28 fevereiro, 2014

D. MIGUEL I. OBRA A MAIS COMPLETA E CONCLUDENTE QUE TEM APPARECIDO NA EUROPA SOBRE A LEGITIMIDADE E INAUFERIVEIS DIREITOS DO SENHOR D. MIGUEL I. AO THRONO DE PORTUGAL. TRADUZIDA DO ORIGINAL FRANCEZ. (Terceira Edição mais correcta e accrescentada.). [Prefácio de José Agostinho de Macedo]. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1829. Com Licença. In-8.º (22,5 cm) de VIII, 144, [2] p. ; E.
Obra sobre a legitimidade de D. Miguel ao trono português. Traduzida por João de São Boaventura, a sua autoria é incerta, sendo atribuída ao Conde de Bordigné ou a António Ribeiro Saraiva (1800-1890), jornalista, poeta, lugar-tenente de D. Miguel e embaixador em Londres (1828-1834). Foi ainda o principal chefe político do miguelismo no exílio.
"Se no grande Quadro da Historia Politica das Monarchias houve huma Questão, que por si mesma se resolvesse sem outros socorros mais que a sua simples exposição, he por certo a Questão, que podemos chamar Européa sobre a Legitimidade do Muito Alto, e Muito Poderoso Rei o Senhor D. Miguel I. Morrêo o Senhor D. João VI: seu filho primogenito lhe deve succeder, e subir ao Throno, pelos direitos de herança, e da primogenitura. Esta he a ordem natural, e legal. Mas onde está este filho primogenito? Já não existe para esta successão. A Lei constitutiva da Monarchia quer, e determina que seja hum Principe natural deste Reino, isto he, requer o indigenato; elle se fez voluntariamente ao estrangeiro. A Lei quer, e determina que o Rei, que houver de succeder no Throno, exista, e permaneça neste Reino; mas elle se separou do Reino, e se fez independente, e protestou nada mais querer da herança por elle voluntaria, e solemnemente abandonada. Termos precisos da Questão. Faltão no que devia ser successor: 1.º a Naturalidade: 2.º a residencia pessoal. Está vago o Throno de facto, e de direito. Existe um segundo-genito, que se não desnaturalisou, e que existe neste Reino: nelle ha a naturalidade, nelle ha a permanencia, logo elle he o Rei legitimo."
(Excerto do Prefacio)
Contém reproduzido o JURAMENTO D’EL REI D. AFFONSO HENRIQUES, Pelo qual se confirma a gloriosa Apparição de Nosso Senhor Jesu Christo, acontecida ao mesmo Soberano (p. 116-119).
Encadernação cartonada, recente, com dourados gravados na pasta frontal.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Sem f. anterrosto, tendo portanto em falta a gravura que vem impressa no verso. Oxidado na f. rosto, com manchas de humidade nas últimas páginas do livro. Última folha (em bco) alvo de restauro tosco.
Muito invulgar.
Indisponível

27 fevereiro, 2014

ALMEIDA, Egydio d’ – BIOGRAPHIAS E APONTAMENTOS SOBRE MATADORES, PICADORES, CAVALLEIROS, BANDARILHEIROS, FORCADOS, AFICIONADOS, AMADORES, ANACLETOS, ETC., ETC. Recopilados por… Secretario do jornal A Tourada. Lisboa, Typ. Guedes, 1896. In-8.º (19,5cm) de 238, [2] p. ; E.
1.ª (e única) edição.
“Fundando-me no exemplo dado por alguns dos mais distinctos criticos taurinos do visinho Reino, escrevi este livro que supponho terá o agrado dos aficionados não pelo merito que encerra que não é nenhum, mas pela fórma facil e breve como póde ser consultado sempre que lhes seja necessario ter informações de pessoas que mais ou menos tenham correlação com assumptos taurinos.”
(excerto da introdução)
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas.
Exemplar em bom estado geral de conservação, com excepção da lombada que apresenta falha de pele importante.
Raro.
Indisponível

26 fevereiro, 2014

OLIVEIRA, Francisco Xavier d’Athaide – ROMANCEIRO E CANCIONEIRO DO ALGARVE (Lição de Loulé). Acompanhado de importantes notas para esclarecimento do texto e onde se reproduz tudo quanto ha publicado neste genero pertencente ao Algarve. Por… Bacharel formado em Theologia e Direito Conservador privativo do registro predial da comarca de Loulé e socio do Instituto de Coimbra. Porto, Typographia Universal (a vapor), 1905. In-8.º (21,5cm) de 432 p. ; B. Col. Contos Tradiccionaes do Algarve em verso.
1.ª edição.
Obra com interesse histórico e regional. Consiste numa recolha de romances, lendas, canções e outros elementos da tradição oral algarvia.
“Muitas vezes as minhas boas velhinhas, para se distrair, deixavam os contos, e entoavam uma melopeia triste e cadenciada desses versos antigos, que eu mal percebia. Pedia-lhes que deixassem o canto e me recitassem os versos. Isso para ellas era quasi impossivel: não sabiam os versos, quando os queriam recitar; só cantando chegavam ao fim. Eram os seus romances que ellas tinham ouvido aos seus avôs e os cantavam na mesma musica em que eles lh’os tinham cantado. Desses romances fiz a presente collecção.”
(excerto do preâmbulo)
Francisco Xavier de Ataíde Oliveira (1842-1915). “Nasceu em Algoz, concelho de Silves, a 10 de outubro de 1842, e morreu em Loulé a 20 de novembro de 1915. Originário de uma família de pequenos proprietários agrícolas, frequentou os estudos preparatórios no Liceu de Faro e matriculou-se no Seminário de São José, a fim de seguir a vida eclesiástica, concluindo o curso em 1866. Em 1968 foi consagrado presbítero, desempenhando funções de Capelão da Universidade de Coimbra, na qual se formou em Direito (1874) e Teologia (1875). Em 1885 foi nomeado Conservador do Registo Predial de Loulé, serviço onde desempenhou as funções de Conservador adjunto desde 1882. Enquanto jornalista, desenvolveu uma colaboração regular com a imprensa regional, tendo sido autor de publicações que versaram os domínios da história, arqueologia e etnografia. Ainda neste âmbito fundou e dirigiu o primeiro jornal em Loulé, O Algarvio, periódico regionalista que manteve atividade entre 1889 e 1893. O seu contributo no domínio da etnografia portuguesa no final do século XIX centrou-se nos estudos pioneiros da literatura oral e tradições populares algarvias. Durante a sua passagem por Coimbra, que se prolongou até 1875, privou com algumas das personalidades proeminentes da “Geração de 70”, nomeadamente com Teófilo de Braga, reconhecendo-se as suas influências no domínio histórico e etnográfico relativo à recolha do romanceiro e do lendário algarvio, que constituiu o essencial das principais obras etnográficas de Ataíde Oliveira. Da sua produção etnográfica destaca-se a obra As Mouras Encantadas e os Encantos do Algarve (1898), considerado o seu primeiro ensaio sobre tradições populares, lendas e superstições. Publicou Contos infantis (1897) e Contos tradicionais do Algarve (2 vols., 1900 e 1905), Romanceiro e Cancioneiro do Algarve – Lição de Loulé (1905), estudos que resultaram da compilação da tradição oral regional, compreendendo contos, lendas, orações, superstições e ladainhas populares, entre outras formas de narrativas populares.” (in http://www.matrizpci.dgpc.pt/)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas com defeitos marginais; lombada cansada.
Muito invulgar.
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21 fevereiro, 2014

BESSA, Carlos – O COMBATE DE MUÍTE: ASPECTOS RELACIONADOS COM A PARTICIPAÇÃO PORTUGUESA NA GUERRA DE 1914-18 EM MOÇAMBIQUE. Pelo académico correspondenteSeparata dos «Anais» : II série, vol. 31. Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1986. In-4.º (24,5cm) de 142 p. (p. 135-270), [7] f. il. ; B.
Ilustrado em extratexto com várias fotogravuras dispersas por 4 f. e mapas (3) em outras tantas folhas: Mapa das possessões alemãs e portuguesas em África no início da I Grande Guerra; Mapa com a marcha das forças alemãs que conduziram aos combates de Muíte; «Croquis» usado pelo Comandante das Forças Portuguesas no Combate de Muíte por falta de cartas topográficas.
Contém relatórios militares sobre o Combate de Muíte.
Muito valorizado pela extensa dedicatória autógrafa do autor a D. Virgínia Cabral Fernandes, autora do livro «Memórias Ultramarinas» (1995), e filha de José Ricardo Pereira Cabral (1879-1956), político e militar português, Governador do Distrito de Moçambique (1916-1919 e 1918-1920), e mais tarde Governador-geral de Moçambique (1926-1938) e Governador-geral da Índia (1938-1945).
Obra sobre o combate de Muíte, amplamente aproveitado pelo autor para fazer uma análise da situação militar na Província de Moçambique durante a Grande Guerra, a par de reflexões várias sobre as consequências da participação portuguesa no conflito mundial. Relevância especial para a análise pormenorizada das forças alemãs no terreno, e do seu comandante, o mítico Von Lettow.
Matérias:
Antecedentes do combate de Muíte
I. Na política internacional. II. Nos bastidores da diplomacia. III. Na política interna portuguesa. IV. No âmbito militar.
O primeiro combate de Muíte (21 de Dezembro de 1917)
Evolução da situação e medidas tomadas com vista ao segundo combate de Muíte
A marcha e o segundo combate de Muíte
I. A Organização da Coluna e a Marcha para Muíte. II. O Segundo Combate de Muíte. III. O Segundo Combate de Muíte no Diário de Campanha de Von Lettow Vorbeck. IV. A importância militar de Muíte.
Os combatentes de Muíte e os inimigos que defrontaram
I. As forças alemãs e Von Lettow. 1- O Comando de Von Lettow na África Oriental Alemã. 2- As forças militares existentes na Colónia Alemã e o seu valor. 3- A reorganização de Von Lettow para a entrada no território de Moçambique. 4- A dedicação e capacidade combativa das tropas indígenas e dos carregadores alemães. 5- A táctica de Von Lettow e o aproveitamento dos recursos locais. II. O clima e as condições sanitárias das tropas portuguesas. III. A desorganização do Estado e os reflexos na Forças Armadas Portuguesas.
O debate nacional do intervencionismo e do não intervencionismo na Guerra de 1914-18
I. Interesse de alguns conceitos actuaos sobre História Militar. II. A situação do Exército Português na Guerra de 1914-18. III. Intervenção ou não intervenção de Portugal na Guerra de 1914-18. IV. Os partidos e a opinião pública perante a guerra. V. As tropas da intervenção. VI. Escolha dos teatros de operações para a intervenção portuguesa. VII. A graduação do esforço em cada teatro. VIII. Algumas considerações finais.
Epílogo
Documentos
N.º 1 - Ofício do Administrador de Imala sobre a inauguração do Monumento aos Mortos de Muíte (Moçambique). N.º 2 - Extracto do «lourenço Marques Guardian», de 9 de Agosto de 1930, sobre a inauguração do Monumento aos Mortos de Muíte, em Muecate (Moçambique). N.º 3 - Extracto do «Lourenço Marques Guardian», de 14 de Agosto de 1930, sobre o mesmo assunto. N.º 4 - Relatório do Combate de Muíte travado com Forças Alemãs, em 7 de Janeiro de 1918, do Comandante das Forças Portuguesas. N.º 5 - Relatório do Comandante do 3.º Pelotão da 5.ª Companhia Indígena de Infantaria sobre o combate de Muíte. N.º 6 - Relatório do Comandante do 3.º Grupo de Auxiliares de Nampula sobre o combate de Muíte. N.º 7 - Despacho exarado no auto de corpo de delito ao General Tomás de Sousa Rosa e conclusões do Relatório da Comissão de Generais nomeadamente para estudar e apreciar as operações efectuadas pelas tropas sob o seu comando na África Oriental Portugusa.
Carlos Gomes Bessa (1822-2013). “A sua carreira estendeu-se e espraiou-se, fundamentalmente, em duas áreas: a militar e a de académico e historiador. Depois do Curso na Escola do Exército, iniciado em 1942, foi colocado no Regimento da Serra do Pilar, uma unidade de grandes tradições militares, que ficou conhecida como “Os Polacos da Serra”, e que viria a comandar, como coronel, em 1973. Em 1950 foi chamado para frequentar o exigente Curso de Estado - Maior, tendo ingressado no respectivo “Corpo” e desempenhado funções correlativas, durante vários anos. Fez duas comissões no Ultramar – de que se tornou grande conhecedor e estudioso – a primeira na Guiné, entre 1956 e 1960, onde desempenhou as funções de Chefe de Estado-Maior do Comando Militar e, logo em Abril desse ano, marchou para Angola a convite do Governador-Geral de quem foi chefe de Gabinete, tendo regressado em Junho do ano seguinte, na sequência do início do terrorismo naquela Província. Foi Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa entre 1966 e 1970 estando sempre muito ligado à educação da juventude tanto na Metrópole como no Ultramar, tendo criado a “Procuradoria dos Estudantes Ultramarinos”, em 1962. Foi ainda director da Revista “Ultramar” entre 1961 e 1970. Foram-lhe concedidos 16 louvores e nove condecorações. Como académico foi um trabalhador incansável, desenvolvendo o seu labor em várias instituições de que se destaca a Academia Portuguesa da História, de que foi Secretário nove anos; Academia das Ciências; Sociedade Histórica da Independência de Portugal; Comissão Portuguesa de História Militar, de que foi um dos fundadores e, depois, Secretário; Sociedade de Geografia e Revista Militar, de que foi Director muitos anos. São incontáveis os trabalhos, comunicações e conferências efectuados, sempre com uma qualidade elevada, muitas delas de âmbito internacional, tendo desenvolvido contactos sobretudo com o Brasil, a Venezuela e a Espanha. É ainda autor de vasta bibliografia histórica, de grande mérito.” (in http://atulhadoatilio.blogspot.pt/2013/11/in-memoriam-coronel-gomes-bessa.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

20 fevereiro, 2014

ARAGÃO, Maximiano d’ – GRÃO VASCO OU VASCO FERNANDES, PINTOR VIZIENSE, PRINCIPE DOS PINTORES PORTUGUEZES. Reivindicação da sua personalidade; authenticidade da sua obra prima – S. PEDRO; o que se disse e escreveu ácerca d’elle; originalidade dos seus quadros; merecimento d’estes, segundo nacionaes e estrangeiros. Vizeu, Typographia Popular da Liberdade, 1900. In-4º (27cm) de [4], 140, [4] p. ; B.
Estudo histórico - artístico e biográfico sobre Vasco Fernandes - «Grão Vasco», pintor visiense, figura maior da pintura quinhentista nacional. Talvez o primeiro estudo sério e documentado sobre a matéria. Dedicado a El-Rei D. Carlos.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autorAo Exmo Senhor Conselheiro Director Geral de Instrucção Publica Secundaria, Superior e Especial dr. Agostinho de Campos.
“Acha-se personificada em Grão-Vasco toda a antiga pintura portugueza. Mas Grão-Vasco até agora era para uns um mytho, para outros uma escola, e ainda para alguns um problema.
Sempre convicto e sempre ccrente em que toda a tradição tem uma base verdadeira e que sem duvida se estava em frente de um problema, eu não duvidei, para o resolver, renovar as pesquizas outr’ora encetadas por trabalhadores pacientes e conscienciosos.
E posso dize-lo affoitamente: consegui o fim proposto.
Depois, pareceu-me que cumpriria um dever civico tornando conhecido do publico o resultado d’essas investigações
(excerto da dedicatória a Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Carlos)
Maximiano Pereira da Fonseca e Aragão (1853-1929). “Foi um estudioso da cidade e do distrito de Viseu. Aos doze anos mudou-se para Viseu, onde faz a instrução primária e o curso trienal do Seminário, e, mais tarde, para Coimbra onde se licencia em Direito e tira o bacharelato em Teologia. Passou então a exercer a profissão de advogado. Foi ainda administrador de alguns concelhos, professor e reitor do Liceu de Viseu, várias vezes vereador da Câmara Municipal de Viseu, provedor da Santa Casa da Misericórdia, primeiro vice-presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Viseu, presidente da Junta Liberal e um dos sócios fundadores e presidente do Instituto Etnológico da Beira. Em 1914 foi viver para Lisboa onde leccionou no Liceu Camões e trabalhou no Ministério da Instrução. Pertenceu ainda à Junta Geral do Distrito de Viseu e foi um dos fundadores do Asilo da Infância Desvalida. Era considerado um homem bom e um incansável investigador.” Publicou diversos trabalhos sobre Viseu e o seu distrito.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam defeitos marginais; lombada restaurada com fita gomada.
Invulgar.
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18 fevereiro, 2014

FEIO, Maria – CORAÇÕES INFANTIS. Lisboa, Livraria Ferin : Torres e Comt.ª, 1916. In-8º (16,5cm) de 115, [1] p. ; il. ; B.
1.ª (e única) edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa da autora a Agostinho de Campos.
Conjunto de contos infantis ilustrados com bonitos desenhos no texto, alguns em página inteira.
Maria Figueiredo Feio Rebelo Castelo Branco (1870-1939). “Poetisa portuguesa, conhecida por Maria Feio; natural de Guiães (Vila Real); filha de Sebastião Pereira Rebelo Feio e de Catarina Figueiredo de Abreu Castelo Branco. Publicou, no Almanaque de Lembranças, aos 11 anos, os seus primeiros versos. Teve uma vida atribulada que prejudicou a sua laboração poética.
Autora das seguintes obras: Alma de Mulher (1915); Calvário de Mulher (1915); Artes e Artistas, A Beleza da Mulher; Contos Verdadeiros; Vozes do Coração; Lázaros e Madalenas; Verdades (sobre problemas sociais); Corações Infantis: Argumentos (cartas) e Sonho de Amor (versos). Colaborou nos jornais: A Capital, Luta, Vanguarda, Novidades (Lisboa), O Primeiro de Janeiro e O Comércio do Porto. Proferiu diversas conferências.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Etiqueta numerada na lombada; carimbo de biblioteca na f. rosto (2), e em mais algumas páginas ao longo do livro.
Invulgar.
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16 fevereiro, 2014

SARAMAGO, JOSÉ - MEMORIAL DO CONVENTO. Romance. Lisboa, Editorial Caminho, 1982. In-8º (21cm) de 356, [4] p. ; B. Colecção "O Campo da Palavra", 17
1.ª edição.
"Capa e arranjo gráfico: José Serrão.
Na capa: A Construção da Torre de Babel, pormenor dos frescos da abadia de  Saint-Savin (Vienne), França.
"Um romance histórico inovador. Personagem principal, o Convento de Mafra. O escritor aparta-se da descrição engessada, privilegiando a caracterização de uma época. Segue o estilo: «Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra... Era uma vez a gente que construiu esse convento... Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes... Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido». Tudo, «era uma vez...». Logo a começar por «D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa a até hoje ainda não emprenhou (...). Depois, a sobressair, essa espantosa personagem, Blimunda, ao encontro de Baltasar. Milhares de léguas andou Blimundo, e o romance correu mundo, na escrita e na ópera (numa adaptação do compositor italiano Azio Corghi). Para a nossa memória ficam essas duas personagens inesquecíveis, um Sete Sóis e o outro Sete Luas, a passearem o seu amor pelo Portugal violento e inquisitorial dos tristes tempos do rei D. João V.» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)
"Era uma vez um rei que fez promessa de levantar convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido."
(apresentação)
José Saramago (1922-2010). "Nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro de 1922, se bem que o registo oficial mencione, como data do nascimento, o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele não perfizera ainda dois anos de idade. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas outras profissões: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance (Terra do Pecado), em 1947, tendo estado depois largo tempo sem publicar, até 1966. A partir de 1976 passou a viver apenas do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Casou com Pilar del Río em 1988 e em Fevereiro de 1993 passou a dividir o seu tempo entre a sua residência habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago de Canárias (Espanha). Em 1998 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel de Literatura. José Saramago morreu a 18 de Junho de 2010.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas com vincos nos cantos.
Invulgar.
Indisponível

15 fevereiro, 2014

CASTELLO BRANCO, Camillo – A DIFFAMAÇÃO DOS LIVREIROS SUCCESSORES DE ERNESTO CHARDRON. Porto, Imprensa Civilisação, 1886. In-4º (24cm) de 32 p. ; B.
Polémica entre Camilo e Lugan & Genelioux, sucessores da livraria de Ernesto Chardron, por causa dos direitos da obra Boémia do Espírito, pouco antes da sua publicação por Eduardo da Costa Santos (Livraria Civilização).
“O aggravo que o snr. Eduardo da Costa Santos, editor e proprietario da Bohemia do espirito, levou para a 2.ª instancia está pendente da deliberação dos juizes.
Recusei-me algum tempo a escrever sobre semelhante assumpto, receando que a minha defesa fosse interpretada como pretensão estolida de explicar aos juizes a injustiça da apprehensão da obra impressa. Se eu me defendesse com tal intento, duvidaria da intelligencia dos magistrados e da solicitude do illustre advogado do snr. Costa Santos.
Resolvi, porém, escrever logo que li os articulados dos snrs. Lugan & Genelioux para a «acção ordinaria». Ahi sou injuriado, affrontado e calumniado com quanta audacia póde impulsionar a infâmia. As aleivosias são ahi formuladas n’um tom desisivo, sem ambiguidades, sem precauçoens, nem subterfugios; mas o aviltamento de quem as suggeriu e redigiu está na documentada e irrefutavel com que as repulso. Os snrs. Lugan & Genelioux confiaram tão pouco na sua justiça que recorreram á detracção insultuosa, assacando-me antigas fraudes comerciaes com os meus editores para tornarem verosimeis as modernas.
Sordido expediente!”
(Advertência)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam falhas de papel marginais.
Invulgar.
Indisponível

14 fevereiro, 2014

NICOLAS, Patrick - MANUAL DO MODELISMO : planadores - aviões - helicópteros - veleiros - vedetas - barcos - viaturas - motores - radiocomando - competição. Porto, Litexa Portugal, [1990]. In-8º (18cm) de 210, [6] p. ; il. ; B.
Ilustrado no texto com desenhos e fotografias a p.b.
Os desenhos foram executados por Patrick e Mireille Nicolas. Tradução de M. Dores Nunes. Capa de Henrique Dias.
"Qual dos passatempos se poderá gabar de servir, com tanta liberdade, as necessidades de criatividade e de evasão do homem de hoje? Imaginar e realizar é o que falta à maioria de nós, numa sociedade onde a expressão da personalidade, é tão rara quanto difícil... A isto acrescentai a oportunidade de viver ao ar livre, o trabalho em grupo e o criar laços humanos e podereis explicar o actual sucesso do modelismo."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Esgotado.
10€

13 fevereiro, 2014

PIMENTA, Ernesto Tavares - UMA CARTA AO ALMIRANTE HENRIQUE TENREIRO. Lisboa, Edição do Autor, 1973. In-4º (23cm) de 97, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Obra patriótica, elogiosa do trabalho desenvolvido pelo Almirante Tenreiro, o «Patrão das Pescas», figura de proa do Estado Novo.
"Aos grandes obreiros do mar, os pescadores, afilhados do Almirante Henrique Ernesto dos Santos Tenreiro com a maior admiração e respeito pelo seu sacrifício."
(Dedicatória do autor)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Capas manchadas.
Invulgar.
10€

11 fevereiro, 2014

CAMPOS, Agostinho de – EUROPA EM GUERRA. Pombos-correios. Depositários : Rio de Janeiro, Francisco Alves. Lisboa, Livraria Ferin, 1915. In-8º (19cm) de [12], 370, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao Dr. Xavier Cordeiro.
Compilação de artigos sobre a Grande Guerra publicados pelo autor nas páginas do Comercio do Porto, e o Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro.
“Mal se trocaram os primeiros tiros, os Portugueses apressaram-se a tomar partido: republicanos, ao lado da Inglaterra e da França, porque a Alemanha é thalassa; monárquicos, da parte dos dois impérios germânicos, porque em França governa a «formiga branca», isto é, o socialismo e o radicalismo. A guerra europeia teve assim em Portugal o efeito instantâneo de complicar as guerrilhas nacionais.”
(excerto de Neutralidade Portuguesa)
Agostinho Celso Azevedo de Campos (1870-1944). “Escritor, jornalista, pedagogo e político português. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1892, exercendo advocacia por pouco tempo. Entre 1893 e 1894, ensinou língua e cultura portuguesas em Hamburgo (Alemanha), altura em que iniciou a sua colaboração jornalística nos jornais O Primeiro de janeiro e Novidades. Em 1895, quando regressou a Portugal, continuou a publicar artigos sobre literatura, política, pedagogia e linguística em diversos órgãos de imprensa, como n'O Comércio do Porto, no Diário de Notícias e n'O Diário Ilustrado, órgão oficioso do Partido Regenerador Liberal, nos Cadernos de Pedagogia, no Boletim do Instituto de Orientação Profissional, entre outros e também em jornais e revistas estrangeiras. A par com a carreira de jornalista, exerceu simultaneamente o cargo de professor de Alemão no Liceu Central de Lisboa, na Casa Pia, no Liceu Pedro Nunes, no Instituto Superior do Comércio e nas Faculdades de Letras das Universidades de Coimbra (1933-1938) e de Lisboa (1938-1941), jubilando-se nesta última, em 1940. Entre 1906 e 1910, Agostinho de Campos foi diretor-geral da Instrução Pública.”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa com defeitos.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

10 fevereiro, 2014

MEMORIAS DE UM PREZO EMIGRADO PELA UZURPAÇÃO DE D. MIGUEL. Lisboa, Na Typographia do Gratis, 1845. In-8º (20cm) de 301, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Publicado sob anonimato. Documento importante para a história das Lutas Liberais, com particular interesse para a região do Algarve donde o autor é natural, e onde foi vítima da purga absolutista que teve início em Maio de 1828. Recambiado para a prisão do Aljube, em Lisboa, viria a ser libertado em 1829, embarcando de seguida para o exílio onde terá conspirado contra o regime miguelista. Estas são as suas memórias desses tempos conturbados.
“Densas e negras nuvens, revolvendo-se com horrivel estrondo, não deixavam divisar o horizonte obscurecido. A náo do Estado hia despedaçar-se nos terriveis caxopos. Ah! E quem se salvaria no commum naufragio!...
A uzurpação do mais ignobil dos tyranos, estava consummada, tendo-se apossado do animo dos liberaes o terror e o espanto. O proprio author da Carta se tinha tornado a primeira causa da sua destruição pelo funesto decreto de 3 de Julho de 1827. Esta ideia dava o ultimo golpe na opinião e destruia toda a força moral.
Em fim o dia fatal de 27 de Maio de 1828, que deveria ser arrancado da serie do tempo, veio sepultar os pacificos habitantes de Tavira na anarquia, e na desordem. Eu habitava então esta cidade, e anticipado do desconcerto dos contrarevolucionarios, do seu total desalento, e faltas as mais inconcebiveis, tinha exitado sobre deixar Tavira, e ir-me a Olhão, para evitar as consequencias de um expluzão proxima, que esperava tanto pelos annuncios, que me tinham sido dados no dia 26, como pelos simptomas sinistros, que este desgraçado negocio tinha apresentado desde o dia 25, em que se tinha feito a reacção para sustentar a legitimidade e a Carta.
Porém a minha evasão hia lançar contra mim as mais crueis suspeitas no animo dos inimigos da patria, entendendo, que hiria como mensageiro dos liberaes, e ao serviço de uma causa ja perdida.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado geral de conservação.
Muito raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

09 fevereiro, 2014

ARNOSO, Conde d’ – JUSTIÇA! Sessão parlamentar de 1909. Lisboa, [s.n. – Comp. e imp. Na Typographia «A Editora»], 1909. In-4.º (24,5cm) de 42, [2] p. ; B.
Opúsculo impresso em papel de qualidade superior, e um dos três publicados sob este título «Justiça!», no qual o autor exige a punição dos implicados no regícidio.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do Conde de Arnoso "ao seu querido amigo Agostinho de Campos.
“É preciso, é absolutamente indispensavel, que os partidos d’esta nossa tão querida e tão mal afortunada Patria, que tão depressa se alliam uns com os outros, confundindo os programmas mais oppostos, como feroz e cruamente se degladiam entre si, cobrindo-se dos maiores improperios, por uma vez se convençam que, como povo e como nação, não podemos readquirir o respeito e a consideração de nenhum dos outros povos – base essencial para o restabelecimento do nosso credito, e, portanto, para uma mais salutar e efficaz acção governativa – sem primeiro, e com a mais escrupulosa, inflexivel e inquebrantavel justiça se apurar tudo que diz respeito ao criminoso, vil e infame attentado do dia 1 de fevereiro do anno passado.
Cada dia de demora é mais uma suspeita de cumplicidade a pesar sobre todos os Governos.
Ninguem acreedita, ninguem pode acreditar que um attentado, perpetrado em pleno dia, no centro de uma capital, possa conservar-se tão mysterioso como se porventura tivesse sido commetido de noite, a horas mortas e no mais longinquo descampado!”
(excerto do texto)
Bernardo Pinheiro Corrêa de Mello (1855-1911). “1.º Conde de Arnoso, foi oficial de Engenharia e secretário particular do rei D. Carlos, lugar privilegiado de observação e participação dos eventos políticos e sociais que marcaram a passagem do século XIX para o XX. Contemporâneo e amigo de alguns dos principais vultos da Geração de 70, integrou o grupo dos Vencidos da Vida. Monárquico convicto e membro da Câmara dos Pares intervém contra o regicídio. Esses discursos foram reunidos sob o título Justiça!"
(fonte: www.purl.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Selo na lombada e carimbo de biblioteca nas f. de rosto e anterrosto.
Muito invulgar.
30€

08 fevereiro, 2014

SELVAGEM, Carlos – TROPA D’ÁFRICA (jornal de campanha dum voluntário ao Niassa). 2.ª edição - 3.º milhar. Porto, Renascença Portuguesa ; Rio de Janeiro, Luso-Brasiliana, 1920. In-8.º (18,5cm) de 367, [1] p. ; [12] f. il. ; il. ; E.
Ilustrado com desenhos no texto e fotogravuras em separado.
Memórias do autor, soldado em África durante a Grande Guerra.
“Aos sargentos e soldados do meu pelotão a cavalo;
Aos meus camaradas da Expedição ao Niassa;
Aos soldados portugueses da Grande Guerra;
Á memória de todos aqueles que, pela glória das quinas Portuguesas, teem mordido o pó em terras d’Alêm-mar.”
(Homenagem do autor)
“Dia de embarque!...
Dia de lágrimas, dia de balbúrdia, de mil impressões tumultuosas e contrárias, com pragas furiosas sôbre os galegos, mil contas que surgem à última hora, uma compra que ia esquecendo, um abraço que esqueceu, e, por fim, um automóvel que nos despeja no cais, com o resto da bagagem, a cabeça esvaída, o boné para a nuca, arrazado de emoções.”
(excerto do texto)
Carlos Selvagem (1890-1973), pseudónimo de Carlos Tavares de Andrade Afonso dos Santos, “Foi um militar, jornalista, escritor, autor dramático e historiador. Frequentou o Colégio Militar entre 1901 e 1907 onde lhe deram a alcunha (Selvagem) que mais tarde veio a incorporar no pseudónimo literário que adoptou. Formou-se em Cavalaria pela Escola do Exército e participou no Niassa e no norte de Moçambique na frente africana da Primeira Guerra Mundial.”
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro na pasta frontal e na lombada. Conserva a capa de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
Com interesse histórico.
Indisponível

07 fevereiro, 2014

DIAS, Guimarães – DEMOCRACIA NOVA : ideias de Lysis. Porto, Companhia Portugueza Editora, 1919. In-8º (17,5cm) de 81, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Reflexões sobre o novo rumo a dar ao país no pós-guerra.
“Neste momento, a vitória dos alaiados é um facto. Começa a reinar a confiança. Agora já podemos confessar, às claras, que esta guerra, que trouxe o luto a tantas famílias, foi o natural seguimento de erros e de faltas acumuladas, há vinte anos para cá, num regime do qual o menos que se pode dizer é que se dissolve…
Um compromisso sacratíssimo está firmado com os que souberam morrer e com todos aqueles que nos conquistaram a vitória pela valorização de todos os elementos, que são indispensáveis para fazer a guerra.”
(excerto do texto)
Matérias:
I. Agonia dum sistema. II. Imensa obra a realizar. III. Para um partido novo. IV. Condição de progresso material. V. A tarefa do Estado moderno. VI. O regime da associação. VII. Sciencia e progresso. VIII. O novo Estado. IX. Competência e hierarquia. X. Representação económica. XI. Da anarquia à ordem.
Epílogo
I. Descentralização do ensino. II. Liberdade de ensino. III. Ensino técnico.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

06 fevereiro, 2014

CORREIA, Dr. Vergílio & GIRÃO, Dr. A. De Amorim & SOARES, Dr. Torquato de Souza – EXCURSÕES NO CENTRO DE PORTUGAL. Coímbra, Publicação subsidiada pelo Instituto para a Alta Cultura [Comp. e imp. na Companhia Editora do Minho, Barcelos], 1939. In-8º (19,5cm) de 160, [2] p. ; [1] mapa desd. ; B. Faculdade de Letras de Coimbra : Curso de Férias
1.ª edição.
Bonito guia paisagístico e cultural, impresso totalmente sobre papel couché.
Ilustrado com 101 fotogravuras no texto e um mapa desdobrável da Região Centro do país.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Falha de papel atinge metade da lombada.
Invulgar.
Indisponível

05 fevereiro, 2014

GRAVE, João – O AMOR E O DESTINO : novelas. Porto, Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, L.da, 1924. In-8º (18,5cm) de 236, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de seis contos, onde se incluem um histórico e dois de âmbito rural.
– Ultimos amores de D. João. – O Fraticidio. – As bôas fadas e o amor. – Drama rural. – História duma paixão. – O regresso das rosas.
João José Grave (1872-1934). “Foi um escritor e jornalista português. Autor de obras de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redacção do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias e em vários órgãos da imprensa brasileira. Foi director da Biblioteca Municipal do Porto e dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal. A nível literário, esteve inicialmente próximo dos naturalistas, notando-se influências de Emílio Zola. Depois enveredou pelo romance de costumes.”
Encadernação editorial com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

04 fevereiro, 2014

BRANCO, N. – OS SEGREDOS DOS JESUITAS DE PORTUGAL. Por… Coimbra, Imprensa Academica, 1888. In-8.º (21 cm) de 16 p. ; B.
1.ª edição.
Opúsculo anti-jesuítico.
"Com isto só pretendemos uma cousa: que todos estejam de sobre aviso e álerta, porque elles são como a fabulosa hydra de Lerna, á qual, se nas luctas lhe cortavam uma cabeça, logo lhe renasciam outras. Os jesuitas, se os perseguem hoje, apparecem ámanhã mais triumphantes e orgulhosos com mil disfarces impenetraveis, e até dentro de nossas proprias familias se multiplicam."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam falhas de papel marginais.
Raro.
Indisponível

03 fevereiro, 2014

GUSMÃO, Lapas de – O MUTILADO : drama de um combatente da Grande Guerra. UMA NOITE : tragedia rustica. Lisboa, Livraria Universal de Armando J. Tavares, 1928. In-8º (20cm) de VII, [1], 149, [3] p. ; B.
1.ª (e única) edição.
Muito valorizado pela dedicatória manuscrita do autor ao camarada de armas Eduardo de Faria, também ele com obra publicada sobre a Grande Guerra.
Joaquim Lapas de Gusmão (1886-1962). “Jornalista, escritor, Combatente da Grande Guerra em África e França, condecorado com a Cruz de Guerra.
Colaborou nos jornais A Pátria, do Porto, e na Capital, Lucta, Intransigente, Século e Diário de Notícias, de Lisboa. Publicou entre outros, os volumes Visão da Guerra, A Guerra no Sertão, em que descreve o que viu em França e África, o drama em 3 actos O Mutilado, a tragédia em um acto Uma noite e o ensaio filosófico Matéria e Vida."
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Apresenta defeito marginal na capa e na lombada.
Muito invulgar.
Indisponível

02 fevereiro, 2014

GARCIA, José Elias – VERTIGEM. 1 acto em verso. Por… Lisboa, O Auctor [Composto e impresso na Tipografia José Bastos], [s.d.]. In-8º (20x20cm) de 30, [2] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª (e única) edição.
Ilustrada com um retrato do autor em extratexto.
Peça de teatro em verso.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Apresenta falhas marginais nas capas.
Muito invulgar.
10€

01 fevereiro, 2014

ENNES, Antonio – UM DIVORCIO. Drama em 1 acto. Original de… Lisboa, Antiga Casa Bertrand-José Bastos & C.ª-Livraria Editora, [18--]. In-8º (20cm) de 33, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Escripto expressamente para a festa artistica da actriz Giacintha Pezzana, e traduzido em italiano por Luiz Gualtieri. Subiu á cena no theatro do Principe Real, na noite de 30 de outubro de 1877.
Representado no original portuguez pela actriz Emilia das Neves no theatro de D. Maria II, em 12 de março de 1878, e em Paris, pela primeira vez, na noite de 10 de outubro de 1878, no palacio d’Aquila, residencia da princeza de Ratazzi, por ela traduzido e publicado, e no theatro de l’Ouvre, em 20 de maio de 1896.
António José de Orta Enes (1848-1901). “Formado no Curso Superior de Letras, foi um político, jornalista, escritor e administrador colonial português, que se destacou em Moçambique onde exerceu as funções de Comissário Régio durante a rebelião tsonga na região sul daquele território. Defendeu em 1870 uns Estados Unidos da Europa, temendo que Portugal fosse absorvido pela vizinha Espanha. Foi membro destacado do Partido Histórico e da Maçonaria. Exerceu as funções de deputado, de bibliotecário-mor da Biblioteca Nacional de Lisboa (1886) e de Ministro da Marinha e Ultramar na primeira fase do governo extrapartidário de João Crisóstomo de Abreu e Sousa.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível