31 julho, 2021

A BRIOSA. Revista da Associação Académica de Coimbra.
Ano I - N.º 7. 30 de Maio de 1988. Preço 150$00. [Germano : um futebolista universitário na Queima/88]. Director: Alfredo Castanheira Neves
. [Coimbra], Departamento Cultural da Associação Académica de Coimbra, 1988. In-4.º (28 cm) de 48 p. (inc. capas) ; B.
1.ª edição.
Revista da AAC, cujo nome impresso na ficha técnica é: Revista Académica de Actualidade Cultural, Desportiva e Social. Contém variadas crónicas e artigos sobre a cidade e a actividade estudantil, bem como homenagens e entrevistas a personalidades do meio académico. Muito ilustrada no interior, a p.b., ao longo das páginas de texto.
Pouco foi possível apurar acerca desta revista já que não existem referências bibliográficas, e a BNP dá conta apenas do n.º 1 (1987), ficando por saber quantos números se publicaram e até quando.
"Sente-se crescer uma  onda de academismo por esse País fora, em geral, e na Academia em especial. Depois da "Iª Semana da Cultura Académica" veio a "Europa Universitária Coimbra-88", a seguir a "Queima das Fitas", logo de imediato as "Comemorações das Bodas de Ouro (50 anos) da 1.ª Viagem do Futebol da Académica a África". Para além disso, o "Centenário da Tuna Académica" e o nervosismo inerente a este campeonato nacional da Iª Divisão. Parece que quanto mais aflitos mais a "malta" se lembra da Académica. É bom que também se lembrem de contribuir para a divulgação do espírito académico que nos envolve a todos quanto passamos ou já passámos (e nalguns casos nunca passaram!) por esta linda e nossa Coimbra, divulgação que implica uma passagem de mensagem entre todos, de que existe uma Revista que nos deve e pode ligar - toda a família Académica. Essa Revista, "A Briosa" quer chegar a todos. Trabalhamos para isso, esperamos o vosso contributo, lendo-a, divulgando-a, assinando-a e, inclusivé, participando nela. O desafio aqui fica."
(Nota de abertura)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

30 julho, 2021

MACHADO, J. T. Montalvão - GRANDEZAS E FRAQUEZAS DEMOGRÁFICAS DA PROVÍNCIA DE TRÁS-OS-MONTES.
[Por]... Delegado de Saúde
. [S.l.], Edição da Comissão Regional de Chaves da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro : por amável deferência do Autor, [1959]. In-4.º (23,5 cm) de 20 p. ; B.
1.ª edição.
Palestra realizada na «Casa de Trás-os-Montes», em Lisboa, em 26-2-1958.
Importante ensaio/palestra sobre a demografia transmontana no final da década de 50 do século passado.
"Debatem-se problemas políticos, à roda de ideologias, as mais antagónicas; discutem-se problemas económicos, subordinados às mais tirânicas influências da natureza; encaram-se as necessidades de educar e instruir a mocidade, de salvaguardar a saúde pública, de velar pela defesa nacional, mas, sempre e em todos os casos, ao enfrentar cada um dêsses problemas, é ao homnm que temos de referir cada monómio da nossa equação e é para o homem e a favor do homem que devemos orientar o estudo de cada questão. De nada nos valerão as vinhas das nossas encostas, nem as hortas dos nosso vales, os extensos olivais e os pomares de deliciosas frutas, as searas douradas, os minérios da Borralha, Jales e Reboredo, se o homem, são e robusto, não aparecer a secundar, com trabalho e inteligência, os favores e oportunidades da Natureza.
Quantas pessoas habitam a Província de Trás-os-Montes? Quantos nascem e quantas morrem em cada ano? Quantas se casam? Quantas emigram e quantas regressam? Quantos são os activos e os inactivos? Quais são os seus índices de saúde e doença?
Eis aqui uma série de perguntas, sempre oportunas, jámais indiscretas, cujas respostas precisas devem constituir a segura base informadora do estudo e solução dos problemas económicos e sociais, educacionais e sanitários, fiscais e militares."
(Excerto de Importância da Demografia)
Sumário:
a) Importância da Demografia; b) Densidade Populacional; c) Formas de povoamento e actividades profissionais; d) Natalidade Geral; e) Nascimentos legítimo e ilegítimos; f) Casamentos e divórcios; g) Emigração; h) Mortalidade geral; i) Mortalidade por doenças evitáveis e curáveis; j) Duração média de vida; l) Atrozes deficiências; m) Urge incrementar a assistência médica rural; n) Para finalizar.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Com interesse histórico e regional.
20€
Reservado

29 julho, 2021

CAMPOS, Agostinho de - A CARRANCA DA PAZ.
V. Comentário Leve da Grande Guerra
. Paris - Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand, 1925. In-8.º (18,5 cm) de 315, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Conjunto de artigos - algo irónicos - com interesse para a história da Primeira Guerra Mundial, conflito global que teve participação portuguesa.
"A pequenina finta que o Marechal Foch realizou em 15 de Julho dêste ano de 1918, à ilharga de um exército alemão, na «hérnia» de Chateau-Thierry, determinou em menos de três meses o desmoronamento irremediável de todo o colossal edifício militar da Alemanha e das suas alianças. Mas, para êste resultado estratégico, trabalharam sobretudo factores psicológicos, e não apenas, nem principalmente, o factor material da superioridade numérica, assegurada aos Aliados pela intervenção americana. Dêsses factores psicológicos são talvez os mais importantes, por um lado, o brutal orgulho alemão na guerra feita aos outros; e, por outro lado, o invencível pavor alemão de que a guerra seja feita à Alemanha, na casa própria, com a mesma brutalidade com que a Alemanha a fêz na casa alheia.
A falta de escrúpulo no ataque e o abuso insolente da vitória deram à guerra contra os Alemães carácter de cruzada universal."
(Excerto do Cap. I - Vitória!)
Agostinho Celso Azevedo de Campos (1870-1944). "Escritor, jornalista, pedagogo e político português. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1892, exercendo advocacia por pouco tempo. Entre 1893 e 1894, ensinou língua e cultura portuguesas em Hamburgo (Alemanha), altura em que iniciou a sua colaboração jornalística nos jornais O Primeiro de Janeiro e Novidades. Em 1895, quando regressou a Portugal, continuou a publicar artigos sobre literatura, política, pedagogia e linguística em diversos órgãos de imprensa, como no O Comércio do Porto, no Diário de Notícias e no O Diário Ilustrado, órgão oficioso do Partido Regenerador Liberal, nos Cadernos de Pedagogia, no Boletim do Instituto de Orientação Profissional, entre outros e também em jornais e revistas estrangeiras. A par com a carreira de jornalista, exerceu simultaneamente o cargo de professor de Alemão no Liceu Central de Lisboa, na Casa Pia, no Liceu Pedro Nunes, no Instituto Superior do Comércio e nas Faculdades de Letras das Universidades de Coimbra (1933-1938) e de Lisboa (1938-1941), jubilando-se nesta última, em 1940. Entre 1906 e 1910, Agostinho de Campos foi director-geral da Instrução Pública."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam pequenas falhas marginais bem como nas extremidades da lombada, que se encontra fendida.
Invulgar.
Com interesse histórico. 
Indisponível

28 julho, 2021

PEREIRA, Porphyrio José – QUADROS D’ALMA OU A MULHER ATRAVEZ DOS SECULOS. Por… Lisboa, José Maria Correa Seabra, 1862. In-8.º (20 cm) de IX, [1], 276, [2] p. ; [1] f. il. ; E.
1.ª edição.
Curioso estudo sobre a Mulher, evidenciando uma certa condescendência paternalista como era "norma" na época. Raro e muito interessante.
Ilustrado com um retrato do autor em separado.
"A mulher nunca é tão forte como o homem, e o maior uso ou abuso, que este tem sempre feito da força, é o ter-se valido d’ella para escravisar tyrannicamente essa bella metade do genero humano, que o deve aliás acompanhar no leito da dor e do prazer.
Os selvagens obrigam, em diversas plagas, as suas mulheres a trabalharem constantemente. São ellas, por exemplo, entre os Kirghiz, Cafres, Zelandezes, Kalmukos, Hottentotes e outros nómades, que cultivam as terras e executam as tarefas mais árduas e penosas, em quanto elles se conservam desmazeladamente deitados na rede ou choça, d’onde saltam para a caça, pesca ou pilhagem, á similhança da fera, que só abandona o covil quando a fome sanguisedenta aperta.
Tambem muitas vezes o fazem para se conservarem inertes, extaticos longas horas, porque os selvagens desconhecem o passear."
(Excerto do texto)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas com defeitos. Assinatura de posse na f. rosto.
Raro.
Indisponível

27 julho, 2021

DIAS, José Guilherme Baptista - PARASITAS E MOSQUITOS NA MALARIA.
Memoria apresentada por... Sub-Director do hospital militar permanente do Porto. Congresso Colonial Nacional
. Lisboa, A Liberal - Officina typographica, 1903. In-4.º (23,5 cm) de 29 p. ; B.
1.ª edição.
Interessante subsídio coevo para o conhecimento e profilaxia da malária - doença infecciosa transmitida pelo mosquito - que atingiu proporções preocupantes, particularmente, nas colónias portuguesas de Angola e Moçambique, no final do século XIX - princípio do século XX.
"A producção exuberante d'industrias, empenhadas nas refertas d'uma competencia a todo o transe; o ancioso bescar de novas terras, onde se refugiem os sobejos de populações oppressas pelo numero, - eis o que se diz mover as nações cultas a cuidar da questão colonial com particular desvelo. [...]
Nos paizes quentes ha muitos inimigos apostados a contrariar a nossa actividade, uns proprios ao meio climaterico, outros pertencentes á flora pathologica. [...]
A malaria, portanto, é digna das attenções geraes que lhe dedicam ao seu estudo, emprehendido por medicos eminentes de quasi todos os paizes, prosperou n'estes ultimos annos em numerosos trabalhos do mais decidido valor. A etilogia conseguiu a preferencia nas publicações em voga, o que não causará surpreza a quem reflectir que a falta de conhecimento do factor morbigeno e do seu modo de acção não se compadece com uma prophylaxia racional e segura."
(Excerto do Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta discreta rubrica de posse.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
15€

26 julho, 2021

FERREIRA, Rafael - DA FARSA À TRAGÉDIA.
Teatros, circos e mais diversões de outras épocas
. Pôrto, Domingos Barreira - Editor, 1943. In-8.º (19 cm) de 207, [3] p. ; mto il. ; B.

1.ª edição.
Importante subsídio para a memória do entretenimento, das actividades lúdicas e passatempos populares de outros tempos. Livro que trata dos divertimentos antigos - desde o teatro do tempo de Gil Vicente ao teatro de revista, magia, oratórias, circos, ilusionismo, entre outros." (Museu da Marioneta). Obra com interesse histórico, cultural e etnográfico.
Muito ilustrado ao logo do texto e em página inteira com bonitos desenhos e fotogravuras a p.b.
"As minhas recordações dos saltimbancos vêm de muito criança, dos tempos em que êles se exibiam por essas ruas de Lisboa, onde estendiam velhos tapetes para realizarem exercícios de acrobacia, no que se mostravam não menos peritos, durante os entrudos, certos elementos das celebradas «danças da luta».
Grupos de ciganos, ou «domadores» isolados, faziam bailar macacos, cães e ursos, ao som de tambores e de pandeiros e, na praça do Campo de Santana, em tardes em que não havia touradas, «troupes» de árabes se exibiam também em vistosos trabalhos acrobáticos.
Quanto a circos, especialmente construídos para apresentação dêsses trabalhos, de números eqüestres, de animais amestrados e de intermédios cómicos e pantomimas - os «cavalinhos», como muitas pessoas lhes chamavam, - as minhas reminiscências conduzem-me ao do Price, à esquina da praça da Alegria para a rua do Salitre..."
(Excerto de Coliseus, palhaços e «cavalinhos»)
Índice:
As peças de costumes populares (De Gil Vicente a Gervásio Lobato e D. João da Câmara). | Monólogos e Cançonetas (De Taborda e Santos Pitorra a Adelina, Alegrim e Amarante). | O velho Gimnásio (Os seus grandes cómicos e a sua camaradagem). | As antigas revistas (Os seus «compères» e as suas «estrêlas». | O «dramalhão» (Nos teatro populares e no normal). | Reinado das Operetas em Portugal (Da «Gran-Duquesa» à «Viúva Alegre»). | Teatro romântico (O que êle foi em França e em Portugal). | As mágicas (Alegria das crianças e distracção dos adultos). | O teatro histórico em Portugal (Ilustres escritores o dignificaram). | As oratórias ( Santo António e outros Santos através os palcos). | O «vaudeville» e as peças num acto (Artistas portugueses que lhe emprestaram todo o seu talento. | Tragédias e paródias. | A alegria dos artistas (Nos palcos e nas «tournées»). | Os teatros particulares e os «furiosos» dramáticos. | Coliseus, palhaços e «cavalinhos». | A psicologia dos palhaços. | Bonifrates ou Fantoches. | Animais sábios. | Ilusionismo e prestidigitação. | O Carnaval português de outras épocas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

25 julho, 2021

DECRETO DE 17 DE DEZEMBRO DE 1867 E RELATORIO SOBRE A MEDIÇÃO DE TERRENOS
. Lisboa, Imprensa Nacional, 1868. In-4.º (23 cm) de [2], 15, [2] p. ; il. [1] f. desdob. ; B.
1.ª edição.
Decreto histórico, que pela primeira vez estabelece o metro quadrado e seus múltiplos como medida para aferição das superfícies, disposição que viria revolucionar os protocolos de cálculo existentes até então.
Inclui relatório sobre o assunto relativo ao território nacional, bem como folha desdobrável (23x31,5 cm): 
Mappa das medidas agrarias em uso no districto de Coimbra, referente aos Concelhos: Coimbra; Coimbra-freguezia do Botão; Cantanhede; Condeixa; Montemór o Velho; Soure; Villa Nova de Anços; Miranda do Corvo; Lousã; Figueira da Foz; Tábua; Penacova; Arganil; Penella; Oliveira do Hospital; Goes; Poiares; Mira; Pampilhosa, com a Medida agraria em palmos craveiros - Equivalente em metros - Equivalencia em metros quadrados, e respectivas Observações.
"Tendo sido ordenado pelo artigo 2.º do decreto de 22 de agosto ultimo que, a contar de 1 de outubro proximo, seja adoptada no reino a nova medida para a medição das superficies: hei por bem, ouvido o conselheiro chefe da repartição dos pesos e medidas, approvar para a execução do referido artigo o seguinte regulamento, que baixa assignado pelo ministro e secretario d'estado nos negocios das obras publicas, commercio e industria.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 17 de dezembro de 1867.
REI
João de Andrade Corvo"
(Decreto - Introdução)
"As unidades para a medição das superficies serão, de 1 de outubro proximo em diante, o metro quadrado (centiara) e seus multiplos, 100 metros quadrados (ara), e 10:000 metros quadrados (hectara).
§ 1.º Aos infractores d'este preceito será applicada a multa de 2$000 a 10$000 réis, na conformidade do artigo 5.º da lei de 16 de maio ultimo, se a infracção consistir no emprego de qualquer denominação que não designe novas unidades legaes; e as penas do artigo 456.º n.º 3 e seus §§ 2.º, 3.º e 4.º do codigo penal, se ella consistir no uso ou simples detenção das antigas unidades."
(Regulamento, Artigo 1.º, § 1.º)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Texto sublinhado a caneta.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

24 julho, 2021

MONTEIRO, Gomes - O ANTI-LIVRO DE S. CIPRIANO
. Lisboa, Guimarães & C.ª, [1942]. In-8.º (19 cm) de 183, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Capa de Stuart Carvalhais.
Obra curiosa sobre superstição e crendice popular, incluindo capítulos dedicados a algumas das mais notáveis figuras da predestinação e adivinhação.
Livro ilustrado com bonitos desenhos no interior, sendo alguns deles em página inteira.
Índice: Introdução. | O Livro de S. Cipriano. | O pacto com o Diabo (S. Frei Gil, o doutor Fausto e outros). | O feitiço do Conde de Castelo Melhor. | As necromâncias do «Padre Voador» [Bartolomeu de Gusmão]. | As trovas do Bandarra e as profecias do «Sapateiro Santo». | As superstições de Catarina de Médicis. | Nostradamus, Cagliostro & C.ª. | As previsões de Madame de Thèbes.| Lobishomens e almas penadas. | Superstições e crendices.
Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Envelhecido. Capa descorada, com falha de papel marginal e no canto superior direito.
Invulgar.
Indisponível

23 julho, 2021

FEIO, Gonçalo Couceiro & GUERREIRO, Jorge & SEIXAS, Miguel - PIRATARIA E CORSO NO LITORAL BRASILEIRO NO REINADO DE D. JOÃO III
. Lisboa, Direcção do Serviço Histórico-Militar, 1994. In-4.º (24 cm) de 100, [4] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante contributo para a história dos Descobrimentos, a pirataria que assolou a costa brasileira na primeira metade do século XVI, e as medidas tomadas pela coroa portuguesa para fazer face aos ataques.
Livro ilustrado ao longo do texto com diversos mapas em página inteira, e a reprodução do desenho de uma caravela da autoria de Roque Gameiro, que ocupa também uma página.
"É propósito deste trabalho tentar demonstrar as vias através das quais o Brasil contribuiu para a internacionalização dos assuntos ultramarinos ou melhor, de que forma Portugal se viu envolvido em conflitos com outras potências europeias - sobretudo a França - mercê da posse do Brasil, durante o reinado de Dom João Terceiro. Trata-se de um fenómeno complexo que merece ser observado de vários ângulos, pois manifesta-se num tempo de total desagregação de uma Ordem e num espaço abruptamente ampliado, produtor de novas geografias, reflexão de novas vontades. Assim, através da análise pontual, vertical, pretende-se construir um sistema que resulte numa visão global do problema, sem nunca esquecer que cada facto analisado participa e é inseparável de um Todo."
(Excerto de II - O Brasil na Internacionalização dos assuntos Ultramarinos - Introdução)
Índice:
I - O Brasil na estratégia imperial portuguesa (Miguel Seixas)
1 - A estratégia marítima portuguesa na América nos primórdios do século XVI. 1.1 - Antecedentes; 1.2 - As navegações pré-colombinas no Atlântico; 1.3 - O Tratado de Tordesilhas; 1.4 - O descobrimento do Brasil: peso estratégico. 1.4.1 - As notícias do chamamento; 1.4.2 - Primeiras concepções da importância estratégica. 2 - Os ataques ao litoral brasileiro e a evolução do conceito estratégico de "Brasil" ao longo do século XVI. 2.1 - Rivalidades com a Espanha e demarcação de limites; 2.2 - A posição portuguesa frente às outras potências europeias - "mare clausum" e "mare liberum"; 2.3 - Evolução do conceito estratégico de "Brasil". | Bibliografia.
II - O Brasil na Internacionalização dos assuntos Ultramarinos (Gonçalo Couceiro Feio)
Introdução. | 1 - As primeiras intromissões. As primeiras reacções. A crescente Internacionalização dos assuntos Ultramarinos. 1.1 - Carta de Marca. 2 - O Colégio das Artes. Seu enquadramento na política ultramarina de D. João III. 3 - Considerações gerais. | Bibliografia.
III - A resposta administrativa e militar portuguesa às ofensivas estrangeiras (Jorge Guerreiro)
Introdução. | 1 - As medidas administrativas. 1.1 - As Frotas de Patrulhamento; 1.2 - As Capitanias; 1.3 - O Governo Geral e os Regimentos. 2 - A Aliança com os indígenas. 2.1 - O Papel dos Jesuítas. 3 - O Combate à França Antártica. | Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
25€

22 julho, 2021

MARTINS JÚNIOR - O DEPORTADO.
(Escrito de 7 a 20 de Novembro de 1929)
. Lisboa, [Edição do Autor], 1930. In-8.º (19 cm) de 258, [2] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Capa de Silva e Souza.
Romance cuja acção se desenrola em pleno período de Ditadura Militar, com alguns dos factos a ocorrerem pouco antes da publicação do livro, fundado talvez na experiência de vida do autor.
Exemplar ilustrado com o retrato do autor em separado.
Valorizado pela sua assinatura de oferta na f. anterrosto.
"José Manuel era um môço com muita vida e, a pesar de não ter grande instrução, gosava no seu meio de muitas simpatias, porque era uma criatura muito mexida e tinha uma certa aptidão para falar em público.
Vivia em S. Pedro de Sintra, com os seus, no ninho bemdito de amôr e ternura, a que êle chamava a sua guarida.
Uma noite, noite cerrada de nuvens escuras como montanhas incultas, noite de um negrume de procela, José Manuel concluiu que precisava seguir um caminho diferente e ocupar um pôsto de combate onde melhor fossem apreciados os seus trabalhos e a sua dedicação à causa rèpublicana. Era um homem político e, portanto, para êle, S. Pedro de Sintra não existia no mapa dos valores. Precisava valorizar a sua acção a dentro do partido."
(Excerto do Cap. I - Sintra)
Índice:
I - Em Sintra. II - A vida de José Manuel. III - A reünião das comissões políticas. IV - Em casa de José Manuel. V - No Parlamento. VI - A deportação. VII - Desolação e mizéria. VIII - Na África. IX - Além Malange. X - Últimas lárgimas.
João Augusto da Silva Martins Júnior (1883-1946). "Nasceu em 1883 em Carvalhal, freguesia de S. Miguel do Rio Torto. Participou na célebre revolta de Almada, em 2 de Fevereiro de 1926, chefiando uma coluna da Escola de Artilharia de Vendas Novas, pois era republicano mas contra a política desastrosa que considerava que a Primeira República tinha. Com a revolta prontamente controlada pelas forças governamentais, tal como os outros cabecilhas, foi deportado para os Açores, e é aí que recebe a notícia do golpe de 28 de Maio de 1926 e é libertado. No regresso dos Açores, o Marechal Gomes da Costa propôs-lhe o lugar de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa que prontamente recusou, tendo-se dedicado à vida particular e sobretudo à escrita em prosa e poesia. [Publicou, entre outros, O Presidente Landru na Republica da Calabria (1927), A gruta dos vagabundos (1928) e O Deportado (1930)]. Também foi jornalista, participando activamente no Semanário O Libertador, que fundou em Lisboa, em 1924, e do qual foi diretor. Estabeleceu residência em Lisboa, onde faleceu a 3 de novembro de 1946."
(Fonte: http://wikitejo.mediotejo.pt/index.php/linguistica-literatura/literatura-em-geral/344-joao-augusto-da-silva-martins-junior)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Raro.
30€

21 julho, 2021

BARROS, M. Marques de - A LITTERATURA DOS NEGROS. Contos, Cantigas e Parabolas. (Separata da "Tribuna"). Lisboa, Typographia do Commercio, 1900. In-8.º (21 cm) de 119, [3] p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Curioso repositório popular dos povos indígenas da Guiné. Com interesse entográfico e antropológico.
Livro ilustrado com bonitas vinhetas tipográficas e gravurinhas a assinalar o início e final de cada capítulo.
Inclui diversas partituras ao longo do livro.
"Havia nas terras dos Mandingas uma bonita aldeia, a qual com o rumor e bulicio da sua numerosa população animava as clareiras de uma immensa floresta.
Ainda hoje, para as bandas do sul e não muito longe d'esse logar, se encontra uma praia cujas areias reflectem o sol do meio dia como um ggrande incendio: e uma fila de blocos de basaltho partidos, tombados, ou suspensos no ar, cinge em hemyciclo essa estancia povoada de espiritos encantados, de medos, e de phantasmas.
Do outro lado, ao norte, onde os baobás, os cipós, e as pandanas terminam com os seus massiços de verdura, desdobram-se, até onde a vista pode alcançar, extensas pradarias mosqueadas de garças brancas, de rebanhos, de mergulhões, de flamingos.
E a uma distancia de cincoenta arremessos de lança, destaca-se no horisonte, como um gigantesco ramalhete, um bosque de tamareiras, de fetos arboreos, e de festões de lianas, a cuja sombra umas nascentes de abundantes aguas se ouvem cantarolar no meio de pedregulhos roliços e esverdeados.
Tudo isto ainda se lá encontra. E esse manancial chamava-se a fonte das Ginas, por ser a fonte onde as raparigas da aldeia, em costume do Paraizo, tomavam o seu banho desde o pôr do sol, até as horas tepidas dos fogos fatuos, das estrellas fugazes, e das revoadas dos pyrilampos.
N'uma das numerosas casas de que era formada essa interessante povoação de bambú, como os seus tectos em forma funil, que ao longe se podia tomar por um agrupamento de colmeias, ou cidade de castores - morava uma pequena familia de fidalga linhagem, que se compunha apenas de mãe - Fátima e de suas filhas Cumba e Sira, pobres creanças, que haviam perdido seu pae na sanguinosa guerra de Firdú."
(Excerto de A noiva da serpente)
Matérias:
I - A noiva da serpente (Conto Mandinga). II - O conto do vaqueiro de Brichos. III - Historia de Sanhá (Conto Mandinga). IV - Cantigas: Sumá (Canto maritimo); Malan (Canto de uma escrava); Amores, Amores. V - Mondé. Mondeanas (Cantigas). VI - Nha menino. O meu menino. VII - Apologo. O Rei Djambatúto. Storia de djambatûtû ré de pastros. VIII - Nharambá.Nharambanas. Appendice: Ás Nharambanas. Imitações. Cantiga de uma rival de Nharambá - Resposta attribuida a Nharambá. Uma rival de Tóte - Resposta de Tóte. D. Silvana. Canção de partida. Cuscus e batanga. No centro d'Africa. Gigantes. IX - Batira cáò. Hymno Pepel. X - Cryptinas. O lobo e o carneiro. Storia de lobo co' carnél. XI - O jugudi e o falcão (Apologo). Falcon cu jugudi. XII - Morêno. Moreno. XIII - Bende-m'. Vendei-me senhor. Cantifa de uma iinfeliz escrava. Nota. Balaio. XIV - Elegia. Spéra-l. | Errata.
Encadernação em meia de percalina com cantos e ferros gravdos a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Páginas amarelecidas. Dedicatória não do autor na f. rosto.
Raro.
30€

20 julho, 2021

CAMPOS, Agostinho de - O HOMEM, LOBO DO HOMEM
.
II. Comentário Leve da Grande Guerra
. Paris - Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand, 1921. In-8.º (18 cm) de 304 p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de artigos - algo irónicos - com interesse para a história da Primeira Guerra Mundial, e da participação portuguesa no conflito.
"Casa soldado leva para o campo de batalha, pendurada ao pescoço, uma pequena medalha onde estão reünidos dos dados necessários para a sua identificação, em caso de morte ou ferimento grave. Aí se indica o seu nome, o enderêço da familia, a religião professada. E alguns juntam a estas notícias gerais quaisquer recomendações particulares que entendem dever apresentar à piedade de quem venha levantar-lhes os corpos inanimados e destroçados. Quási sempre são de carácter religioso essas solicitações suplementares, e encontram-se com maior freqüência nos cadáveres dos soldados israelitas praticantes e devotos, que, por estarem em minoria, receiam ser dados à terra segundo os ritos cristãos."
(Excerto de Dois padres)
Agostinho Celso Azevedo de Campos (1870-1944). "Escritor, jornalista, pedagogo e político português. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1892, exercendo advocacia por pouco tempo. Entre 1893 e 1894, ensinou língua e cultura portuguesas em Hamburgo (Alemanha), altura em que iniciou a sua colaboração jornalística nos jornais O Primeiro de Janeiro e Novidades. Em 1895, quando regressou a Portugal, continuou a publicar artigos sobre literatura, política, pedagogia e linguística em diversos órgãos de imprensa, como no O Comércio do Porto, no Diário de Notícias e no O Diário Ilustrado, órgão oficioso do Partido Regenerador Liberal, nos Cadernos de Pedagogia, no Boletim do Instituto de Orientação Profissional, entre outros e também em jornais e revistas estrangeiras. A par com a carreira de jornalista, exerceu simultaneamente o cargo de professor de Alemão no Liceu Central de Lisboa, na Casa Pia, no Liceu Pedro Nunes, no Instituto Superior do Comércio e nas Faculdades de Letras das Universidades de Coimbra (1933-1938) e de Lisboa (1938-1941), jubilando-se nesta última, em 1940. Entre 1906 e 1910, Agostinho de Campos foi director-geral da Instrução Pública."
Encadernação editorial inteira de percalina c
om ferros gravados a seco e a ouro nas pasta e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Assinatura de posse na f. rosto.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

19 julho, 2021

BRASIL, Jaime - A QUESTÃO SEXUAL
. Lisboa, Casa Editora Nunes de Carvalho, [1932]. In-8.º (21,5 cm) de 480 p. ; [10] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Estudo sobre sexualidade publicado em pleno período de regime do Estado Novo. Livro banido pela censura, foi proibido de circular.
Ilustrado com tabelas no texto, e 10 estampas em separado, a p.b. e a cores, "avançadas" para a época.
"O estudo dos problemas sociais conduz freqüentemente às fronteiras da questão sexual. A produção das utilidades e a sua distribuïção, a remuneração individual do trabalho e o açambarcamento da riqueza colectiva, as migrações em massa e as guerras imperialistas, são fenómenos económicos directamente influenciados pelas leis que regem os sexos. Importa, portanto, conhecer o sexualismo para avaliar até onde vai a sua acção, no campo da economia.
A análise dos diversos aspectos da sexualidade, nas suas relações com a moral, a ciência e o direito, obriga a procurar a origem das complexas acções e reacções genésicas que determinam a vida da espécie. Daí o confronto entre normas caducas e princípios que se esboçam, e a verificação de que quási não houve transição evolutiva de umas para outras. A ausência do processo transitório permite, pois, concluir que estamos em presença duma revolução.
"
(Excerto do Prefácio)
Matérias: 1.ª Parte - A sexualidade mórbida: I - Masturbação. II - Homosexualidade. III - Outras anomalias. IV - Prostituição. V - Doenças sexuais. 2.ª Parte - A sexualidade normal: I - Questionários. II - Amor. III - Casamento. IV - Natalidade. V - Liberdade dos sexos.
Artur Jaime Brasil Luquet Neto (Angra do Heroísmo, 1896 - Lisboa, 1966). "Foi um escritor e jornalista, de convicções libertárias e anarquistas, tendo-se destacado pela sua obra pioneira em Portugal sobre sexualidade humana e controlo da natalidade.
Iniciou a frequência dos estudos liceais na sua cidade natal, tendo em 1909 partido para Coimbra, onde os completou. Após ter frequentado em Lisboa o curso preparatório da Escola Politécnica, ingressou de seguida na Escola de Guerra, onde conclui o curso de oficiais do Exército. Iniciou uma carreira como oficial do Exército Português, tendo participado na Grande Guerra. Terminada a guerra, abandonou a carreira militar no posto de tenente, enveredando pelo jornalismo profissional.
Na década de 1920 iniciou a sua militância no movimento anarco-sindicalista, colaborando activamente nos periódicos ligados aos sindicatos e à Central Geral dos Trabalhadores, a central sindical anarco-sindicalista portuguesa vinculada à Associação Internacional dos Trabalhadores.
Em 1921 apadrinhou a entrada de Vitorino Nemésio no jornalismo profissional, estabelecendo com aquele escritor açoriano uma duradoura amizade.
Notabilizou-se na década de 1930 ao publicar um conjunto de obras sobre sexualidade, liberdade afectiva e controlo dos nascimentos, que associados às sua posições políticas lhe valeram polémicas com os católicos e o exílio em França e Espanha. Considerados ofensivos da moral pública, os seus livros sobre sexualidade foram proibidos de circular e em boa parte apreendidos. Esteve em Espanha durante a Guerra Civil Espanhola, tendo advogado a formação de uma frente única antifascista. Após a Guerra Civil Espanhola refugiou-se em Paris, onde residiu desde 1937 e foi um dos fundadores, em 1939, da Union des Journalistes Amis de la République Française. Em consequência da Segunda Guerra Mundial, em 1940, foi obrigado a regressar a Portugal, onde foi preso. Libertado, voltou a exilar-se para Paris no final da década de 1940.
Por imposição da censura, foi proibido de assinar os seus escritos publicados na imprensa, que apareciam assinados apenas com A. (de Artur, o seu primeiro nome). Pelas mesmas razões, a sua obra Vida e Obras de Zola, publicado em 1943, apareceu a público como da autoria de A. Luquet."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Parte final do livro apresenta folhas ligeiramente ondeadas por acção da humidade.
Raro.
45€

18 julho, 2021

LIMA, Alexandra Cerveira Pinto S. - CASTRO LABOREIRO: Povoamento e organização de um território serrano.
Cadernos Juríz-Xurés, 1
. [S.l.], Instituto da Conservação da Natureza : Parque Nacional da Peneda-Gerês : Câmara Municipal de Melgaço, 1996. In-4.º (28x21,5 cm) de 154, [2] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Dissertação de Mestrado em Arqueologia apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo obtido nota máxima. "O estudo foi reelaborado e aligeirado de algum do jargão académico, sempre inevitável em trabalhos desta natureza". Certamente, um dos mais extensos e completos trabalhos que sobre esta aldeia serrana se publicaram entre nós.
Livro muito ilustrado com fotografias a p.b. e a cores ao longo do texto, bem como croquis, mapas, gráficos e diagramas.
Valorizado pela oferta autógrafa da autora.
"Castro Laboreiro pertence ao concelho de Melgaço e situa-se no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Possui um dos mais ricos patrimónios pré-históricos do país que reúne gravuras e pinturas rupestres, 120 Dólmenes (datados de há 5000 anos) e Cistas (monumentos megalíticos funerários).
Esta aldeia possui um património histórico e arquitetónico de grande riqueza, destacando-se um tipo próprio de construções castrejas existentes em Castro Laboreiro: o Castelo de Castro Laboreiro – classificado como monumento nacional; a Igreja Matriz de Castro Laboreiro; o Pelourinho de Castro Laboreiro, datado do século XVI, classificado como imóvel de interesse público; igrejas medievais; os fornos comunitários; os espigueiros; e os moinhos.
Castro Laboreiro é uma das aldeias mais emblemáticas do Parque Nacional da Peneda Gerês, resultado do isolamento que sofreu no passado, o qual permitiu que chegassem intactos nos nossos dias, aspetos do património histórico e cultural da aldeia, como a arquitetura, a paisagem e o modo de vida das suas gentes, ainda hoje marcado por um forte espírito comunitário.
Situada no extremo Norte do Alto Minho e de Portugal. Está localizada no cimo da montanha, a mais de mil metros de altitude, levou a que os castrejos defendessem os seus costumes, e tradições de todas as influências estranhas, e que ainda hoje persistem."
(Fonte: https://www.cm-melgaco.pt/visitar/o-que-fazer/castro-laboreiro/#toggle-id-1)
"A investigação por mim iniciada na freguesia de Castro Laboreiro inseriu-se nos trabalhos para a dissertação de Mestrado em Arqueologia da Faculdade de Letras  da Universidade do Porto. [...]
Este texto é o resultado desse percurso de trabalho e constitui menos um ponto de chegada do que um posto de partida para um conjunto de linhas de pesquisa que se revelaram com particular interesse. Questões como o estabelecimento de uma dada forma de aproveitamento dos recursos serranos, o papel do inculto, a relação entre o contingente demográfico e a quantidade de terra arável disponível, os modos de vida fazendo apelo a um leque variado de actividades, o recurso à migração, a presença da transumância nos finais da Idade Média, inícios da Idade Moderna, a estreita ligação entre a posição geográfica dos povoados e as relações que se estabelecem entre os grupos humanos, a modificação da forma de habitar e sua conexão com as alterações mais genéricas nos modos de vida, a importância dos caminhos em uso em cada época na ordenação do espaço habitado, as relações entre a Serra e a Ribeira... São algumas das pistas que seguimos e que se revelam um excelente campo para o desenvolvimento do estudo."
(Excerto da Nota de Abertura)
Índice:
Agradecimentos. | Nora de Abertura. | 1. Preâmbulo. 2. Introdução. 3. Os Caminhos. 4. A Casa e o Lugar. 5. A organização do espaço agrário. 6. A rede de povoamento e as relações socais. 7. A ocupação da Montanha. 8. Bibliografia. 9. Anexos.
Alexandra Cerveira Pinto Sousa Lima (n. 1963). "Nasceu no Porto em Fevereiro de 1963. Inicia a sua actividade arqueológica em Mértola e no PARM (Moncorvo), tendo terminado o curso de História, Variante de Arqueologia, em 1985, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em 1994 finaliza o Mestrado em Arqueologia na mesma Faculdade, com a defesa de uma Dissertação versando o tema da organização do povoamento em Castro Laboreiro. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. É desde 1992 colaboradora do Parque Nacional da Peneda-Gerês. O trabalho de investigação que desenvolve centra-se na análise do povoamento, ocupação do espaço e aproveitamento de recursos ao longo dor períodos Medieval e Moderno na área montanhosa do Noroeste português."
(Fonte: https://iasousa.blogs.sapo.pt/93211.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
45€