve; 40) União dos sindicatos; 41) Na linha férrea da Póvoa : Um conflito iminente; 42) Na linha férrea da Póvoa; 43) A greve; 44) A greve dos correios; 45) Na linha ferrea da Povoa : Escandaloso contrato! Pessoal, accionistas e expedidores prejudicados. Pede-se a atenção ou reunião imediata dos accionistas para apreciarem o assunto; 46) A greve dos estudantes; 47) Carestia da vida : Do manifesto da União Operaria Nacional; 48) Operarios de construção civil; 49) A gréve ferro-viária; 50) As greves; 51) A greve telegrafo-postal : Está em vias de solução? A atitude do governo. A povoa em comunicação com o Porto; 52) A gréve dos marceneiros; 53) A gréve dos funcionarios; 54) Á margem da gréve telegrafo-postal; 55) Seguros sociais obrigatorios : Entra amanhã em vigor o seguro por desastres no trabalho; 56) Seguros sociais obrigatorios : Desastres no trabalho; 57) Trabalhemos : As oito horas de trabalho - conflitos; 58) Caminho de ferro da Povoa : Gréve? 59) Não ha gréve do caminho de ferro; 60) Gréves; 61) Movimento da Praia : Resultados funestos da gréve; 62) As greves : Ao lado do Governo; 63) Descanço dominical; 64) Uma grève; 65) Reclamações operarias : Caminho a seguir : As classes trabalhadoras locais pretendem 6 escudos diarios e o cumprimento da lei das 8 horas; 66) Gréve na Povoa; 67) Emigração.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas algo manchadas.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e regional.
Indisponível

25 maio, 2021

LODY, George - BRAZEIRO ARDENTE : romance.
Versão livre de João Amaral Júnior. Dramas da Espionagem. As aventuras dos mais célebres espiões internacionais
. Lisboa, João Romano Torres & C.ª, [193-]. In-8.º (21 cm) de 228 p. ; il. ; B. Colecção Dramas da Espionagem ,IV
1.ª edição.
Romance histórico sobre espionagem durante o período da Grande Guerra. Quarto volume da estimada Colecção Dramas da Espionagem.
Obra da autoria de João Amaral Júnior, o 'tradutor', que assina com o pseudónimo George Lody.
Livro ilustrado ao longo do texto com 14 gravuras, sendo 8 em pagina inteira. Capa e desenhos de Ramos Ribeiro.
"Jorge Dulac voltou a Helsingfors...
Depois da sua piedosa visita à campa de Kaluga, no pequenino cemitério da aldeia nevada, apenas lhe restava abafar o desgosto causado pelo doloroso capítulo de amor que acabava de enlutar Rampov.
A missão oficial com que partira da França para a Rússia, achava-se retardada pelo grave incidente que no anterior volume narrámos.
As circunstâncias exigiam pois toda a inergia das suas faculdades, o absoluto desprendimento de entraves, para, exclusivamente, se entregar à dupla actividade com que esperava ganhar parte do tempo perdido."
(Excerto do Cap. I, Manhã de tiroteio)
João dos Santos Amaral Júnior (Lisboa, 1899 - ?). "Tal como Guedes do Amorim e Rocha Martins, não concluiu qualquer curso superior, sendo exemplo de mais um autodidacta de sucesso que colaborou com a Romano Torres. Estreou-se antes dos 20 anos com o romance A ladra (1920), seguindo-se em 1923 novo romance intitulado Direito de viver com prefácio de Manuel Ribeiro. O Dicionário Universal de Literatura atribui ao bom acolhimento que teve destas primeiras obras o impulso que o levou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Embora não tivesse sido jornalista, colaborou enquanto crítico literário com o jornal A República e dirigiu o quinzenário Novidades Literárias.
Curiosamente, o Dicionário Universal de Literatura aponta o seu pseudónimo George Lody como sendo autor da «tradução livre» de alguns escritores estrangeiros, indicando como exemplos disso mesmo as obras Legião maldita, Rússia negra, Sentinelas dos mares, Braseiro ardente, Soldado da sombra e Espiões da Paz. Há clara confusão, visto que é o próprio João Amaral Júnior que se apresenta como tradutor de um alegado autor francês de nome George Lody, afinal seu pseudónimo. Este caso foi desconstruído por Maria de Lin Sousa Moniz no seu ensaio «A case of pseudotranslation in the Portuguese literary system». No entanto, o verbete do Dicionário Universal de Literatura, publicado em 1940, serve de exemplo para a confusão que à época havia relativamente à pseudotradução (Amaral Júnior não foi o único na Romano Torres, veja-se os casos de Guedes de Amorim e José Rosado).
A colaboração de Amaral Júnior na Romano Torres foi intensa, quer como autor, quer como tradutor. Para além de ter escrito os seis romances já referidos sob o pseudónimo de George Lody, que constituíram a colecção «Dramas de espionagem: as aventuras dos mais célebres espiões internacionais», escreveu também sob o pseudónimo de Fernando Ralph o livro O golpe alemão (1936), e no seu próprio nome Minha mulher vai casar (s.d.), O nosso amor não é pecado (s.d.), A mulher que jurou não ser minha (1936), etc. Enquanto tradutor, dedicou-se especialmente a Max du Veuzit e Claude Jauniére. Não se conseguiu apurar a data ou o local da sua morte."
(Fonte: fcsh.unl.pt/chc/romanotorres/?page_id=63#G)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos. Lombada fendida. Páginas ligeiramente oxidadas.
Invulgar.
20€

24 maio, 2021

MARTINS, J. P. Oliveira - THEORIA DO SOCIALISMO : evolução politica e economica das sociedades na Europa.
Por...
Lisboa, 71 - Travessa da Victoria - 71 [Typ. Sousa & Filho - Lisboa], 1872. In-8.º (18 cm) de 408, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Importante ensaio filosófico sobre o Socialismo na sua versão original, sendo esta uma das mais importantes e apreciadas obras do autor.
"A theoria do Socialismo é a Evolução.
Evolução quer dizer o movimento natural e fatal executado segundo uma lei do universo. A noção do modo de ser do mundo era desconhecida ás civilisações antigas e á nossa antes do seculo XIX. É a grande, a solida, a definitiva conclusão moral da nossa era. É a lei pela qual o universo, deixando de ser uma creação caprichosa do espirito e que se rege caprichosamente por elle, sob a forma divina ou heroica, attinge a dignidade da autonomia. É a lei fundamental dentro de que se encontram de accordo e se comprehendem a Natureza e o Espirito.; que nos dá a historia natural do homem e do mundo; e que portanto nos descobre, por meio de uma equação gigante, o segredo do futuro.
A affirmação da Humanidade como objecto da sua propria existencia; a affirmação do Homem como norma absoluta; isto é o nosce te ipsum elevado ás proporções da suprema idéa metaphysica, tal é o ponto onde conduz fatalmente a Evolução. Civilisação quer dizer educação. Conclue pela sciencia, pelo conhecimento de nós mesmos, pela affirmação moral da nossa existencia real. Apropriar, reconhecendo-as como fructo de nós mesmos, as creações divinas, poeticas, heroicas da historia, conduz necessariamente á doutrina da immanencia, dentro do homem, de todos os sentimentos e idéas que são a norma da nossa existencia."
(Excerto do preâmbulo - Theses geraes)
Indice:
Theses geraes. | Livro Primeiro - O Direito Publico na Civlisação Moderna: These. I - Omnis potestaa a Deo; II - Obligatio ex consensu; III - Il mondo é fatto dagli uomini. Schema. | Livro Segundo - O Principio Federativo na Historia: These. I - As raças latinas; II - As raças germanicas; III - As federações actuaes. | Livro Terceiro - A Economia Social: These. I - O dominio transcendente e a servidão - § 1.º A propriedade e as classes ruraes; § 2.º A industria e as classes operarias; § 3.º  commercio e o banco. II - O dominio natural e o salariato - § 1.º O commercio e o banco; § 2.º A propriedade e as classes ruraes; § 3.º A industria a as classes operarias. III - A sciencia economica.
Joaquim Pedro de Oliveira Martins (1845-1894). "Historiador, economista, antropólogo, crítico social e político, a sua ação e os seus trabalhos suscitaram controvérsia e tiveram considerável influência, não apenas em historiadores, críticos e literatos do seu tempo e do século XX, mas na própria vida política portuguesa contemporânea. Desde 1867, Oliveira Martins experimentou diversos géneros de divulgação cultural: romance e drama históricos, ensaios de reflexão histórica e política e doutrinária. Mas essas tentativas, de valor desigual, não alcançaram grande sucesso. Em 1879, dá-se uma inflexão no seu percurso intelectual, com o início da publicação da Biblioteca das Ciências Sociais, de sua exclusiva autoria. Embora alheia a intenções doutrinárias e ao espírito de sistema dominante na época (positivismo, determinismos vários), não deixaria de, pontualmente, exprimir estas tendências. Pelo largo fôlego e diversidade de matérias que pretendia abarcar - história peninsular, história nacional e ultramarina, história de Roma, antropologia, mitos religiosos, demografia, temas de economia e finanças, etc. - a coleção constituiu um projeto sem precedentes no meio cultural português da Regeneração, com o objetivo de generalizar todo um conjunto de saberes entre um público alargado. O empreendimento editorial ficaria marcado pelo autodidatismo de Oliveira Martins, uma curiosidade científica sem limites e um bem evidente pendor interdisciplinar e globalizante. Esse autodidatismo é afinal indissociável do próprio percurso biográfico e profissional do historiador."
(Fonte: http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xix/oliveira-martins.html#.XVLSqkfOWM8)

Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e filosófico.
Indisponível

23 maio, 2021

MARCHAS POPULARES DOS BAIRROS - Programa Oficial.
VIII Centenário de Lisboa: 1947
. Lisboa, Comissão Executiva das Comemorações : Delegação das Marchas Populares, 1947. In-8.º (21 cm) de 28 p. ; B.
1.ª edição.
Raro programa das festividades de Lisboa, com significado histórico pela celebração do 8.º Centenário de Lisboa, mas também porque Almada integrou o desfile, algo que sucedeu pela primeira vez com uma marcha exterior à capital.
Contém as letras de todas as marchas que se apresentaram a concurso no desfile: Marcha de Almada: Almada é uma vila sempre ligada a Lisboa desde a Conquista e em todos os passos da historia. É um burgo de trabalho que namora Lisboa desde o seu Castelo. Traz uma marcha como se fôsse bairro alfacinha, organizada com o auxílio da Câmara de Almada, e apoiada numa comissão local e no Grupo Recreativo Margueirense, de Cacilhas; Marcha de Campo de Ourique; Bairro Alto; Marcha do Alto Pina; Marcha da Mouraria; Marcha da Graça; Marcha do Castelo; Marcha de Bemfica; Marcha de S. Vicente; Marcha de Alfama; Marcha da Madragoa;
"Em 1947 celebrou-se o VIII centenário da conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques em 1147. As marchas voltam a ser organizadas por uma comissão da CML e são integradas nos festejos de um centenário.
Em 1947 passam a ter como espaço do concurso o Pavilhão dos Desportos (actual Pavilhão Carlos Lopes), recebendo a apresentação das marchas distribuídas por duas noites. Raúl Ferrão (música) e Norberto de Araújo (versos), que já tinham sido os autores da GML em 1935, foram escolhidos pela CEFC para escrever a Grande Marcha de 1940 e de 1947: Olha o Manjerico e Marcha do Centenário, respectivamente."
(Fonte: file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/Tese_Marchas.pdf)
"As marchas bairristas, todas enfloradas de pitoresco, são uma antiga tradição lisboeta, que, sobretudo, nos séculos XVIII e XIX imprimiram aos pátios e eirados de Lisboa uma animação de singular garridice. As vésperas de Santo António, S. João e S. Pedro viviam deste brinco popular. Sempre o povo foi ledo a bailar e a cantar trovas de amor. Mas o desfile das Marchas constitue um espectáculo único de folgança e alacridade, cuja origem reside numa esquecida tradição. Depois dos bailaricos e descantes, ir ao chafariz do bairro lavar a cara, imaginar Santo António a concertar as bilhas, e cantar ainda sem fadiga - era um ritual da mística alfacinha.
Os namorados davam-se os braços, e na Marcha seguiam velhos e crianças, aos pares, cada um com seu balão de cores e o seu cravo de papel ou ramito de mangerico, Esta é a tradição renovada há 20 anos, com arte e disciplina decorativa, nascidas da humildade que se vestiu de fantasia."
(Excerto de A tradição das marchas)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos - rasgões e pequenas falhas de papel.
Raro.
Com interesse histórico e olisiponense.
25€

22 maio, 2021

SCHWALBACH, Fernando - O VICIO EM LISBOA.
(Antigo e Moderno)
. Lisboa, Parceria Antonio Maria Pereira : Livraria Editora, 1912. In-8.º (18 cm) de 95, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Curiosa monografia sobre a Lisboa viciosa, e o seu submundo de sensualismo e prostituição. Ilustrada com um exemplo real de perdição feminina do conhecimento do autor, em "Do bordel á alta e da alta á vala".
"Quantas duzias de vezes se tem ventilado este assumpto? Difficil, se não impossivel, se torna dizel-o ao certo, pois que sem conto já são.
No entanto é sempre novo, sempre palpitante, sempre da actualidade, pois que o vicio nunca teve tempo ou edade, é sempre novo, sempre moderno. Vão morrendo as sacerdotizas já muito usadas como a Antonia Moreno, a Monteverde, as mais altamente cotadas; a Lavradeira e outras do vicio baixo, se por acaso ha altura n'uma coisa que começa e acaba sempre da mesma forma, seja no bordel da classica meia porta, ou n'aquella a que dá ingresso a escada atapetada e as salas alcatifadas. Tanto ulula o vicio n'um desconjuntado leito de ferro, que geme e chora a sua desdita ao mais pequeno solavanco, como na cama á Luis XV, acobertado pela brancura nivea dos cortinados que, quem sabe, feitos ás vezes para encobrir a nudez que um sonho indiscrepto deixa profanar d'um corpo de virgem, acabam por tapar, não o corpo da mulher que se vende, mas a vergonha do homem que a compra!..."
(Excerto de A abrir)
"Ao começar este pequeno livro, tive apenas em mira esboçar, o mais ao de leve possivel, o que era o vicio em Lisboa; e com alguns exemplos por mim vistos no decorrer de doze annos de vida bohemia, mostrar não só os podres desse mesmo vicio, como os resultados funestos a que muitas vezes leva quem n'elle se internar."
(Excerto de A fechar)
Indice:
I A abrir. II - Hospedarias para pernoitar. III - Os bordeis. IV - Casas chics. V - Vicio e jogo. VI - As patroas. VII - Do bordel á alta e da alta á vala. VIII - A fechar.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos e falhas de papel; lombada idem.
Raro.
Com interesse histórico e olisiponense.
Indisponível

21 maio, 2021

GOUVEIA, Jorge Bacelar - TIMOR-LESTE : Resoluções das Nações Unidas
. Lisboa, Associação Académica Faculdade de Direito de Lisboa, 1992. In-8.º (22 cm) de [2], 80, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história de Timor-Leste, publicado pouco tempo após o massacre do cemitério de Santa Cruz, em Dili, pelo exército indonésio, que viria a recolocar o caso de Timor na agenda internacional.
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Prof. Freitas do Amaral.
"O Povo e o Território de Timor-Leste têm sido ultimamente alvo de crescente interesse por parte da opinião pública nacional e internacional. As iniciativas já levadas a cabo vêm traduzindo as suas diferentes espécies de preocupações.Mas infelizmente o tratamento jurídico da questão é ainda muito superficial.
É no espírito de contribuir para essa análise jurídica que o programa da disciplina de Direito Internacional Público - I da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa , sob a coordenação e regência, respectivamente, dos Professores Doutores Jorge Miranda e Sérvulo Correia, lhe dedica alguma atenção.
A presente colectânea corresponde precisamente à intenção de fornecer aos estudantes os textos das resoluções da Organização das Nações Unidas pertinentes. A primeira parte contém as de carácter geral, que estabelecem o quadro de descolonização do pós-guerra. A segunda parte abarca as que são privativas de Timor-Leste."
(Nota prévia)
Jorge Cláudio de Bacelar Gouveia (Lisboa, 1966) é um jurista português (professor catedrático de Direito, advogado, jurisconsulto e árbitro).
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€

20 maio, 2021

LAFOREST, Dubut de - CLOÉ DE HAUT-BRION.
Traducção de Domingos Cabral de Quadros
. Lisboa, "A Editora", 1909. In-8.º (22 cm) de 153, [1] p. ; il. ; C. Col. Os Ultimos Escandalos de Paris: Grande romance dramatico inedito - XXXIV
1.ª edição.
Romance de costumes, levemente erótico, publicado na primeira década do século XX.
Livro ilustrado com bonitos desenhos nas páginas de texto.
"As personagens dos Ultimos Escandalos de Paris estão a apparecer a cada momento e por toda a parte podem sempre encontrar: Virgens excepcionais e prostituidas, Rufiões de casaca, Grandes horisontaes, Ultimos D. Joões, Mulheres-homens, Caixas de batota, Doutores mata-creanças.
Toda esta sucia está sempre alerta!
As victimas dos seus logros é que soffrem!"
(Excerto de I - Em Plogoff, [Às] Leitoras e leitores)
índice:
I - Em Plogoff. II - O vicio da morphina. III - Estevão Delarue, por antonomasia Angelus. IV - A ex-Virgem do boulevard e a ex-matrona do 7-bis. V - No palacio do Conselheiro-Tartufo. VI - A vincondessa de La Plaçade.
Jean-Louis Dubut de Laforest (1853-1902). Escritor francês. Autor prolífico, publicou vários romances sobre assuntos considerados ousados na época, alguns como folhetins em jornais e revistas.
Encadernação cartonada do editor.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

19 maio, 2021

NORONHA, Eduardo de - NA RUSSIA : aspectos da guerra e da revolução.
Narrativa historica e anecdotica com 107 gravuras. Feita e coordenada por...
Lisboa, Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, 1906. In-8.º (18,5 cm) de [4], 384 p. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
"A Guerra Russo-Japonesa foi uma guerra entre o Império do Japão e o Império Russo que disputavam em 1904 e 1905 os territórios da China e da Manchúria. A guerra ocorreu no nordeste asiático, agravou-se, e o regime político do czar Nicolau II da Rússia foi abalado por uma série de revoltas internas em 1905, envolvendo operários, camponeses, marinheiros (como a revolta no couraçado Potemkin) e soldados do exército. Greves e protestos contra o regime absolutista do czar explodiram em diversas regiões da Rússia. Os líderes socialistas procuraram organizar os trabalhadores a fim de debater as decisões políticas a serem tomadas. O Japão era um país de tradições militares, apesar de enfrentar severas crises económicas. Com navios menores, mas com grande mobilidade e poder de fogo muito superior ao dos pesados e antigos navios russos, a Marinha japonesa impôs uma derrota humilhante ao inimigo. Esta guerra marcou o reconhecimento do Japão como potência imperialista pelas diversas nações da Europa, enquanto a derrota russa, por sua vez, patenteou a fraqueza do regime czarista e iniciou a sua queda, concretizada na Revolução de 1917. A guerra também foi conhecida como a "primeira grande guerra do século XX"
(Fonte: wikipédia)
"A principal causa da sangrenta guerra entre a Russia e o Japão foi a preponderancia que os dois paizes desejavam obter no Extremo-Oriente.
Depois de varias tentativas de paz, feitas com alguma candura pelo tzar Nicolau II, as hostilidades foram rôtas inesperada e brutalmente.
Na noite de 8 para 9 de fevereiro de 1904, os torpedeiros japonezes acommettiam a esquadra russa, fundeada em Porto-Arthur, e avariavam-lhe seriamente algumas das suas principaes unidades de combate. A guerra estava declarada."
(Excerto da Introducção)
Indice:
Introducção. | Primeira Parte - Na Manchuria. | Segunda Parte - A revolução.
Encadernação editorial em tela com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada.
Invulgar.
Com interesse histórico.
20€

18 maio, 2021

OLIVEIRA, P.ᵉ José Galamba de - FÁTIMA À PROVA.
Subsídios para a História de Fátima. Leiria, Gráfica, 1946. In-8.º (19,5 cm) de 128, [4] p. ; [18] f. il. ; B.
1.ª edição.
Importante contributo para a história das aparições de Fátima, obra do Padre José Galamba de Oliveira - um dos principais estudiosos e divulgadores do fenómeno Mariano.
Livro ilustrado com 18 estampas intercaladas no texto.
"No seu n.º 111, de 13 de Dezembro de 1931 iniciava a «Voz de Fátima» uma série de artigos subordinados ao título deste livro e publicados até 13 de Março de 1933. Por motivos alheios à nossa vontade suspendeu-se a publicação, que, em virtude de trabalhos absorventes, nunca mais pôde continuar.
Os materiais estavam juntos.
Muita gente seguira com interesse a história das várias fases da perseguição e pedia que continuássemos.
Passados mais de 13 anos sobre a publicação do último artigo, sai finalmente em volume o que então publicámos e o que conseguimos coligir e averiguar acerca do assunto.
Este trabalho, para o qual tivemos de ouvir muita gente e passar longo tempo em investigações na Administração do concelho de Vila Nova de Ourém e no Governo Civil de Santarém, é apenas um pequeno subsídio para a futura história dos acontecimentos de Fátima. Não tem outras pretensões.
Ocupar-nos-emos só do que respeita às contrariedades e oposições levantadas contra a Fátima, abrangendo o período agitado das aparições e primeiras perseguições."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução. | I - O Clero e as Aparições de Fátima: - Também o clero?; - O pároco; - Os outros padres; - A Autoridade Eclesiástica; - O Senhor Bispo de Leiria; - Padres e seminaristas; - Os padres e a Imprensa. II - As Autoridades e a Maçonaria: A prisão dos pastorinhos: - A evolução fatal; - O plano; - O protagonista; - O rapto dos videntes; - O efeito; - A atitude dos videntes. O comício de Fátima: - Os preparativos; - Que sucedera?; - O fim da farsa; - Um particular humorístico. O roubo dos objectos da Cova da Iria e a paródia da procissão em Santarém: - A viagem para Fátima; - À vinda - O dedo de Deus?; - A exposição; - A procissão; - Uma mulher forte; - A impressão geral. A imagem da capelinha. A peregrinação de Maio de 1920: - A grande parada reaccionária; - A maçonaria em campo; - O boato; - As autoridades; - O rescaldo; - O Governo e a maçonaria; - Pormenores; - Instantâneos; - Um benemérito. A dinamitação da Capela das Aparições: - O atentado; - Quem eram os bombistas?; - As investigações oficiais. Um émulo do Artur. A caminho do fim?: - O zelo da higiene; - O papão do culto público. Liberdade a cantaros. Falta de carácter ou um Estado no Estado? Um professor do Parlamento. Dois documentos.
José Galamba de Oliveira GOIH (Aldeia-Nova, Olival, Ourém, 4 de Fevereiro de 1903 - Marrazes, Leiria, 25 de Setembro de 1984). "Foi um padre católico, professor, educador, dinamizador social, jornalista e historiador das aparições de Fátima. Nasceu em 1903 no lugar de Aldeia-Nova, filho de José Joaquim de Oliveira e Cecília da Conceição Galamba, comerciantes. Fez os estudos primários no Olival, ingressando depois no Seminário Patriarcal de Santarém em 1914. Estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, concluindo o doutoramento em Filosofia em 1922 e o bacharelato em Teologia e Direito Canónico, concluindo o curso teológico em 1926, no Seminário de Leiria. Foi ordenado presbítero na Sé de Leiria em 11 de Julho de 1926, celebrando a missa nova na Cova da Iria, no dia 13 de Julho. Em 1943 foi nomeado Cónego da Sé de Leiria, e Monsenhor em 1983. Procurou estudar e divulgar os acontecimentos da Cova da Iria e a mensagem de Fátima, através de artigos, ensaios e obras (Fátima à prova, Jacinta, História das aparições). Era amigo próximo da vidente Lúcia dos Santos, fazendo parte de um pequeno grupo de pessoas que a podia visitar no Carmelo de Coimbra sem autorização prévia da Santa Sé. Faleceu a 25 de Setembro de 1984, aos 81 anos de idade, em Marrazes, Leiria."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

17 maio, 2021

CORRÊA, Pinheiro - EDUCAÇÃO AERONÁUTICA.
[Por]... Piloto-aviador
. Lisboa, Bertrand (Irmãos), Lda., 1956. In-8.º (21,5 cm) de 30, [2] p. (inc. capas) ; il. ; B. Separata da «Revista do Ar»
1.ª edição independente.
Curiosa obra de divulgação aeronáutica.
Livrinho ilustrado ao longo no texto com fotogravuras a p.b.
Tiragem: 200 exemplares.
"Como já foi dito, dentro dum legítimo direito que lhe assiste e de acordo com o Regulamento estabelecido, resolveu o articulista apresentar ao IV Congresso da União Nacional uma modesta Comunicação que intitulou - «O Desporto Aéreo em Portugal - Bases para uma reorganização» - conscio de que esse modesto trabalho, devidamente apreciado, poderia vir a fornecer elementos para a solução dum problema que o autor, no seu fraco critério, considera de interesse nacional, uma vez que se pretende dar uma formação moderna à mocidade de Portugal e a aproveitar as suas nunca desmentidas qualidades rácicas, que rpara missões de paz, quer para fins de defesa nacional.
Trata-se da formação duma mentalidade aeronáutica, requisito indispensável para se viver a vida de hoje, e que, em Portugal, todos concordam ainda não existir, mas que pouco se tem feito para o conseguir."
(Excerto do texto)
José Pedro Pinheiro Corrêa (1892-1973). Natural de Leiria (Sé). "Assentou praça como voluntário, com 19 anos no Regimento de Infantaria 7, da bela cidade do Lis, para mais tarde, em 1915, ingressar na Escola de Guerra - como então se chamava à actual Academia Militar - onde tirou o Curso da Arma de Infantaria.
Promovido a Alferes em 1916, logo se sentiu atraído pela aviação, que estava precisamente a ser criada em Portugal, e concorreu assim ao primeiro curso que se realizou na Escola de Aeronáutica Militar, o chamado Curso Histórico de Vila Nova da Rainha, onde ficou apresentado desde 15 de Outubro do ano em referência.
Era Director da Instrução de Pilotagem o comandante Sacadura Cabral, pessoa por quem Pinheiro Corrêa teve sempre a maior estima e admiração.
Em 1917, não tendo concluído o seu Curso de Pilotagem, ofereceu-se para prestar serviço em Moçambique, onde a Alemanha nos tinha declarado Guerra, seguindo para essa província a 2 de Julho.
Integrado na Esquadrilha Expedicionária a Moçambique, considerado observador aéreo, chegou a Mocimboa da Praia, base aérea de operações, no dia 4 de Agosto desse ano. [...]
Ao longo de toda a sua carreira de militar e aviador, teve numerosos prémios, condecorações e louvores, dos quais se enunciarão apenas os de maior prestígio, nacionais ou estrangeiras, como de resto tem sido feito em relação a outros pioneiros falecidos.
Para além da sua vida profissional, Pinheiro Corrêa revelou-se como activo dirigente desportivo da modalidade aeronáutica e um perfeito organizador de competições, exposições e de motivos afins."
(Fonte: http://coronelpinheirocorrea.tosterego.com/Biografia.html)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequena falha de papel na contracapa. Vestígios antigos de humidade
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
35€

16 maio, 2021

SOCIEDADE PORTUGUEZA DA CRUZ VERMELHA.
Relatorios apresentados á Commissão Central sobre os serviços prestados nos dias 14, 15 e 16 de Maio em Lisboa e Porto
. Lisboa, Composto e impresso na Tipografia - Casa Portugueza, 1915. In-8.º (21,5 cm) de 51, [1] p. ; [4] f. il. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história do golpe de 14 de Maio de 1915, que depôs o chefe do Governo, Gen. Pimenta de Castro, levando à demissão do Presidente da República, Manuel de Arriaga, que em Janeiro havia convidado o primeiro para presidir a um governo de unidade nacional.
"A Revolta de 14 de Maio de 1915 foi um golpe de estado em Portugal, liderado por Álvaro de Castro e pelo general Sá Cardoso, que teve como objectivo o derrube do governo presidido pelo general Pimenta de Castro e a reposição da plena vigência da Constituição Portuguesa de 1911. Os revoltosos consideravam que esta constituição estava a ser desrespeitada pelo Presidente da República, Manuel de Arriaga, ao dissolver unilateralmente o Congresso da República, convocando eleições,[carece de fontes] sem que alegadamente tivesse poderes constitucionais para tal acto. O movimento foi vitorioso, levando à substituição do governo pela Junta Constitucional de 1915 e à demissão de Manuel de Arriaga. A revolta constituiu-se na mais violenta manifestação militar em Lisboa no século XX, [carece de fontes] tendo causado pelo menos 200 mortos e cerca de 1000 feridos. Durante a revolta, João Chagas, indigitado para chefe do governo, foi atingido a tiro no Entroncamento, pelo senador João José de Freitas, ficando gravemente ferido e cego de um olho. O agressor foi linchado pela multidão.
A revolta terminou com a intervenção da marinha de guerra espanhola com o envio do couraçado España, e com a correspondente reação da marinha britânica e francesa, que também enviaram contingentes navais para Portugal."
(Fonte: wikipédia)
A presente obra é composta pelos relatórios elaborados pelos responsáveis da Cruz Vermelha, bem como pela correspondência trocada entre várias personalidades da vida política, militar, médica e social, sobre os acontecimentos.
Livro ilustrado com 4 folhas intercaladas no texto reproduzindo diversas fotos a p.b. de um transporte de feridos no Terreiro do Paço, bem como retratos do pessoal de saúde - médicos e enfermeiras - e um grupo que inclui os Bombeiros Voluntários Lisbonenses.
O relatórios contemplam a avaliação no terreno feita pelas autoridades médicas, bem como os serviços prestados aos feridos na sequência da revolta em Lisboa e no Porto, ao longo dos três dias de confrontos. Inclui os nomes e funções de todo o pessoal de saúde que colaborou no socorro, assim como a identificação e postos dos militares envolvidos, bem como dos civis apanhados no tiroteio, e as circunstâncias que concorreram para a sua recolha.
Documento histórico, raro e muito interessante.
"No Tejo havia tiroteio.
Ás quatro e meia da madrugada é feita do Arsenal de Marinha a primeira chamada de socorro para serem transportados dois feridos.
Como era proximo, immediatamente mandei shir duas macas que em poucos minutos voltaram com os cadaveres do commandante do Cruzador Vasco da Gama, Capitão de Mar e Guerra Snr. Francisco de Assis Camillo e com o Fiel d'artilheria do mesmo navio, 1.º Sargento, Snr. Manuel Alves Lopes.
Verificados os obitos pelo Sr. Dr. Correia Ribeiro foram os dois corpos transportados para a morgue, no automovel de macas.
Em seguida, sem que haja meio possivel de o descrever, começou o Documentofunccionamento permanente dos telephones militer e civil a pedir socorros e a virem ao posto inumeras pessoas com identicos pedidos.
Dos que cahiam feridos proximo do posto, ou eram transportados por particulares ou d'isso havia conhecimento, iam os nossos maqueiros buscal-os. [...]
Eram requisitados socorros de pontos onde se travavam combates, era necessario atravessar linhas de fogo, era necessario arriscar a vida de minuto a minuto para ir entre os que combatiam buscar combatentes que a cada momento cahiam varados pelas ballas contrarias."
(Excerto do Relatório de Lisboa)
"Sendo do dominio publico o breve inicio d'um movimento revolucionario, começaram pela tarde de 13 do corrente  a afluir á sede do Posto permanente, os diferentes elementos da ambulancia da Cruz Vermelha.
Pelas 22 horas foi pedido o primeiro socorro para a Praça da Trindade onde se iniciaram os acontecimentos e para onde immediatamente seguiu uma secção de maqueiros com as competentes macas, um enfermeiro e respectivos pensos prestando os seus serviços não só de curativos como de transporte de feridos provenientes de estilhaços de bombas explosivas. [...]
Chegada a madrugada de 14, tomaram grande vulto os boatos de graves acontecimentos que se iriam dar pelo que reunidos os officiaes da Cruz Vermelha foi resolvido pedir uma columna á ambulancia n.º 7 de Gondomar para seguindo para o Porto vir auxiliar os serviços provenientes dos acontecimentos que se iriam dar."
(Excerto do Relatório do Porto)
Matérias:
- Relatorio dos Serviços da Cruz Vermelha, prestados pelas Ambulancias n.os 1 e 2 de Lisboa conjuntamente com os seus alliados Bombeiros Voluntarios Lisbonenses durante a Revolução Constitucional iniciada na madrugada de 14 de Maio de 1915.
- Relatorio dos Serviços da Cruz Vermelha, prestados no Porto pela Ambulancia n.º 5 da mesma cidade conjuntamente com uma columna da Ambulancia n.º 7 de Gondomar durante a Revolução Constitucional iniciada na noite de 13 de Maio de 1915.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, com defeitos. Mancha de humidade antiga visível nas primeiras folhas do livro.
Raro.
Peça de colecção.
45€