30 novembro, 2020

SOUZA, Francisco Pedro de - O GOANO ATRAVEZ DOS TEMPOS. Por... Advogado, 2.º official da Secretaria Geral do Governo do Estado da India Portugueza. Nova Goa, Typ. Arthur & Viegas, 1911. In-8.º (21,5 cm) de [18], 53, [1] p. ; il. ; E.
1.ª edição.

Importante estudo sobre o povo goês.
Livro ilustrado com um quadro da População de facto segundo o censo de 1900.

"Desde aquelle anno (1881) para a solução do grande problema, ou por outra, para o exame da grande hydra casta dedicamo-nos com afinco a um estudo concernente ás leis, costumes, etc., e não encontramos paiz algum quer do continente velho quer do novo, leis relativas e eguaes ás que regiam as nossas antigas communidades, excepto no antigo Egypto.
Guiados pelos rastilhos encontrados, tentamos obter maior somma dos conhecimentos sobre o assumpto, para melhormente proceder á biopsia anatomo-pathologica d'aquelle grande corpo mesclado. - A casta, - cevado ainda no pleno brilho da Luz do Oriente [Cristianismo], que irradiando no pagão Occidente fel-o chamar á razão e á civilisação.
D'ahi pelos portuguezes do coração do ouro foi esta Luz propagada entre nós, tornando-se, porém, baça com a implantação da Inquisição e depois pela perversidade de espirito dos da companhia de Jesus (jesuitas) que lavraram dissenções entre os habitantes, insufando nas instituições religiosas a distincção de castas, e mandando cuidadosamente queimar os livros antigos etc, etc.!! [...]
Mandando correr o presente livrinho o mundo, longe de nós a idéa de depreciar o merecimento e valor de qualquer pessoa, e bem assim figurar o nosso humilde nome entre os eruditos  escriptores e historiadores.
O nosso um e unico intuito é de concorrermos com o nosso contingente, embora fraco, mas franco e leal, para o descobrimento da verdade e só a verdade em toda a sua nudeza."
(Excerto do prefácio)
Matérias:
Prefácio. | Noções ethnographicas. | Religião: Budhismo; Chritianismo; Mnuismo; Quadro tetro do Hinduismo; Mahometismo; Christianismo. | Origem das Castas: Nobres e Plebeus. | Sentir geral do paiz.
Encadernação editorial (?) em meia de pele com as pastas em tela. Na pasta frontal encontra-se reproduzido o frontispício do livro em caracteres dourados .
Exemplar em bom estado de conservação. Falha de pele no terço superior da lombada. Pequeno orifício de xilófago, no pé da página, visível na primeira parte do livro.
Muito raro.
Com interesse histórico.
85€

29 novembro, 2020

O MAGNETISMO PESSOAL. Curso para a applicação pratica das sciencias physicas
. Paris : Lisboa, Livraria Aillaud e Bertrand - Rio de Janeiro : Belo Horizonte, Livraria Francisco Alves. [Composto e impresso na Typographia Jose Bastos - Lisboa], [191-]. In-8.º (18,5 cm) de 67, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Curiosíssimo manual, não datado (ca. 1910), composto por 14 lições, para aprendizagem e aplicação pratica do magnetismo - ou "corrente interior" - no dia a dia, no relacionamento inter pessoal.
"O desenvolvimento do Magnetismo Pessoal é a introducção á applicação de todas as outras forças psychicas. Quem quer que estude a sério o presente Manual, e n'elle se exercite com algum resultado, será capaz de pôr em pratica, depois d'um pouco de exercicio, o hypnotismo, a transmissão do pensamento, e curar enfermidades por meio do Magnetismo."
(Retirado do verso da f. anterrosto)
"Supponho eu que o desejo mais geral dos homens e das mulheres, é este; - ser attranete para os outros; - o que para o homem significa «poder, influencia, riqueza, exito»; e para a mulher, «consideração social, popularidade, satisfação pessoal, amor». - E é um bom desejo este, ficae certos d'isso! Esta aspiração de exercer influencia, não rebaixa ninguem. A propria ambição das riquezas, não envillece: a riqueza não é mais que um meio para cada qual augmentar a sua faculdade de ser util.
Recuae por um momento uma dezena de annos, recuae mesmo uma data mais afastada, e lembrar-vos-heis de vos terem sido indicados como modêlos a seguir, homens poderosos e influentes.
Eram então taes creaturas aos olhos de individuos mais edosos que vós, luzeiros bruxuleantes. Vossos paes e vossos patrões fallavam d'elles com respeito, e ambicionavam que vós lhe seguisseis as pisadas e chegasseis ás culminancias a que elles se tinham erguido. Enganavam-se exaltando assim o caracter humano? Creio que não. Os grandes espiritos d'este mundo devem servir-nos de guia nos caminhos da vida;a a analyse dos caracteres d'esses genios, ainda vivos ou já mortos, revela-nos o segredo da philosophia do viver que lhes tornou sublime e poderosa a existencia. Permitti-me que eu vos revele o segredo do seu poder; nas primeiras lições, fiz por vos explicar alguns traços geraes e distinctivos do estudo do Magnetismo Pessoal, levando-vos e preparando-vos gradualmente para comprehenderdes a exposição dos pormenores que seguirão nos demais capitulos."
(Prefacio do auctor)
"Magnetismo pessoal, é a propriedade que attrahe o interesse, a confiança, a amisade e o amor do proximo. O fim do auctor d'este curso, é explicar ao leitor sob a fórma a mais simples e comprehensivel, o segredo da força pessoal. O seu empenho é demonstrar ao leitor como é que elle póde, logo que o queira, no mesmo instante, colher os fructos do seu estudo, e não quando todas as suas esperanças se lhe tenham dissipado como fumo; não quando as forças necessarias para aspirar á felicidade se lhe tenham esgotado, e que a sciencia se acha paralysada nos seus effeitos uteis, mas immediatamente que tal sciencia póde ser aproveitada a seu beneficio pessoal."
(Excerto da Introducção)
Encadernação simples em meia de percalina com ferros gravados a oouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito raro.
Sem informação na BNP, ou qualquer outra fonte bibliográfica.
75€

28 novembro, 2020

FRANCO JUNIOR, F. Soares – A CRUZ DO CAPTIVEIRO : romance da independencia portugueza. Por... Lisboa, Typographia Industrial, 1864. 2 vols in-8.º (15,5 cm) de 215, [1] p. e 248, [4] p. ; E. num único tomo
1.ª edição.
Romance histórico cuja acção decorre no período da restauração da independência que pôs termo à Dinastia filipina e ao domínio espanhol em Portugal (1580-1640).
"O anno de 1640 tinha quasi já corrido todo, para o passado cheio de amarguras, como já, mais 60 se tinham amortalhado para os martyres escapados da tremenda e infausta batalha d‘Alcacer-Kibir, e para os seus desgraçados herdeiros.
Era a noite de 30 de novembro. Estava-se em sabado de Nossa Senhora. Um pouco para cima das antigas barreiras que separavam o bairro da Mouraria do resto da cidade, na viela que sobe para a elevada montanha da Senhora da Graça, via-se brilhar uma luz por entre as fendas de umas rotulas de antiga adufa. Cruzava o povo nas varias direcções das ruas estreitas e tortuosas. Estava uma noite formosa, as estrellas brilhavam muito pallidas, como em todas as claras noites de inverno, e um frio intenso e penetrante fazia tremer os caminhantes, mas nem por sorte afugentava os muitos devotos que concorriam á egreja, onde se celebrava uma festa em acção de graças pela boa saude e prosperidade de el-rei D. Fillipe III…"
(Excerto do Cap. I)
Francisco Soares Franco Júnior (1829-1867). "Nasceu em Lisboa em 1829. Bacharel formado em Direito no ano de 1853, e não Doutor em Teologia como erradamente se disse no lugar citado. Tomou depois ordens sacras, e foi provido em um canonicato na igreja Catedral da Guarda. Morreu em 1867, justamente na véspera do dia em que completava o seu trigésimo oitavo ano, vítima de longa e penosa enfermidade, para a qual parece haver mais que tudo concorrido a intemperança no uso de bebidas alcoólicas, de que se tornara excessivamente apaixonado! O púlpito perdeu nele um orador distinto, as letras um cultor talentoso; e os amigos que deveras o estimavam, sentiram sobremaneira o seu fim prematuro, antecipado por desvios que eram em grande parte resgatados pela amenidade do seu tracto, e por outras qualidades estimáveis."
(Fonte: Inocêncio T. IX, pp. 378)
Encadernação em meia de percalina com ferros ggravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Raro.
Indisponível

27 novembro, 2020

CAMOESAS, João - O TRABALHO HUMANO. Prefácio de Mark Athias. Lisboa, Oficinas Fernandes, 1927. In-8.º (17 cm) de 387, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra histórica, dedicada pelo autor "ao proletariado português, o factor menos referido e celebrado, mas mais constante e eficaz, da glória passada e futura de Portugal".
Interessante abordagem da organização do Trabalho, sob o ponto de vista histórico e social, publicado no 2.º ano de governo da Ditadura Militar.
Livro ilustrado no texto e em extratexto com quadros, gráficos e desenhos esquemáticos.
"A sciência do trabalho humano, de que êste interessante livro se ocupa, nasceu no dia em que esta forma de actividade de um ser vivo começou a ser considerada como outra qualquer função orgânica e se aplicou ao seu estudo o método de investigação das sciências biológicas, o método experimental! [...]
Todos sabem o que foi outrora a escravatura e a servidão; ninguem ignora quanto eram duras, até mesmo em épocas recentes, as circunstâncias em que viviam os trabalhadores, pretendendo-se tirar dêles o máximo rendimento sem atender às suas necessidades fisiológicas, mesmo as mais instantes. Tornou-se necessário encarar o problema sob o ponto de vista scientífico para que êle entrasse no caminho de uma solução, na qual o factor humano tivesse o lugar que lhe compete. É o que o taylorismo e os sistemas dêles derivados ou nêle inspirados têm tentado realizar.
Nos primeiros capítulos dêste livro, o autor, depois de definir, tão completamente quanto possível, a actividade externa do organismo humano e de pôr em relêvo o valor de trabalho como um dos estimulantes essenciais para a conservação da sua integridade funcional, traça um quadro do modo como êle foi utilizado desde a antiguidade mais remota até aos nossos tempos, descrevendo as fases sucessivas por que passou até chegar à de trabalho scientífico, objecto principal desta obra.
Ninguem com mais competência que o Sr. Dr. João Camoesas podia abordar êntre nós o problema do trabalho profissional e vulgarizar os resultados obtidos no novo ramo da sciência da vida. [..]
Não podia, o Sr. Dr. Camoesas deixar de referir-se à posição de Portugal perante o movimento renovador dos processos de acção económica e social, postos em prática nos países de elevada cultura scientífica. E para os introduzir no nosso meio, apela, e muito bem, para o concurso da classe médica, como sendo aquela que, pelo seu saber, sempre a par dos progressos realizados lá fora, e pelas suas tradições, mais eficazmente pode intervir no sentido de se estabelecer sôbre novos moldes o trabalho profissional."
(excerto do prefácio)
Matérias:
I - Natureza da actividade humana. II - O Trabalho Escravo. III - O Trabalho Servo. IV - O Trabalho Privilégio. V - O Trabalho Mercadoria. VI - O Trabalho Scientífico. VII - O Trabalho Scientífico, continuação. VIII - O Trabalho Fisiológico. IX - O Trabalho Humano. X - Conclusões.
João José da Conceição Camoesas (1887-1951). "Médico, jornalista e político português,  nasceu a 13 de março de 1887, em Elvas, no distrito de Portalegre. Fez os estudos liceais em Évora, onde trabalhou simultaneamente como empregado de comércio. Em 1911, entrou para a loja maçónica de Elvas, sob o nome de Câmara Pestana, transferindo-se depois para a loja de Lisboa. Em 1915, partiu para a capital, na altura em que fora eleito deputado pelo Partido Democrático (cargo que ocupou até 1926), e aí obteve, em 1919, a licenciatura em Medicina. Em 1923 e 1925, desempenhou as funções de ministro da Instrução Pública. Como ministro, apresentou a Proposta de Lei sobre a Reorganização da Educação Nacional (1923), conhecida por "Reforma Camoesas", que se baseava na organização científica do trabalho promovida pelo engenheiro Frederick Taylor (1856-1915) e nas experiências pedagógicas internacionais, principalmente norte-americanas. No entanto, esta nunca chegou a ser discutida, nem votada. Em 1919, é designado médico-escolar adjunto das escolas primárias do IV Bairro e, em outubro desse mesmo ano, foi responsável de uma comissão de serviço aos Estados Unidos da América (EUA) para que aí fossem analisados os serviços médico-escolares. Em 1921, colaborou com a Universidade Popular Portuguesa e, em 1925, tornou-se responsável da secção de Fisiologia do Instituto de Orientação Profissional. Em 1932, foi deportado para Angola e, posteriormente, exilou-se nos EUA, onde continuou a exercer medicina. Colaborou ainda com várias revistas e boletins, como Seara Nova, Boletim da Inspeção Geral de Sanidade Escolar e Revista Escolar, onde publicou artigos sobretudo sobre o trabalho, a medicina escolar e a educação. Publicou também o livro O Trabalho Humano, a primeira obra científica portuguesa sobre o taylorismo que tinha por base a fisiologia do esforço. João Camoesas faleceu a 12 de novembro de 1951, em New Bedford, nos Estados Unidos da América."
(Fonte: Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2016.)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Sem folha de rosto. Capas cansadas com falhas de papel. Miolo em bom estado; páginas amarelecidas.
Invulgar.
10€

26 novembro, 2020

PATRICIO, Padre F. J. - SERMÕES. I.
Trabalhos Oratorios
. Lisboa, Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor, 1893. In-8.º (21,5 cm) de [4], 294 p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de sermões proferidos pelo autor em ocasiões solenes, sobretudo a norte do Tejo. Uns anos mais tarde, em 1899, seria publicado um outro volume intitulado Sermões e discursos.
"Quando a misericordia divina realisou na incarnação do Verbo a portentosa obra  da rehabilitação humana, uma estrophe de celestial belleza e eterna poesia annunciou ao mundo este grandioso acontecimento.
- Gloria a Deus e paz aos homens! - dizia o cantico dos anjos, chamando ao presepio de Bethlem a adoração dos pastores e a vassallagem dos reis. E a sociedade humana escutou estas dulcissimas palavras como nuncias do resgate e pregoeiras da reconciliação entre o céo e a terra, porque viu n'ellas a immensa philosophia d'uma crênça eterna, que reunia todos os homens n'uma só familia e sob a benção do infinito amor d'um só pae, que é Deus!
Hoje que o culto de quasi dezenove seculos convida a sociedade a commemorar o nascimento do Salvador, repete a Egreja Catholica essa estrophe inspiradissima, que é a synthese admiravel d'uma religião de tolerancia, amor e verdade."
(Excerto de O Natal)
Indice:
I - O Natal - Prégado na egreja do convento da Ave Maria, no Porto. II - A Circumcisão - Prégado na egreja parochial de Santo Ildefonso, no Porto, no 1.º de janeiro de 1885. III - Corpus Christi - Prégado na cidade de Beja em 1890. IV - A Conceição Immaculada - Prégado na egreja da Victoria, no Porto, em 1887. V - Nossa Senhora da Esperança - Prégado na egreja do Recolhimento das meninas orphãs, no Porto, em 1877. VI - Nossa Senhora dos Desamparados - Prégado na cidade de Braga em 1891. VII - Mater Dolorosa - Prégado no templo dos Congregados, no Porto. VIII - O Mandato - Prégado em Villa Real em 1891. IX - Sepulto Domino - Prégado em Lamego em 1889. X - Paixão e Soledade - Prégado em Vianna do Castello em 1883. XI - Ressurreição - Prégado na villa de Moncorvo em 1888. XII - S. Sebastião - Prégado na egreja parochial d'Oliveira d'Azemeis em 1879. XIII - S. Bento - Prégado no mosteiro da villa de Santo Thyrso em 1881. XIV - Pro Regina - Oração gratulatoria prégada na egreja do Terço e Caridade, no Porto, no Te-Deum celebrado alli em 1879 pelas melhoras de sua magestade  a Rainha D. Maria Pia. XV - Restauração de Portugal - Prégado na patriarchal de Lisboa em 1888. XVI - Libertas - Prégado na egreja matriz de Villa do Conde em um Te-Deum celebrado em 1875 na commemoração do desembarque do exercito libertador. XVII - Cittá Dolente - Prégado nas exequias com que a Camara Municipal do Porto suffragou no templo da Lapa as victimas do incendio do theatro Baquet e offertado a El-rei D. Luiz I e á Rainha D. Maria Pia. XVIII - D. Pedro IV - Prégado na Real Capella da Lapa, no Porto, no anno de 1874. XIX - Flebilis ille! - Prégado no templo de S. Domingos, em Lisboa, nas exequias celebradas pela camara municipal em honra de Sua Magestade o sr. D. Luiz I, em 1889. XX - A bandeira do Sertanejo - Prégado na Real Capella da Lapa, no Porto, nas exequias celebradas por occasião de serem trasladados para alli os restos mortaes de Antonio Francisco Ferreira da Silva Porto, em 1891.
Francisco José Patrício CvSE (Vitória, Porto, 1850 - Porto, 1911). "Foi um sacerdote católico, renomado orador sacro, e investigador histórico português.
Terminou o curso do seminário em 1871, tendo sido ordenado presbítero em 1873. Em 1874 foi nomeado pregador régio, em em 1877, padre encomendado de Paranhos. Foi ainda, em 1902, nomeado reitor do Colégio dos Órfãos pela Câmara Municipal do Porto, cargo que exerceu até 1909, altura em que passou a ocupar o lugar de cónego capitular da Sé de Lisboa.
Notabilizou-se pela sua grande capacidade oratória, tendo sido responsável por fazer a prédica em diversos momentos notáveis, como nas exéquias de D. Luís I celebradas em Lisboa, Porto, e Lamego em 1889, nas das vítimas do incêndio do Teatro Baquet em 1888, nas do africanista Silva Porto em 1890, e aquando da trasladação dos restos mortais de Almeida Garrett do seu túmulo original no Cemitério dos Prazeres para o Mosteiro dos Jerónimos em 1903. Os seus sermões foram mais tarde reunidos em diversos volumes, sob o título Trabalhos Oratórios. Enquanto escritor, deixou impresso um livro, Telas Românticas, que reuniu diversos escritos da sua juventude, bem como diversos artigos de investigação histórica sobre a origem de romarias e usos populares, a maior parte publicados no Comércio do Porto mas também no Comércio Português, Jornal do Porto, Província, e Jornal da Manhã.
Foi eleito deputado pelo círculo eleitoral do Porto nas eleições de 1881, por Viana do Castelo em 1896, e novamente pelo Porto em 1901 e 1904; não se envolveu, contudo, em debates importantes.
Pertencia a numerosas corporações de beneficência e sociedades científicas e literárias: pertencia, entre outras, à Real Sociedade Humanitária do Porto, ao Instituto de Coimbra, à Sociedade de Geografia de Lisboa, à Sociedade dos Arqueólogos e Arquitectos Portugueses. Foi agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem de Santiago da Espada em 1900, e com outras condecorações estrangeiras.
Morreu em 1911, vítima de uma doença da laringe que o fez perder a fala."
(Fonte: wikipédia)
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro na pasta frontal e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Dedicatória de oferta (não do autor) na f. rosto.
Muito invulgar.
Indisponível

25 novembro, 2020

CARDOSO, Nuno Catharino - LAPIDES E SEPULTURAS BRASONADAS.
Relação de 76 lápides brasonadas em Evora, no Espinheiro, em Torres Novas, Silves, Arraiolos, S. Domingos de Bemfica, Bragança, Funchal, Leiria e Lisboa, acompanhadas de ilucidativas gravuras
. Lisboa, Edição do Autor, 1937. In-4.º (24,5 cm) de 15, [1] p. (inc. capas) ; il. ; B. Col. Arte Portuguesa - XVII
1.ª edição.
Interessante subsídio para a história da arte tumular.
Ilustrado com desenhos de escudos heráldicos ao longo do texto.
Tiragem: 350 exemplares.
"Há muitas [lapides e sepulturas brasonadas] em Portugal, formando um importante e belo conjunto.
Apesar da acção do tempo e dos homens haverem já apagado, na sua faina destruidora, muitas delas, tornando-as ilegiveis, e indecifraveis os brasões que as ornamentavam, quem tiver percorrido o país e examinado muitas dessas lapides e sepulturas verá, apesar de tudo, como são ainda deveras interessantes.
Como se sabe, só em setembro de 1835 é que começaram a funcionar em Portugal os cemitérios, criados em 28 de março de 1805. Antes dessa medida ter sido posta em execução, os enterramentos faziam-se nos adros e no interior dos templos. É esta a razão porque em tantas igrejas, mosteiros e claustros ainda hoje se encontram sepulturas e, dentre elas, muitas brasonadas que se referem a pessoas nobres, a bispos, arcebispos e a outros vultos ilustres da Igreja Católica."
(Excerto do preâmbulo, Lapides e sepulturas brasonadas)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
20€

24 novembro, 2020

FATELA, João - O SANGUE E A RUA. Elementos para uma antropologia da violência em Portugal (1926-1946). Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1989. In-4.º (23,5 cm) de 262, [2] p. ; B. Colecção Portugal de Perto, 18
1.ª edição.
Estudo sobre o crime e a violência em Portugal.
"A partir de uma história da delinquência e do modo como esse fenómeno foi socialmente percebido e juridicamente tratado, durante um determinado período da vida portuguesa (os anos trinta e quarenta), O Sangue a Rua constitui uma abordagem pioneira da temática da violência, que a sociologia e a antropologia tantas vezes preferem ignorar. [...]
Projecto que passa, como testemunha a última parte do livro, pelo levantamento do modo como o próprio imaginário desafiou a ordem nascente do salazarismo, através da evocação da sempre fascinante e renovável figura do criminoso e do mito do «bas-fond» como contrapontístico lugar onde a norma, mais do que abolir-se, não cessa de se transfigurar."
(excerto da apresentação)
Matérias: Primeira Parte - O Sangue... I - A proximidade e o conflito. II - A lógica da vingança - uma proposta de interpretação. III - Territórios de violência. IV - Violência lúdica. Violência ritual. Segunda Parte - ... e a Rua. I - Reciprocidade e sobrevivência. II - Vadios, infiéis. III - A ordem contra o conflito.
João Fatela (n. 1947). "Nasceu no Ferro (Covilhã), em 1947, e reside em Paris desde 1971. Licenciado em Psicologia Clínica pela Universidade de Paris (René Descartes), em 1976, doutorou-se em Antropologia na Universidade de Paris VII (Jussieu), em 1984, com tese de 3.º ciclo dirigida por Michel de Certeau, de que o presente trabalho constitui a versão (refundida) em língua portuguesa. Foi membro do conselho de redacção da revista Esprit, onde continua a colaborar. [...] Tem publicado numerosos artigos em França e em Portugal."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
20€

23 novembro, 2020

GUIMARÃES, Acacio da Silva Pereira - VULCANISMO E SUA INFLUENCIA NA MODELAÇÃO DA CRUSTA DO GLOBO. Geographia Physica. Por... Lisboa, Typ. da Companhia Nacional Editora, 1902. In-4.º (23,5 cm) de 130, [2] p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Interessante monografia sobre vulcanismo publicada nos alvores do século XX. Ilustrada com diversos quadros no texto.
"No cerne da Terra ainda se não extinguiu talvez o fogo gerador dos Mundos.
Sob a crusta do Globo, irregularmente dispersos a profundidades insondaveis, ardem montões de rochas, lagos de materia fundida, em cujo seio se desenvolvem movimentos de encontradas correntes e se produzem acções physico-chimicas de violentissima energia.
Estes phenomenos resolvem-se num desencadeiar de forças cuja resultante procura de continuo vencer as resistencias da superficie; é uma tremenda lucta sem treguas, na qual o fogo interior, sopitado a custo, muitas vezes irrompe victoriosamente, rasgando as entranhas da Terra e abrindo as fauces dos vulcões.
Em differentes orgãos do systhema solar, realisam-se factos da mesma natureza. A vida universal tambem palpita no coração dos Soes! E, assim como nos organismos as revoltas do sangue impuro trazem, á flôr da pelle, erupções multiformes, assim tambem os impetos da lava - o sangue dos astros - desabrocham, na face dos Planetas, em variadas florescencias.
O vulcanismo é a furunculose na vida planetaria. Doença reveladora das crises que agitam o seio dos Orbes, tem, como effeito principal, destruir a realidade que, á superficie, os agentes da dynamica externa tendem a produzir."
(Excerto do Prefacio)
Index:
Prefacio. | I - A litteratura vulcanologica - Esboço historico da questão. II - O calor intenso. III - Morphologia dos vulcões. IV - Productos vulcanicos: Vulcoes lavicos; Sulfataras, Mofettas e Suffioni; Salzas ou Vulcões de lama; Geysers; Fontes thermaes. V - Actividade dos vulcões - As crises: Vulcões emersos; Vulcões submarinos; Relações dos phenomenos vulcanicos com os factos da vida cosmica. VI - Geographia dos vulcões - Modelação vulcanica. VII - As theorias: Theorias chimicas; Theoria hydro-termal; Theoria electrica; Theoria do nucleo fuido interno; Theoria thermo-dynamica; Theoria da infiltração das aguas maritimas lacustres: - Erupção dos geysers; - Erupções dos vulcões.
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Por aparar. Lombada apresenta desgaste nas extremidades.
Raro.
65€

22 novembro, 2020

LIMA, Marcelino - POR CAUSA DUM RAMALHETE. A caça da baleia - Um duelo de John Bull e Uncle Sam em águas portuguesas. Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1933. In-8.º (19 cm) de 189, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra composta por três textos: 1.º - Por causa dum ramalhete. Trata-se de uma novela histórica vertida de um documento original do protagonista da novela - D. João de Almeida Portugal (1726-1802) - militar que, sob o comando do Conde de Lippe, participou na Guerra Fantástica - nome pelo qual ficou conhecida a participação de Portugal na Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Tem por enredo, o amor proibido entre D. João de Almeida e uma moça da velha nobreza minhota. 2.º - À caça da baleia. Narrativa da caça à baleia, perigosa faina marítima que se desenrola ao largo da Ilha do Pico. Em rodapé, contém numerosas explicações sobre o rico vocabulário picuense que enriquece o texto - as suas expressões típicas e linguajar. 3.º - Um duelo de John Bull e Uncle Sam em águas portuguesas. Narrativa baseada em documentos coevos, do episódio naval ocorrido no Porto da Horta (Faial) entre o navio corsário americano General Armstrong e três navios de guerra da Royal Navy, que entenderam violar a neutralidade do porto português para capturar o veleiro yankee. Esta recontro causou centenas de baixas do lado inglês, e prenunciou o início do fim da guerra civil americana.
Livro ilustrado com bonitos desenhos nas páginas de texto.
Marcelino de Almeida Lima (Horta, 1868 - Lisboa, 1961). “Foi um jornalista, romancista e historiógrafo açoriano, autor dos Anais do Município da Horta e de vasta bibliografia sobre a ilha do Faial. Marcelino Lima nasceu na cidade da Horta, onde frequentou a instrução primária, ingressando em 1879 no Liceu da Horta. Empregou-se como funcionário dos Correios e Telégrafos, atingindo o posto de chefe da Estação Telégrafo-Postal da Horta. Ingressou muito cedo nas lides jornalísticas, pois com apenas 17 anos de idade já dirigia, com Júlio Lacerda, o semanário literário da ilha do Faial intitulado O Bibliófilo. Dirigiu também, e foi redactor principal, da Revista Faialense, um semanário literário, e da segunda série do semanário literário e noticioso O Faialense (1899). Foi colaborador assíduo de múltiplos periódicos, com destaque para os jornais faialenses O Telégrafo, A Democracia, Correio da Horta e Arauto. Embora mantivesse activa colaboração na imprensa periódica, a partir de finais da década de 1920 passou a dedicar-se a estudos históricos e genealógicos, com especial incidência sobre as questões relacionadas com as famílias e a história faialense. Fixou-se em Lisboa a partir de 1927, dedicando-se então ao estudo da história faialense. Quando a Câmara Municipal da Horta resolveu elaborar os Anais do Município, um trabalho que andava em preparação há mais de meio século, resolveu, em sessão de 14 de Agosto de 1939, convidar Marcelino Lima para os redigir. Este aceitou o convite, conseguindo levar a termo, em 1943, a produção dos Anais, naquela que é a sua obra de maior vulto."
(fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Raro.
Com interesse histórico e etnográfico.
30€

21 novembro, 2020

SARMENTO, Général José-Estevam de Moraes - CAUSES DÉTERMINANTES DE LA GUERRE MONDIALE.
Par le... Préface du Maréchal Lyautey
. Bruges, [s.n. - Imprimerie Desclée de Brouwer et Cie - Bruges (Belgique), 1930. In-8.º (22 cm) de VIII, 399, [1] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história da Grande Guerra. Obra impressa em francês (no original), nunca traduzida para português.
Livro ilustrado com o retrato do autor em separado.
"Bien sincèrement, je dois m'avouer surpris de l'honneur qui m'est fait d'avoir à préfacer ce livre. [...]
Certes, l'idée était heureuse en cette époque où tous, hommes d'État et diplomates et jusqu'aux plus humbles citoyens, dans tout les pays bélligerants, s'évertuent à trouver les moyens propes à éviter le retour de luttes sanglantes et à assurer la stabilisation de la paix, d'y apporter contribution dans cette étude si fouillée des causes déterminantes de la guerra mondiale. [...]
En décelant avec un constant souci de l'objectivité les facteurs qui ont contribué à la naissance de l'idée de guerre, en faisant saisir l'étendue des désirs d'expansion de l'Allemagne, cet ouvrage paraît à son heure, au moment même où des assemblées européennes tentent d'ouvrir dans le monde, et pour l'Europe en particulier, une ère nouvelle."
(Excerto do Prefácio)
José Estêvão de Morais Sarmento GCTE • GCC • GCSE (Lisboa, 1843-1930). "Foi um militar, Ministro da Guerra e escritor militar português. Frequentou o Colégio Militar entre 1854 e 1861. Na carreira militar, seguiu a arma de Infantaria e, em 1901 é nomeado general de brigada, reformando-se em 1919 já como general de divisão. Foi comandante da Escola do Exército pelo Governo Provisório do regime republicano. Foi professor da Escola de Guerra e da Escola Militar.
Como político, Morais Sarmento fez parte do Partido Regenerador, chegando a Ministro da Guerra em Abril de 1896. Neste cargo, alterou diversos regulamentos e o Código de Justiça Militar.
Foi um dos fundadores do jornal "Diário Popular", e director da "Revista Militar".
Entre 1898 e 1904 foi Director do Colégio Militar e, posteriormente, o primeiro presidente da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar.
A 17 de Maio de 1919 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, a 5 de Outubro de 1922 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 28 de Fevereiro de 1930 com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

20 novembro, 2020

FEIJÓ, Rui G. & MARTINS, Hermínio & CABRAL, José de Pina - A MORTE NO PORTUGAL CONTEMPORÂNEO. Lisboa, Editorial Querco, 1985. In-8.º (21 cm) de 215, [5] p. ; [16] p. il. ; B.
1.ª edição.
Capa de João Segurado.
A Morte em Portugal. Aproximações Sociológicas, Literárias e Históricas. Ilustrado com fotografias extratexto a p.b.
“«A morte tem sempre um pegadilho». Dando outras palavras a este adágio minhoto, nenhuma morte individual inclui a explicação de si própria, antes requer que o seu significado seja procurado em contextos diversos. O que anima os colaboradores deste volume é o desejo de analisar alguns desses contextos, tomando a Morte como ocasião para procurar as vivências sociais em que se inscreve e que ilumina – ou seja, os seus indissociáveis «pegadilhos».”
(Excerto da introdução)
"(…) a morte que, a pouco e pouco, o progresso removeu do lugar central que ocupara nas nossas crenças e ritos, trivializou e acabou quase por esconder como se de coisa obscena se tratasse. Porque é que isto aconteceu e de que maneiras o assunto tem sido estudado são temas do prefácio de Hermínio Martins aos sete ensaios que constituem o resto do volume (…)"
(José Cutileiro)
Matérias:
Tristes Durées – Hermínio Martinho. | Oliveira Martins: A Morte na História – Augusto Santos Silva. | Morte e Imaginação no Eurico de Alexandre Herculano – T. F. Earle. | Os Cultos da Morte no Noroeste de Portugal – João de Pina Cabral. | A Boa Morte: Salvação Pessoal e Identidade Comunitária – Patrícia Goldey. | Morrer e Herdar no Trás-os-Montes Rural – Brian Juan O’Neill. | A Morte e a Sobrevivência da Casa Rural num Concelho do Noroeste – Maria de Fátima Brandão. | Uma Primeira Aproximação aos Testamentos: Venade e a Prática de Testar da sua População – Margarida Durães. | Um Conflito de Atitudes Perante a Morte: A Questão dos Cemitérios no Portugal Contemporâneo – João de Pina Cabral e Rui G. Feijó.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar. 
15€

19 novembro, 2020

FELGUEIRAS, Guilherme - OS SALOIOS : gupo étnico de Lisboa suburbana. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso por Ramos, Afonso & moita, Lda., Lisboa], [1980]. In-4.º (26 cm) de 20 p. ; il. ; B. Separata do Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa : III Série - N.º 87 - 2.º Tomo - 1980
1.ª edição independente.
Estudo etnográfico e etimológico sobre os saloios e a sua origem. Curioso trabalho sobre os habitantes naturais das zonas rurais dos arredores de Lisboa, ilustrado com 11 bonitas estampas e fotogravuras a p.b. distribuídas por sete páginas.
"Certo núcleo de campónios naturais dos arrebaldes de Sintra, Loures e Mafra tem merecido o reparo de críticos, desde tempos distantes. Notados pelos traços diferençáveis, forte personalidade, exteriorizações de sentimento, temperamento laborioso, maneira peculiar de viver e de se expressarem. Quase sempre, porém, essa análise é feita dum modo inexacto e deformador, explorando em sorridente recorte escarninho aquele feitio simplório e astucioso, aquele modo embaraçado mas ganhuceiro como sabem levar a água ao moinho, explorando o negócio sempre com lucros materiais assegurados."
Guilherme Felgueiras (1890-1990). "Formado pela Escola Nacional de Agricultura em Coimbra, dirigiu as zonas florestais da Mata de Leiria e Serra do Gerês e desempenhou cargos de diretor das Escolas Gonçalves Zarco e Profissional de Agricultura de Paiã.
No domínio etnográfico Guilherme Felgueiras destacou-se pela sua produção bibliográfica em torno das tradições populares no âmbito da vida agrária e da arte popular.
Sobre o domínio da Filologia e Etnografia publicou, em 1930, o estudo sobre a Terminologia agrícola - Linguagem dos Campos, dando continuidade, em 1935, aos trabalhos de Anfiguris populares e Lexicologia pecuária, e em 1941 sobre As Aliterações e os Trocadilhos na Lírica Popular. Em 1940 colaborou em «Vida e Arte do Povo Português» com o artigo A faina do campo, alusivo à vida rural, destacando o estudo sobre os sistemas de elevação e distribuição de águas de rega, processos e técnicas agrárias, hagiografia popular, feiras e romarias, entre outros temas.

A sua produção etnográfica privilegiou, com igual interesse, outros domínios de investigação, nomeadamente, as temáticas do traje popular e os processos e técnicas tradicionais e seus contextos de produção, como o ferro e a olaria."
(Fonte: www.matrizpci.dgpc.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
20€