05 setembro, 2023

SANTOS, Guilherme G. de Oliveira - O PROCESSO DOS TÁVORAS (importância do processo revisório). Lisboa, Livraria Portugal, [1979]. In-4.º (24x17,5 cm) de 100, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história do Caso dos Távoras, processo pelo qual foram acusadas de conspirar contra a vida do rei algumas das famílias mais influentes da época pombalina.
"A 13 de Janeiro de 1759 foram executados os acusados de estarem implicados no atentado ao rei D. José I, ocorrido uns meses antes, a 3 de Setembro de 1758.
Após um processo sumário, a sentença final, proferida a 12 de Janeiro de 1759 no Palácio da Ajuda, considerou o veredicto que todos os réus eram, de facto, culpados."
(Fonte: https://antt.dglab.gov.pt/exposicoes-virtuais-2/o_suplicio_tavoras/)
Fez-se desta obra uma tiragem de trezentos exemplares, vinte e cinco dos quais numerados e rubricados pelo autor e fora do mercado.
O presente exemplar pertence à tiragem de 25, e leva o n.º 11.
Exemplar duplamente valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Vinte anos após ter dado a lume O Caso dos Távoras, livro com que noviciei na arte de escrever, volto ao assunto. [...]
Pretendi desenvolver dois ou três tópicos apenas aflorados até aqui, marginalizados, de interesse indiscutível não obstante; tentei, em suma, resolver parte da problemática suscitada pelo atrabiliário acórdão e fiquem embora em suspenso interrogações que historiógrafo que se cativar do tema elucidará um dia."
(Excerto do prefácio - A quem ler)
"Conservam todos na ideia os tiros com que, na infausta noite de 3 de Setembro de 1758, crivaram de chumbo a sege em que D. José, acompanhado de Pedro Teixeira, recolhia de uma entrevista galante com a Marquesa de Távora nova; e, bem assim, a sentença que arrastou ao patíbulo o duque de Aveiro, com alguns apaniguados, os Távoras e o conde de Atouguia e que determinou a expulsão dos Jesuítas e o encerro por quase vinte anos de muitas pessoas que povoaram as masmorras e que só viram a luz da liberdade após o falecimento do monarca.
Ora sempre me admirou uma espécie de respeito supersticioso que tem cercado a injusta sentença."
(Excerto do texto)
Guilherme G. de Oliveira Santos (1919-?). "Nasceu em Lisboa, em 1919, e formou-se em Direito na Universidade de Lisboa, em 1944. Exerceu os cargos de assistente social da Direção Geral dos Serviços Prisionais e delegado do Procurador da República. Uma vida dedicada à escrita onde se destaca: O Caso dos Távoras, Lisboa, 1959; Trovas de Crisfal, Lisboa, 1965; Camilo Castelo Branco e José Agostinho de Macedo, Lisboa, 1985; Testamento de um escritor, Lisboa, 1988 e Digressões Cervantinas, Lisboa, 2004, etc. É sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Asociación de Cervantistas (Espanha) e foi condecorado pela Câmara Municipal de Ovar com a medalha de mérito."
(Fonte: Wook)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

Sem comentários:

Enviar um comentário