ARAGÃO, Maximiano d’ – GRÃO VASCO OU VASCO FERNANDES, PINTOR
VIZIENSE, PRINCIPE DOS PINTORES PORTUGUEZES. Reivindicação da sua
personalidade; authenticidade da sua obra prima – S. PEDRO; o que se disse e
escreveu ácerca d’elle; originalidade dos seus quadros; merecimento d’estes,
segundo nacionaes e estrangeiros. Vizeu, Typographia Popular da Liberdade, 1900. In-4º (27cm) de [4],
140, [4] p. ; B.
Estudo histórico - artístico e biográfico sobre Vasco Fernandes
- «Grão Vasco», pintor visiense, figura maior da pintura quinhentista nacional.
Talvez o primeiro estudo sério e documentado sobre a matéria. Dedicado a El-Rei D. Carlos.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor “Ao Exmo Senhor Conselheiro Director Geral de Instrucção Publica Secundaria, Superior e Especial dr. Agostinho de Campos”.
“Acha-se personificada em Grão-Vasco toda a antiga pintura
portugueza. Mas Grão-Vasco até agora era para uns um mytho, para outros uma
escola, e ainda para alguns um problema.
Sempre convicto e sempre ccrente em que toda a tradição tem
uma base verdadeira e que sem duvida se estava em frente de um problema, eu não
duvidei, para o resolver, renovar as pesquizas outr’ora encetadas por
trabalhadores pacientes e conscienciosos.
E posso dize-lo affoitamente: consegui o fim proposto.
Depois, pareceu-me que cumpriria um dever civico tornando
conhecido do publico o resultado d’essas investigações…”
(excerto da dedicatória a Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Carlos)
Maximiano Pereira da Fonseca e Aragão (1853-1929). “Foi um
estudioso da cidade e do distrito de Viseu. Aos doze anos mudou-se para Viseu,
onde faz a instrução primária e o curso trienal do Seminário, e, mais tarde,
para Coimbra onde se licencia em Direito e tira o bacharelato em Teologia.
Passou então a exercer a profissão de advogado. Foi ainda administrador de
alguns concelhos, professor e reitor do Liceu de Viseu, várias vezes vereador
da Câmara Municipal de Viseu, provedor da Santa Casa da Misericórdia, primeiro
vice-presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Viseu, presidente da
Junta Liberal e um dos sócios fundadores e presidente do Instituto Etnológico
da Beira. Em 1914 foi viver para Lisboa onde leccionou no Liceu Camões e
trabalhou no Ministério da Instrução. Pertenceu ainda à Junta Geral do Distrito
de Viseu e foi um dos fundadores do Asilo da Infância Desvalida. Era
considerado um homem bom e um incansável investigador.” Publicou diversos
trabalhos sobre Viseu e o seu distrito.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas
apresentam defeitos marginais; lombada restaurada com fita gomada.
Invulgar.
Indisponível
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