MARCHAS POPULARES DOS BAIRROS - Programa Oficial. VIII Centenário de Lisboa: 1947. Lisboa, Comissão Executiva das Comemorações : Delegação das Marchas Populares, 1947. In-8.º (21 cm) de 28 p. ; B.
1.ª edição.
Raro programa das festividades de Lisboa, com significado histórico pela celebração do 8.º Centenário de Lisboa, mas também porque Almada integrou o desfile, algo que sucedeu pela primeira vez com uma marcha exterior à capital.
Contém as letras de todas as marchas que se apresentaram a concurso no desfile: Marcha de Almada: Almada é uma vila sempre ligada a Lisboa desde a Conquista e em todos os passos da historia. É um burgo de trabalho que namora Lisboa desde o seu Castelo. Traz uma marcha como se fôsse bairro alfacinha, organizada com o auxílio da Câmara de Almada, e apoiada numa comissão local e no Grupo Recreativo Margueirense, de Cacilhas; Marcha de Campo de Ourique; Bairro Alto; Marcha do Alto Pina; Marcha da Mouraria; Marcha da Graça; Marcha do Castelo; Marcha de Bemfica; Marcha de S. Vicente; Marcha de Alfama; Marcha da Madragoa;
"Em 1947 celebrou-se o VIII centenário da conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques em 1147. As marchas voltam a ser organizadas por uma comissão da CML e são integradas nos festejos de um centenário.
Em 1947 passam a ter como espaço do concurso o Pavilhão dos Desportos (actual Pavilhão Carlos Lopes), recebendo a apresentação das marchas distribuídas por duas noites. Raúl Ferrão (música) e Norberto de Araújo (versos), que já tinham sido os autores da GML em 1935, foram escolhidos pela CEFC para escrever a Grande Marcha de 1940 e de 1947: Olha o Manjerico e Marcha do Centenário, respectivamente."
(Fonte: file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/Tese_Marchas.pdf)
(Fonte: file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/Tese_Marchas.pdf)
"As marchas bairristas, todas enfloradas de pitoresco, são uma antiga tradição lisboeta, que, sobretudo, nos séculos XVIII e XIX imprimiram aos pátios e eirados de Lisboa uma animação de singular garridice. As vésperas de Santo António, S. João e S. Pedro viviam deste brinco popular. Sempre o povo foi ledo a bailar e a cantar trovas de amor. Mas o desfile das Marchas constitue um espectáculo único de folgança e alacridade, cuja origem reside numa esquecida tradição. Depois dos bailaricos e descantes, ir ao chafariz do bairro lavar a cara, imaginar Santo António a concertar as bilhas, e cantar ainda sem fadiga - era um ritual da mística alfacinha.
Os namorados davam-se os braços, e na Marcha seguiam velhos e crianças, aos pares, cada um com seu balão de cores e o seu cravo de papel ou ramito de mangerico, Esta é a tradição renovada há 20 anos, com arte e disciplina decorativa, nascidas da humildade que se vestiu de fantasia."
(Excerto de A tradição das marchas)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos - rasgões e pequenas falhas de papel.
Raro.
Com interesse histórico e olisiponense.
25€
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