DINIZ, Julio - SERÕES DA PROVINCIA. Por... Terceira edição acrescentada com o novo romance inedito JUSTIÇA DE SUA MAGESTADE. Porto, Em Casa de A. R. da Cruz Coutinho, Editor, 1879. In-8.º (19 cm) de 311, [1] p. ; E.
Rara edição - a terceira - dos Serões da Província, que pela primeira vez integra Justiça de Sua Magestade, novela escrita pelo autor - a sua primeira - quando contava apenas 19 anos de idade, podendo por isso, ainda que parcialmente, ser considerada uma primeira edição. Não figura na base de dados da Biblioteca Nacional.
"Publicado pela primeira vez em 1870, a obra “Serões da Província” é uma compilação de contos e curtas novelas que Júlio Dinis publicou em folhetim no Jornal do Porto, entre 1862 e 1864.
A novela “Justiça de Sua Majestade” tem uma particularidade: foi a primeira novela escrita por Júlio Dinis, em 1858, quando tinha 19 anos. O seu editor da altura, no entanto, não gostou da história e negou-se a publica-lo. Tal facto desencorajou Júlio Dinis de tal maneira que só apresentaria um novo romance (As Pupilas do Senhor Reitor) dez anos depois. A história seria depois acrescentada a “Serões da Província” a partir da terceira edição, já depois da morte prematura de Júlio Dinis e a pedido do pai dele. A ação da história gira em torno de encontros amorosos e fugazes, mas intensos, que ocorrem entre dois casais na corte da rainha D. Maria II."
(Fonte: http://www.agr-tc.pt/bibliotecadigital/aetc/index.php?page=13&id=126&db=)
A novela “Justiça de Sua Majestade” tem uma particularidade: foi a primeira novela escrita por Júlio Dinis, em 1858, quando tinha 19 anos. O seu editor da altura, no entanto, não gostou da história e negou-se a publica-lo. Tal facto desencorajou Júlio Dinis de tal maneira que só apresentaria um novo romance (As Pupilas do Senhor Reitor) dez anos depois. A história seria depois acrescentada a “Serões da Província” a partir da terceira edição, já depois da morte prematura de Júlio Dinis e a pedido do pai dele. A ação da história gira em torno de encontros amorosos e fugazes, mas intensos, que ocorrem entre dois casais na corte da rainha D. Maria II."
(Fonte: http://www.agr-tc.pt/bibliotecadigital/aetc/index.php?page=13&id=126&db=)
"Era por uma manhã de abril de 1852.
O campo vestia-se de seus mais opulentos e matizados trajos.
O Minho estava fascinador.
Por toda a parte eram já espessuras frondosas e impenetraveis; sombras discretas; valles mysteriosos e encantadores, graças ao claro-escuro com que a vegetação renascente os coloria; collinas adornadas e festivas, como um throno de altar em capella rustica; enfloradissimos silvados, veigas a exuberarem de vida; e, por entre tudo isto, casas de brancura offuscante, e acima de tudo um céo sem nuvens, um céo azul, d'aquelle azul dos céos napolitanos, a meu ver, tão culpados na existencia dos lazzaroni. [...]
A physionomia das cidades perde tambem então um pouco da sua habitual gravidade. O vento que lhe vem dos arrebaldes inocula-lhes este fermento do folgazão regosijo. A primavera desinquieta-os, sedul-os, attrae-os, a esses soturnos cidadãos, e a população urbana trasborda nas aldeias circumvizinhas."
(Excerto do Justiça de Sua Magestade, I - Fervet Opus!)
Indice:
Advertencia [da 3.ª edição]. | Justiça de Sua Magestade. | As Apprehensões de uma mãe. | O Espolio do Snr. Cypriano. | Os Novellos da tia Philomena. | Uma Flor d'entre o gêlo.
Júlio Dinis (1839-1871). "Escritor português. Júlio Dinis é o pseudónimo literário mais conhecido de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, entre os vários que o autor adotou ao longo da sua carreira literária. Nasceu a 14 de novembro de 1839, no Porto, e morreu a 12 de setembro de 1871, na mesma cidade. Licenciou-se em Medicina, mas dedicou-se sobretudo à literatura, podendo ser considerado como um escritor de transição, situado entre o fim do Romantismo e o início do Realismo. É autor de poesias, peças de teatro, textos de teorização literária, mas destaca-se sobretudo como romancista, deixando em pouco mais de trinta e dois anos de vida uma produção original e inovadora, que contribuiu grandemente para a criação do romance moderno em Portugal."
(Fonte infopedia)
(Fonte infopedia)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas desgastadas, sobretudo nas margens e nos cantos. Falha de pele na extremidade superior da lombada. Interior correcto.
Raro.
Sem registo na BNP.
35€
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