26 agosto, 2020

MONSARAZ, Alberto de - COIMBRA CHEIA DE GRAÇA. [Coimbra], Coimbra Ediora, Limitada, 1951. In-8.º (19,5 cm) de 86, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Capa de Maria da Conceição de Costa Lobo.
Obra poética sobre a "cidade dos estudantes". A Coimbra, cidade alma, oferenda dum poeta escolar, que nela em tempos viveu, sentiu, cantou...

"Coimbra Doutora fala-nos... Ensina.
Em torno é verde o campo; lembra, ao vê-lo,
Um capelo de cânones, capelo
Que assenta bem nos ombros da colina.

Tudo respira erudição latina.
E Coimbra chama, evoca... o seu apelo
São dez séculos mortos a intendê-lo,
Dez séculos de lenda e de neblina.

A voz das coisas, a sonhar, repete
Endeixas de Camões e de Garrett,
Elegias febris de António Nobre...

E, ouvindo-a, o pranto alvíssimo do rio
Orvalha os prados, trémulo, erradio...
É a saudade, em lágrimas, que os cobre!
"

(Terra de Encantos, Horizonte)

Índice:
Oferenda. | Terra de Encantos: Horizonte; A Padroeira; Choupal; Conventos; Penedo da Saudade; Lapa dos Esteios; Quinta das Lágrimas; Na Mata; O «Espírito Santo»; Passado. | «In Illo Tempore»: «Asas» na aula; Juventude; Rapazes; Mocidade; Coimbra, és Tu... | Sonata em Dó: Alegro; Adágio; Adágio acentuado; Final. | Fecho: Minerva Mutilada; Renasce; Voto.
Alberto de Monsaraz (Lisboa, 1889 - 1959). "2.º conde de Monsaraz, foi um político e poeta cultor do parnasianismo histórico. Militante monárquico, opôs-se activamente ao regime republicano, o que o forçou repetidamente ao exílio. Quando, em Janeiro de 1919, Paiva Couceiro voltou a tentar o derrube do regime republicano pela via da força e proclamou a Monarquia do Norte, Alberto Monsaraz foi um dos aderentes, juntando-se às forças entrincheiradas no Forte de Monsanto. Ficou gravemente ferido no combate de Monsanto, Lisboa, travado a 24 de Janeiro de 1919, no qual as tropas republicanas esmagaram a revolta monárquica. Em resultado dos ferimentos recebidos, perdeu o rim direito e ficou com um estilhaço de granada permanentemente alojado no fígado, o que deteriorou em definitivo a sua saúde. Aderiu ao movimento do Integralismo Lusitano tendo dirigido os seus órgãos de imprensa, nomeadamente A Monarquia e Nação Portuguesa, tornando-se numa das suas figuras centrais. Após a instauração do regime do Estado Novo, assumiu as funções de secretário-geral do Movimento Nacional-Sindicalista, liderado por Francisco Rolão Preto, acabando por ser novamente forçado ao exílio quando o movimento foi proscrito pelo regime salazarista."
Exemplar em brochura, bem conservado. Capas levemente oxidadas.
(Fonte: wikipédia)
Raro.
35€

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