02 maio, 2024

CASTRO, Vieira de -
A HORA INTERNACIONAL E A NACIONALIDADE PORTUGUÊSA
. [S.l.], Edição do Autôr, 1919. In-4.º (23x15 cm) de 63, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante ensaio histórico a propósito dos tempos conturbados que se viviam no pós-guerra, interna e externamente, ou, nas palavras do autor, um "esboço critico e elucidativo, tendente a prevenir a nação contra influencias nocivas e, por vezes, mortaes".
Exemplar muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor a Manuel de Vasconcelos e Sousa.
"Vae já distante o tempo em que se governavam os povos com enganosas mentiras, e se orientava a sua administração segundo principios abstractos e frageis quimeras.
Foi um erro imperdoavel dos maiores estadistas, ensinar á humanidade que as nações se governavam pelos sentimentos, quando o facto é que elas se conduzem apenas pelo egoismo. [...]
O sacrificio da Belgica, impiedoso e cruel, é o mais retumbante exemplo de quanto podem os altos interesses das grandes potencias.
A sua autonomia é a derivante natural da necessidade de opôr uma primeira muralha ao colosso germanico - como, no momento da sua independencia, o foi contra a França. Á Inglaterra era indispensavel, como á França, a existencia dessa terra de sacrificio interposta ente elas e a Alemanha. Fôra mantida com esse frio objectivo, e como tal foi sacrificada dolorosamente, visto que, por seu lado, assim o exigia o interesse dos imperios centraes."
(Excerto de Introdução - O egoismo das nações)
Sumario:
Introdução - O egoismo das nações. Relações internacionaes. Influencias desnacionalisadôras. | I - Portugal no equilibrio europeu. Dos Campos de Ourique a 1640. O inimigo no exterior. II - Richelieu e Napoleão. Os dois polos. Revolução e Tradição. O inimigo no interior. III - O liberalismo. Suas caracteristicas fundamentaes. A Decadencia. IV - A questão colonial. Do «ultimatum». O renascimento nacional. A luta maçonica. A republica. | Conclusões e bases da reorganisação.
Luís Lopes Vieira de Castro (Funchal, 1898 - Lisboa, 1954). "Licencia-se em Direito na Faculdade de Lisboa, em 1922. Ainda estudante, toma parte ativa em manifestações políticas e literárias da época, sendo um dos primeiros adeptos do Integralismo Lusitano. Escritor, jornalista e deputado, dirige os jornais académicos de doutrina monárquica "Pátria Nova" e "Restauração" e a revista "Nova Fénix Renascida". Funda e dirige "O Jornal da Madeira" e "O Jornal" do Funchal. Em 1925, é eleito deputado pelo Funchal, pela oposição monárquica, mas a eleição é invalidada. Dirige, em 1928, o "Correio da Manhã", órgão da causa monárquica. Em 1940, é um dos organizadores do Congresso do Mundo Português. É vogal da Junta de Crédito Público, de que foi presidente durante alguns anos. É deputado na Assembleia Nacional nas legislaturas de 1942-1945 e 1945-1949. Membro da Academia Portuguesa da História, do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia e da Sociedade Histórica da Independência de Portugal."
(Fonte: https://arquivos.azores.gov.pt/details?id=1349202)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com pequenas falhas de papel.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
20€
Reservado

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