18 agosto, 2020

OS CÃES. Amigos e defensores dos homens - A VIDA DOS ANIMAES. Lisboa, Alfredo David : Encadernador, [1911?]. In-8.º (17,5 cm) de 196, [4] p. ; il. ; E. Bibliotheca da Infancia, VIII
1.ª edição.
Monografia sobre o cão dirigida ao público infanto-juvenil.
Inclui interessantes histórias de cães passadas sobretudo em Lisboa.
Ilustrada com 21 magníficas estampas, sendo a maioria impressas sobre em página inteira sobre papel couché, reproduzindo desenhos e e fotogravuras dos animais.
"Defensores e guardadores dos ricos, amigos dos pobres e das creanças, e unicos seres que se dedicam até á morte - os cães são, mas ainda que os gatos, os animaes domesticos por excellencia, e teem desempenhado sempre na vida do homem e na historia social da Humanidade um papel importantissimo."
(Excerto do Cap. O cão e o homem)
"O Pardal que pertence áquella raça de cães allemães que tão bons resultados teem dado na organização das brigadas extrangeiras dos cães da policia, foi levado para a esquadra [dos Caminhos de ferro] e alli se acclimou de tal maneira que ficou fazendo parte d'aquella secção da policia de Lisboa, onde era sinceramente estimado.
Poucos dias depois de alli ter dado entrada, praticou o Pardal a sua primeira façanha.
Estava de serviço o cabo guerra, e em frente da porta da esquadra girava no passeio a sentinella. Eram cerca de 11 horas da noite.
Entrou um preso, um vadio, que, aproveitando um momento de distracção do guarda, saiu correndo, do gabinete do cabo e transpondo de um pulo a porta da rua, foi direito a um electrico que passava, saltando para a plataforma com o carro em andamento.
O Pardal vendo-o fugir, segui-o furioso, e saltando tambem para o carro, tal barafunda e gritaria alli fez que o electrico teve de parar na Fundição, onde o preso foi recapturado pelo mesmo policia, que seguira no encalço do cão.
Ensinado a intervir nas desordens e a separar os desordeiros, o Pardal não pode vêr duas pessoas agarradas uma á outra.
Aconteceu uma noite ir com o chefe rondar uns guardas que estavam de serviço no Lusitano Club; o cão tanto se incommodou ao vêr os pares dansantes, que irrompendo pelas sala de baile, poz todos em debandada, sem que os mordesse, tornando-se necessaria a rapida e energica intervenção do chefe, para que o baile, tão extraordinariamente interrompido, pudesse continuar.
Por causa d'esta mania o Pardal tem de ficar preso nas vesperas de Santo Antonio e de São João."
(Excerto do Cap. VII, O cão da policia)
Indice:
I - O cão e o homem. II - O defensor do homem. III - O cão salvador do homem. IV - O amigo das creanças. V - O cão de trabalho. VI - O cão de caça.VII - O cão da policia- VIII - Os cães na guerra. IX - Os cães actores. X - O cão de Lisboa. XI - O culto do cão.

Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a seco e a negro e ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

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