22 maio, 2023

DOMINGUES, Bento Garcia -
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL. Técnica e táctica nos crimes contra as pessoas. Homicídio - Envenenamento - Infanticídio - Aborto - Crimes contra a honestidade. [Por]... Inspector-Adjunto da Polícia Judiciária. Lisboa, [Edição do Autor - Composto e impresso na Tipografia - Escola da Cadeia Penitenciária de Lisboa], 1963. In-4.º (23,5 cm) de 322, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Interessante manual de investigação criminal.
Ilustrado no texto com tabelas, figuras esquemáticas e desenhos relacionados com o crime e obtenção de prova através da recolha de vestígios.
"O facto humano previsto e punido pela lei penal, o crime, não se define apenas no momento da sua prática. Para que se caracterize e conduza à punição do seu autor necessário é que, através de uma série de diligências, quer respeitantes à realidade material que o facto modificou, quer respeitantes à própria pessoa do seu autor, se reunam os elementos que hão-de convencer o Tribunal da sua prática e da responsabilidade do autor que lhe é apresentado. [...]
Um simples pêlo ou cabelo encontrado no local de um crime, quantas vezes irònicamente desprezado, pode conduzir, quando convenientemente aproveitado, à identificação do autor dum crime ou à confissão dum suspeito.
Será com esses e outros conhecimentos que a técnica policial fornece que a investigação poderá alcançar o seu fim útil, habilitando o investigador a considerar e interpretar os elementos encontrados e com eles estabelecer o seu quadro de raciocínio indutivo, dedutivo ou analógico que lhe permita definir a autoria ignorada de um crime."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução. | I Parte - A Prova e a Técnica de Investigação: A - Prova pessoal. B - Prova real. C - Conservação e interpretação dos vestígios e perícia. D - Buscas e apreensões. II Parte - I - Homicídio. II - Crime de ofensas corporais voluntárias. III - Infanticídio. IV - Aborto. V - Crimes contra a honestidade.
Bento Garcia Domingues. Membro da Polícia Judiciária. Fez parte do pessoal político civil na Direcção da Censura à Imprensa (antes esteve na censura de espectáculos) onde se encontrava aquando do 25 de Abril. Regressou à PJ em 1976 e, ao terminar funções em 1985, foi-lhe atribuído o "crachat" de ouro pela Direcção que descobriu no antigo polícia e censor "assinalável capacidade de conciliar exigível firmeza de actuação com uma prudência certa, esclarecida tolerância e apurada compreensão do Homem na sua verdadeira e mais transcendente dimensão".
(Fonte: Gomes, Joaquim Cardoso, Os censores do 25 de Abril: o pessoal político
da censura à imprensa, 2014)
Exemplar brochado em bom estar de conservação. Carimbo de posse na f. rosto.
Invulgar.
25€

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