29 maio, 2024

ALMEIDA, Antonio d' - DESCRIPÇÃO HISTORICA E TOPOGRAFICA DA CIDADE DE PENAFIEL. Por... [Lisboa], [Academia Real das Sciencias de Lisboa], [1830]. In-4.º (23,5x18,5 cm) de [4], 180, [4] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Separata factícia do Tomo X (2.ª parte) das «Memórias da Academia Real de Ciências de Lisboa».
Ilustrada no texto com gravura das armas da Cidade de Penafiel.
Contém: Tabelas - Rendas e Direitos Reaes do Concelho de Penafiel e "Mappas" (quadros alfanuméricos): Mappa da Povoação de Arrifana de Souza (Anno; Fogos; Almas - Maiores/Menores; Nascimentos - Legitimos/Naturaes; Cazamentos; Mortos - Maiores); Mappa da Povoação de Arrifana de Souza; Da População da Cidade e Freguezia 1771-1823 (Cidade; Aldeas; Nascimentos; Mortos); Termo da Cidade de Penafiel das Freguezias (Nome das Freguezias; Fogos; Homens; Mulheres; Total; Distancia da capital [do concelho]; Comarca Ecclesiastica de Penafiel [103 freguesias] (Parochias; Titulos; Padroados; Fogos; Almas; Rendimentos; Concelhos); Mappa das Companhias que formão a Capitania Mór das Ordenanças de Penafiel; Do Regimento de Milicias de Penafiel - Mappa dos Districtos com a população existente no anno de 1814 (Numero; Capital; Freguezias que dão recrutas; Fogos; Capitanias mores); Tabella da importancia da Decima (Cidade/Termo).
Obra de referência, rara, com significado histórico, sociológico, etnográfico e estatístico. A BNP não menciona.
Trata-se da edição original desta importante monografia, a mais consultada e citada em artigos/obras relacionadas com o tema, por certo, a mais interessante e completa que sobre Penafiel e o seu concelho se publicou entre nós.
"A Descripção Historica e Topografica da Cidade de Penafiel elaborada por António de Almeida foi enviada à Academia Real das Ciências. A obra divide-se em três partes, a primeira, como o autor referiu, tratava da fundação e antiguidade de Arrifana de Sousa, e do governo da localidade até à sua elevação a cidade e sede de bispado em 1770, a segunda à localidade já como cidade de Penafiel e a terceira à topografia da mesma. A primeira e segunda partes foram publicadas nas Memórias da Academia Real das Ciências, tendo depois também, saído em separata [1830] e posteriormente objeto de uma edição fac-similada publicada pela câmara municipal de Penafiel em 2006. A terceira parte encontra-se ainda manuscrita na Academia Real das Ciências - [Manuscrito]. Penafiel, 3.ª parte, 1815-1816."
(Fonte: Fernandes, Paula Sofia Costa, O hospital da misericórdia de Penafiel (1600-1850), Universidade do Minho : Instituto de Ciências Sociais, 2015)
"Proponho-me a escrever a Descripção Historica e Topografica da Cidade de Penafiel, devo advertir, que até ao anno de 1770 (como direi em seu lugar) ella foi sempre conhecida por Arrifana de Souza. Conformando-me pois com esta mudança de nome e de representação politica, eu divido a presente obra em tres partes: Na primeira tratarei de Arrifana de Souza, na segunda de Penafiel, e na terceira da Topografia da mesma Povoação."
(Capitulo Preliminar)
"Acha-se Arrifana de Souza no Reino de Portugal e na Provincia de Entre Douro e Minho, passando pelo meio della huma das estradas mais frequentadas do Reino, qual a que da Cidade do Porto sahe para a maior parte da Provincia de Tras os Montes, bem como para a Beira alta por Lamego. Fica-lhe a Cidade do Porto ao poente na distancia de seis legoas; ao norte a Villa de Guimarães em distancia quasi igual; ao nascente a Villa de Canavezes em distancia de duas legoas; e ao nordeste a d'Amarante aarredada quatro legoas; e ao sul o caes e povoação de Entr'ambos os Rios apartado duas legoas. Neste lugar se reune o rio Tamega ao Douro, vindo aquelle desde Amarante e Canavezes ao nascente de Arrifana de Souza na distancia de quatro, tres, duas, e pouco mais de huma legoa, servindo de limites ao Concelho de Penafiel desde a Freguezia de Luzim para baixo até se meter no Rio Douro; e aqui começa este Rio descendo até á villa de Melres, onde acaba o dito Concelho. Pelo poente corre o Rio Souza primeiramente em pequena distancia banhando terras da Freguezia, depois seguindo o rumo do sul faz limites ao Concelho de Penafiel até ao Lugar de Casconha, onde se mete no terreno do Concelho d'Aguiar de Souza na distancia de perto de duas legoas."
(Excerto de I - Da situação Geografica e Topografica de Arrifana de Souza)
Índice:
Capitulo Preliminar.
Parte I - De Arrifana de Souza. I - Da situação Geografica e Topografica de Arrifana de Souza. II - Da Fundação e antiguidade de Arrifana de Souza. III - Da Etymologia do nome Arrifana, e continuação da materia do Cap. II. IV - Da Forma do Governo d'Arrifana de Souza até ao anno de 1741. V - Do Julgado, Castello, e Cidade de Penafiel antiga. VI - De Anegia. VII - Dos Governadores e Senhores do Julgado de Penafiel. VIII - Do Foral do Concelho de Penafiel - [Rendas e direitos Reaes do Concelho de Penafiel]. IX - De algumas providencias publicas anteriores á creação do Lugar de Arrifana de Sousa em Villa. X - Da Erecção do Lugar d'Arrifana de Souza em Villa, e da sua Governança. XI - Providencias que a Camara e os Corregedores da Comarca derão para o bom regimen da Villa. XII - Da População da Villa de Arrifana de Souza. XIII - Das Armas antigas e modernas da Villa. XIV - De certas figuras que havião no cunhal de humas casas. XV - Das pessoas que mais se distinguirão em Arrifana de Souza. | Documentos [N.º 1 / N.º 2] |
Parte II - I - Da Creação da Villa de Arrifana de Souza em Cidade com o nome de Penafiel. II - Da População da Cidade e Freguezia. III - Das armas da Cidade de Penafiel. IV - Da origem do nome da Cidade de Penafiel. V - Do Termo da Cidade de Penafiel. VI - Da Administração Publica. VII - Da autoridade Ecclesiastica. VIII - Da erecção e suppressão do Bispado de Penafiel. IX - Do auditorio da Correição. X - Do Auditorio do Geral. XI - Da authoridade Municipal. XII - De algumas Providencias para o Regimen da Cidade e Termo. XII - Da authoridade Militar. XIV - Da Capitania Mór de Penafiel. XV - Do Regimento de Milicias de Penafiel. XVI - Do Monteiro Mór. XVII - Da Superintendencia das Coudelarias. XVIII - Da Fazenda Real. XIX - Dos mais ramos da Fazenda Real. XX - Dos Estabelecimentos Litterarios. XXI - Dos Varões illustres. | Documentos: N.º 1 - Carta de Lei da creação da Cidade de Penafiel; N.º 2 - Carta de Lei da Concessão e Termo á Cidade de Penafiel; N.º 3 - Termo da aceitação da bulla pelo Ex.mo Bispo do Porto; N.º 4 - Provimento do primeiro Vigario Geral de Penafiel; N.º 5 - Carta da nomeação do primeiro Corregedor e Provedor de Penafiel; N.º 6 - Auto de demarcação da Comarca de Penafiel; N.º 7 - Foral das Sisas das correntes de Penafiel; N.º 8 - Ordem sobre Rodas de Expostos; N.º 9 - Aviso para a nomeação de Capitão Mór.
António de Almeida (1767-1839). "Médico, escritor erudito, foi Presidente da Câmara Municipal de Penafiel. Formado em Medicina e bacharel em Filosofia. Exerceu Medicina, em Penafiel, por mais de 50 anos. Foi, para além de médico, um escritor erudito, publicando textos de Medicina, História, Arqueologia e Filologia, para além de vários estudos sobre Penafiel. Vários dos seus trabalhos foram publicados nas “Memórias da Academia Real das Ciências”, assim como no “Jornal Enciclopédico”, no “Jornal de Coimbra”, “Anais da Sociedade Literária Portuense”, “Revista Literária”, do Porto. Conhecido, ainda, pela sua faceta de beneficiente, tendo contribuído monetariamente para algumas obras de caridade, tal como a Ordem Terceira do Carmo, de Penafiel."
(Fonte: https://www.cm-penafiel.pt/visitar-penafiel/historia/personalidades/antonio-de-almeida/)
Exemplar em brochura, impresso em papel encorpado, revestido pelas capas originais, simples, lisas, em bom estado geral de conservação. Estudo incluído nas Memórias da Academia. Sem rosto próprio, conforme foi publicado. A última folha encontra-se restaurada, com parte do texto da penúltima página oculto, sob secção de papel aposto, contendo este algumas linhas manuscritas. Continuação do texto da página anterior?Discordância do proprietário sobre o conteúdo dessa parte do texto, levando à sua ocultação? Para desvendar com eventual recuperação por especialista.
Muito raro.
Com interesse histórico e bibliográfico.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
Indisponível

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