BARBOSA, Pedro - A SIMBÓLICA DO MAL NAS PINTURAS DA IGREJA DA COLEGIADA DE GUIMARÃES. Congresso Histórico de Guimarães e sua Colegiada. Guimarães, [s.n. - Tipografia Barbosa & Xavier, Lda., Braga], 1981 In-4.º (24,5 cm) de 18 p. (478-489 p.) ; [2] f. il. ; B. Separata do Volume IV das Actas
1.ª edição independente.
Interessante trabalho sobre a simbologia "maléfica" existente na igreja da Colegiada de Guimarães.
Ilustrado em separado com 5 figuras a p.b. distribuídas por 3 páginas impressas sobre papel couché.
Exemplar muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Como diz Emile Mâle, para a Idade Média «o mundo pode definir-se: 'Uma ideia de Deus realizada pelo Verbo'. Se assim é, todo o ser esconde um pensamento divino. O mundo é um livro imenso escrito pela mão de Deus, onde cada ser é uma palavra cheia de sentido». A Idade Média é unânime em dizer que o mundo é um símbolo.
É este, realmente, o sentimento que nos fica quando olhamos para o conjunto de pinturas da igreja da Colegiada de Guimarães. Os símbolos multiplicam-se, sucedem-se. [...]
Nos nossos trabalhos sobre a simbólica da igreja da Colegiada de Guimarães, adoptamos uma sistematização artificial dos símbolos, apenas como um auxiliar de trabalho, e é essa sistematização que nos propomos utilizar aqui, para uma maior comodidade nossa:
Dividimos os símbolos em três grupos:
a) do Bem ou da Ordem;
b) do Caos ou do Mal;
c) símbolos neutros.
No presente trabalho interessa-nos a categoria b) que, como é evidente, se encontra também subdividida.
Um primeiro grupo (abusivamente chamado grupo) refere-se à «Adoração do Bode Negro», cena de «sabbat» demoníaco representado na nave central.
Um segundo grupo diz respeito a símbolos isolados. Neste grupo incluímos figuras isoladas que sejam representações do Mal, como certos animais, os dragões, as figuras híbridas...
Em terceiro lugar, os que chamamos símbolos composto e que, no fundo, são cenas que prefiguram o Mal, mas em que existe mais do que um componente. Por exemplo, a cena onde figura um tocador e uma bailadeira e que pode, segundo uma simbólica que nos vem do romântico, representar a luxúria.
Num quarto grupo colocaremos as cenas de psicomaquia (as que o são realidade e aquelas que têm fortes possibilidades de pertencer a este grupo).
Por último, as representações que, sem sombra de dúvida, representam criaturas relacionadas com o Mal e que não conseguimos ainda decifrar o significado."
(Excerto de A simbólica do Mal...)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico.
15€
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