29 julho, 2021

CAMPOS, Agostinho de - A CARRANCA DA PAZ.
V. Comentário Leve da Grande Guerra
. Paris - Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand, 1925. In-8.º (18,5 cm) de 315, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Conjunto de artigos - algo irónicos - com interesse para a história da Primeira Guerra Mundial, conflito global que teve participação portuguesa.
"A pequenina finta que o Marechal Foch realizou em 15 de Julho dêste ano de 1918, à ilharga de um exército alemão, na «hérnia» de Chateau-Thierry, determinou em menos de três meses o desmoronamento irremediável de todo o colossal edifício militar da Alemanha e das suas alianças. Mas, para êste resultado estratégico, trabalharam sobretudo factores psicológicos, e não apenas, nem principalmente, o factor material da superioridade numérica, assegurada aos Aliados pela intervenção americana. Dêsses factores psicológicos são talvez os mais importantes, por um lado, o brutal orgulho alemão na guerra feita aos outros; e, por outro lado, o invencível pavor alemão de que a guerra seja feita à Alemanha, na casa própria, com a mesma brutalidade com que a Alemanha a fêz na casa alheia.
A falta de escrúpulo no ataque e o abuso insolente da vitória deram à guerra contra os Alemães carácter de cruzada universal."
(Excerto do Cap. I - Vitória!)
Agostinho Celso Azevedo de Campos (1870-1944). "Escritor, jornalista, pedagogo e político português. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1892, exercendo advocacia por pouco tempo. Entre 1893 e 1894, ensinou língua e cultura portuguesas em Hamburgo (Alemanha), altura em que iniciou a sua colaboração jornalística nos jornais O Primeiro de Janeiro e Novidades. Em 1895, quando regressou a Portugal, continuou a publicar artigos sobre literatura, política, pedagogia e linguística em diversos órgãos de imprensa, como no O Comércio do Porto, no Diário de Notícias e no O Diário Ilustrado, órgão oficioso do Partido Regenerador Liberal, nos Cadernos de Pedagogia, no Boletim do Instituto de Orientação Profissional, entre outros e também em jornais e revistas estrangeiras. A par com a carreira de jornalista, exerceu simultaneamente o cargo de professor de Alemão no Liceu Central de Lisboa, na Casa Pia, no Liceu Pedro Nunes, no Instituto Superior do Comércio e nas Faculdades de Letras das Universidades de Coimbra (1933-1938) e de Lisboa (1938-1941), jubilando-se nesta última, em 1940. Entre 1906 e 1910, Agostinho de Campos foi director-geral da Instrução Pública."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam pequenas falhas marginais bem como nas extremidades da lombada, que se encontra fendida.
Invulgar.
Com interesse histórico. 
Indisponível

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