01 junho, 2021

RODRIGUES, Maria Manuela Saraiva - A IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO NA VILA DO BARREIRO
. Barreiro, [s.n. - Montagem e impressão em: Silvas, crl - Lisboa], 2000. In-8.º (21 cm) de 57, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curiosa monografia com interesse para a organização e funcionamento das Irmandades e Confrarias no século XVIII, e em especial para a cidade do Barreiro. No final, em Anexo Documental, é reproduzido fac-símile do manuscrito que serviu de base ao presente ensaio.
"O interesse pela história local levou-nos à descoberta das Confrarias e Irmandades. O reconhecimento da sua importância para a compreensão da sociedade portuguesa fez-nos adoptar este tema para trabalho de Mestrado, que recaiu no Arquivo Paroquial de uma Vila do centro do país. Estas instituições proliferavam e com tal persistência que se mantinham ao longo dos séculos, adaptando-se às necessidades de cada época.
A descoberta de um livro de Termos de Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, da antiga vila do Barreiro, contribuiu para afirmarmos as nossas hipóteses explicativas numa Irmandade situada mais a sul do país.
O que pretendiam os indivíduos quando entravam para as Irmandades?
O sendo comum respondia-nos com razões de ordem espiritual e assistencial. No entanto, o estudo sobre manuscritos levou-nos a colocar outras hipóteses.
Acabámos por perceber, à medida que avançávamos na investigação, que os aspectos espiritual e assistencial correspondiam a uma percentagem mínima no global da actividade das Confrarias ou Irmandades. Pelo contrário, os seus bens eram monopolizados pelos Irmãos na resolução de problemas bem materiais, levando os cofres dessas corporações a ficarem vazios e a não permitir a realização dos actos estabelecidos nos Compromissos ou Estatutos. Os interesses temporais levavam os Irmãos a apropriarem-se de dinheiros e bens a que se consideravam com direitos, apenas por pertencerem à Irmandade. [...]
É da autobiografia  de um desses militares, o alferes José Joaquim Rodrigues Sousa, do 2º Batalhão Movel de Atiradores, manuscrito de que somos possuidores, que retirámos o documento em anexo."
(Excerto da Introdução)
Índice: Introdução. | A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário da Vila do Barreiro. | A Vinha de Nossa Senhora no Sítio das Palmeiras. | Os devedores à Irmandade e a festa de Nossa Senhora. | Resoluções da Mesa. | A foreira do Moinho do Cabo e o rendeiro José Pedro da Costa. | Irregularidades na Administração da Irmandade. | Dois requerimentos de José Pedro da Costa. | Intervenção do Governador Civil do Distrito e do Administrador do Concelho. | Auto de Exame sobre a Administração da Irmandade. | Resposta dos Mesários ao Administrador do Concelho. | Resposta do Governador Civil do Distrito. | A Administração da Irmandade e a família Costa. | Nova intervenção do Governador Civil do Distrito. | Uma constante na vida das Irmandades: dívidas de foros e de capitais a juros. | Instabilidade na vida da Irmandade. | Administrador do Concelho convoca reunião. | Administrador do Concelho suspende eleição. | A epidemia de cólera e a função de beneficência da Irmandade. | José Pedro Costa pede transacção de dívida. | Inventários dos objectos pertencentes à Irmandade. | A festa e os devedores. | Conclusão. | Bibliografia. | Anexo Documental.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

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