PATRICIO, Padre F. J. - SERMÕES. I. Trabalhos Oratorios. Lisboa, Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor, 1893. In-8.º (21,5 cm) de [4], 294 p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de sermões proferidos pelo autor em ocasiões solenes, sobretudo a norte do Tejo. Uns anos mais tarde, em 1899, seria publicado um outro volume intitulado Sermões e discursos.
"Quando a misericordia divina realisou na incarnação do Verbo a portentosa obra da rehabilitação humana, uma estrophe de celestial belleza e eterna poesia annunciou ao mundo este grandioso acontecimento.
- Gloria a Deus e paz aos homens! - dizia o cantico dos anjos, chamando ao presepio de Bethlem a adoração dos pastores e a vassallagem dos reis. E a sociedade humana escutou estas dulcissimas palavras como nuncias do resgate e pregoeiras da reconciliação entre o céo e a terra, porque viu n'ellas a immensa philosophia d'uma crênça eterna, que reunia todos os homens n'uma só familia e sob a benção do infinito amor d'um só pae, que é Deus!
Hoje que o culto de quasi dezenove seculos convida a sociedade a commemorar o nascimento do Salvador, repete a Egreja Catholica essa estrophe inspiradissima, que é a synthese admiravel d'uma religião de tolerancia, amor e verdade."
(Excerto de O Natal)
Indice:
I - O Natal - Prégado na egreja do convento da Ave Maria, no Porto. II - A Circumcisão - Prégado na egreja parochial de Santo Ildefonso, no Porto, no 1.º de janeiro de 1885. III - Corpus Christi - Prégado na cidade de Beja em 1890. IV - A Conceição Immaculada - Prégado na egreja da Victoria, no Porto, em 1887. V - Nossa Senhora da Esperança - Prégado na egreja do Recolhimento das meninas orphãs, no Porto, em 1877. VI - Nossa Senhora dos Desamparados - Prégado na cidade de Braga em 1891. VII - Mater Dolorosa - Prégado no templo dos Congregados, no Porto. VIII - O Mandato - Prégado em Villa Real em 1891. IX - Sepulto Domino - Prégado em Lamego em 1889. X - Paixão e Soledade - Prégado em Vianna do Castello em 1883. XI - Ressurreição - Prégado na villa de Moncorvo em 1888. XII - S. Sebastião - Prégado na egreja parochial d'Oliveira d'Azemeis em 1879. XIII - S. Bento - Prégado no mosteiro da villa de Santo Thyrso em 1881. XIV - Pro Regina - Oração gratulatoria prégada na egreja do Terço e Caridade, no Porto, no Te-Deum celebrado alli em 1879 pelas melhoras de sua magestade a Rainha D. Maria Pia. XV - Restauração de Portugal - Prégado na patriarchal de Lisboa em 1888. XVI - Libertas - Prégado na egreja matriz de Villa do Conde em um Te-Deum celebrado em 1875 na commemoração do desembarque do exercito libertador. XVII - Cittá Dolente - Prégado nas exequias com que a Camara Municipal do Porto suffragou no templo da Lapa as victimas do incendio do theatro Baquet e offertado a El-rei D. Luiz I e á Rainha D. Maria Pia. XVIII - D. Pedro IV - Prégado na Real Capella da Lapa, no Porto, no anno de 1874. XIX - Flebilis ille! - Prégado no templo de S. Domingos, em Lisboa, nas exequias celebradas pela camara municipal em honra de Sua Magestade o sr. D. Luiz I, em 1889. XX - A bandeira do Sertanejo - Prégado na Real Capella da Lapa, no Porto, nas exequias celebradas por occasião de serem trasladados para alli os restos mortaes de Antonio Francisco Ferreira da Silva Porto, em 1891.
Francisco José Patrício CvSE (Vitória, Porto, 1850 - Porto, 1911). "Foi um sacerdote católico, renomado orador sacro, e investigador histórico português.
Terminou o curso do seminário em 1871, tendo sido ordenado presbítero em 1873. Em 1874 foi nomeado pregador régio, em em 1877, padre encomendado de Paranhos. Foi ainda, em 1902, nomeado reitor do Colégio dos Órfãos pela Câmara Municipal do Porto, cargo que exerceu até 1909, altura em que passou a ocupar o lugar de cónego capitular da Sé de Lisboa.
Notabilizou-se pela sua grande capacidade oratória, tendo sido responsável por fazer a prédica em diversos momentos notáveis, como nas exéquias de D. Luís I celebradas em Lisboa, Porto, e Lamego em 1889, nas das vítimas do incêndio do Teatro Baquet em 1888, nas do africanista Silva Porto em 1890, e aquando da trasladação dos restos mortais de Almeida Garrett do seu túmulo original no Cemitério dos Prazeres para o Mosteiro dos Jerónimos em 1903. Os seus sermões foram mais tarde reunidos em diversos volumes, sob o título Trabalhos Oratórios. Enquanto escritor, deixou impresso um livro, Telas Românticas, que reuniu diversos escritos da sua juventude, bem como diversos artigos de investigação histórica sobre a origem de romarias e usos populares, a maior parte publicados no Comércio do Porto mas também no Comércio Português, Jornal do Porto, Província, e Jornal da Manhã.
Foi eleito deputado pelo círculo eleitoral do Porto nas eleições de 1881, por Viana do Castelo em 1896, e novamente pelo Porto em 1901 e 1904; não se envolveu, contudo, em debates importantes.
Pertencia a numerosas corporações de beneficência e sociedades científicas e literárias: pertencia, entre outras, à Real Sociedade Humanitária do Porto, ao Instituto de Coimbra, à Sociedade de Geografia de Lisboa, à Sociedade dos Arqueólogos e Arquitectos Portugueses. Foi agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem de Santiago da Espada em 1900, e com outras condecorações estrangeiras.
Morreu em 1911, vítima de uma doença da laringe que o fez perder a fala."
Terminou o curso do seminário em 1871, tendo sido ordenado presbítero em 1873. Em 1874 foi nomeado pregador régio, em em 1877, padre encomendado de Paranhos. Foi ainda, em 1902, nomeado reitor do Colégio dos Órfãos pela Câmara Municipal do Porto, cargo que exerceu até 1909, altura em que passou a ocupar o lugar de cónego capitular da Sé de Lisboa.
Notabilizou-se pela sua grande capacidade oratória, tendo sido responsável por fazer a prédica em diversos momentos notáveis, como nas exéquias de D. Luís I celebradas em Lisboa, Porto, e Lamego em 1889, nas das vítimas do incêndio do Teatro Baquet em 1888, nas do africanista Silva Porto em 1890, e aquando da trasladação dos restos mortais de Almeida Garrett do seu túmulo original no Cemitério dos Prazeres para o Mosteiro dos Jerónimos em 1903. Os seus sermões foram mais tarde reunidos em diversos volumes, sob o título Trabalhos Oratórios. Enquanto escritor, deixou impresso um livro, Telas Românticas, que reuniu diversos escritos da sua juventude, bem como diversos artigos de investigação histórica sobre a origem de romarias e usos populares, a maior parte publicados no Comércio do Porto mas também no Comércio Português, Jornal do Porto, Província, e Jornal da Manhã.
Foi eleito deputado pelo círculo eleitoral do Porto nas eleições de 1881, por Viana do Castelo em 1896, e novamente pelo Porto em 1901 e 1904; não se envolveu, contudo, em debates importantes.
Pertencia a numerosas corporações de beneficência e sociedades científicas e literárias: pertencia, entre outras, à Real Sociedade Humanitária do Porto, ao Instituto de Coimbra, à Sociedade de Geografia de Lisboa, à Sociedade dos Arqueólogos e Arquitectos Portugueses. Foi agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem de Santiago da Espada em 1900, e com outras condecorações estrangeiras.
Morreu em 1911, vítima de uma doença da laringe que o fez perder a fala."
(Fonte: wikipédia)
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro na pasta frontal e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Dedicatória de oferta (não do autor) na f. rosto.
Muito invulgar.
Indisponível
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