CERÂMICAS ANTIGAS DAS CALDAS E DE BORDALO PINHEIRO. [Exposição organizada pela Junta de Turismo da Costa do Estoril e Museu de Cerâmica nas Caldas da Rainha]. [S.l.], Junta de Turismo da Costa do Estoril, 1984. In-4.º (26x16,5 cm) de [66] p. ; [22] p. il. ; B.
1.ª edição.
Catálogo da exposição que teve lugar no Pavilhão dos Congressos do Estoril, em Agosto de 1984, na Galeria das Arcadas.
Junta-se folheto das peças extra-catálogo.
Livro impresso em papel de superior qualidade, ilustrado no texto com desenhos das marcas registadas e, no final, em separado, com inúmeras fotografias distribuídas por 22 páginas.
"Apesar do prestígio que o centro cerâmico de Caldas da Rainha conquistou ao longo dos séculos, até hoje não se esclareceu o enigma que constitui o primeiro período da sua história e da sua produção. Através de raros documentos e por uma sólida tradição oral, sabemos que no séc. XVII esta produção já era florescente, mas não existia nenhuma obra assinada até à segunda metade do séc. XIX e nem se conservaram os raros fragmentos de cerâmica recolhidos no final do século passado em escavações efectuadas nos locais de uma antiga olaria e então estudados pelo ceramista Manuel Cipriano Gomes Mafra."
(Excerto de I - Introdução)
"Manuel Mafra, novo proprietário da fábrica que comprou a Maria dos Cacos, introduziu rapidamente inovações que revolucionaram os costumes dos seus parceiros aplicando do reverso das peças um carimbo comercial gravado no barro; já não se trata então de iniciais tímidas, meio apagadas pela espessura do vidrado. O primeiro carimbo de Manuel Mafra é constituído por uma âncora enquadrada nas quatro iniciais formadas pelo seu nome e alcunha M. C. G. M. "Manuel Cipriano Gomes, O Mafra", iniciais como já referimos, que se encontram nalgumas peças da Escola de Maria dos Cacos da qual O Mafra fez parte. Maia tarde, o interesse e a protecção dispensados pelo rei D. Fernando permitiram-lhe a introdução da coroa real no novo carimbo acrescentado mais tarde da inscrição "Portugal", signo do desenvolvimento comercial a nível internacional, facto raro e talvez único na história da cerâmica portuguesa do séc. XIX."
(Excerto de II - A Olaria das Caldas da Rainha: De Manuel Mafra a Rafael Bordalo Pinheiro)
"Rafael Bordalo Pinheiro tinha 38 anos e encontrava-se no apogeu da sua brilhante carreira de caricaturista quando, por 1883, o irmão Feliciano que andava, então, interessado na constituição duma sociedade para fundar uma fábrica de faianças nas Caldas da Rainha, o indigitou para director artístico da futura empreza, apostando, naturalmente, no seu já firmado prestígio de artista. Aceita, em princípio, sem hesitação, dispondo-se, desde logo, a submeter-se às primeiras provas.
Tratava-se duma empolgante experiência a que o seu temperamento dispersivo, sempre sedento de novas emoções, não podia ficar indiferente."
(Excerto de III - Rafael Bordalo Pinheiro e as Faianças das Caldas)
Índice:
I - Introdução. II - A Olaria das Caldas da Rainha: Das Origens até Manuel Mafra. De Manuel Mafra a Rafael Bordalo Pinheiro. III - Rafael Bordalo Pinheiro e as Faianças das Caldas. IV - Produção mais Antiga: Maria dos Cacos(?). Manuel C. G. Mafra. Oleiros e Ceramistas de Meados do séc. XIX. V - Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha e Fabricantes da Época. VI - Início do séc. XX. VII - Figuras de Engonço ou de Movimento. VIII - Olaria. IX - Algumas Marcas Registadas. Fabricantes Representados. Abreviaturas. X - Fotos.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e bordaliano.
30€
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