25 maio, 2023

O CONTO PORTUGUÊS. Boletim Informativo. Série II : N.º 22 : 1971 - Fundação Calouste Gulbenkian. [Lisboa], Fundação Calouste Gulbenkian / Serviço de Bibliotecas, 1971. In-4.º (24 cm) de 29 p. (43-71 pp.) il. ; B.
1.ª edição.
Número da prestigiada revista da FCG dedicado à história do conto português, desde os primórdios da sua produção literária, com Trancoso, até ao neo-realismo.
Inclui a Cronologia da Ficção Portuguesa. A contracapa é preenchida com fac-símiles dos autógrafos de algumas das mais insignes figuras da nossa literatura.
Ilustrado ao longo do texto com desenhos, fotografias e retratos.

"O mais antigo antepassado da literatura de ficção é o conto que  povo, oralmente, transmite de geração em geração. O nosso povo diz contar, mas não diz conto. Em vez de conto, diz história: história da Princesa Magalona, história de Roberto do Diabo, história da Imperatriz Porcina. O que se conta é uma história. Gonçalo Fernandes Trancoso é o nosso primeiro escritor de histórias. Data de 1571 a primeira parte do seu livro «Contos e Histórias de Proveito e Exemplo». [...]
Desde a mais remota origem nos contos populares predomina o elemento fantástico. Fantástico pode ser o fantasiado, o irreal, ou o que, por não se inserir na realidade quotidiana, vivida, apresenta um significado e um poder transcendentes, isto é, que transcende o poder humano. [...]
Os contos populares e histórias tradicionais portugueses estão muito deficientemente estudados. O que Almeida Garrett fez para o romanceiro (que pode considerar-se a versão poética do conto popular), fez Alexandre Herculano para as histórias tradicionais que coligiu de documentos arcaicos, dando-lhes uma versão literária e romântica e publicando-as como «Lendas e Narrativas»."
(Excerto do ensaio)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Indisponível

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