BAPTISTA, Augusto Soares de Sousa - SÔZA. [Por]... Do Instituto de Coimbra. Aveiro, [s.n. - Oficinas Gráficas da Coimbra Editora, L.da - Coimbra], 1955. In-4.º (24,5 cm) de 11, [1] p. ; B. Separata do vol. XXI do Arquivo do Distrito de Aveiro
1.ª edição independente.
Curiosa monografia histórica sobre Soza, castiça vila do concelho de Vagos - Aveiro.
"Entende cada um que a sua vila ou aldeia não é digna nem honrada e tiver as raízes à flor do tempo e, por isso, lhas mergulha nas mais distantes camadas, onde à luz titubeante da verdade nasce a História humana. Assim sucede a Sôza, assim acontece com todas. E. todavia, foi só a partir de 1088 que tivemos conhecimento da existência desta terra linda, que, no dizer errado de alguns de seus filhos, só dá mulheres feias. Já lá vão mais de oito séculos, mas o que é isso para quem foi buscar as suas origens para além dos Romanos?
Será assim? É o que vamos ver.
Em 1015 ou 1016 Afonso V de Leão decidiu-se recuperar as terras dentre Douro e Mondego que desde 987 andavam em mãos de mouros governados pelo renegado Froila Gonçalves. O seu exército vitorioso entrou em Montemor e o Rei, pondo ali a Mendo Luz como governador fiel, voltou a Leão. Os mouros, porém, não se acomodaram com a derrota; reagiram e em consequência retirou-se Mendo Luz para as terras de Santa Maria; de novo recuaram as fronteiras dos estados cristãos, agora para uma linha que ia da foz do Vouga ao Caramulo, por entre as actuais Mealhada e Anadia, que naquele tempo ainda não existiam. Também o Vouga levava as águas directamente ao mar por ainda não estar formada aquela faixa de areia que o separa da ria. E foi assim que as terras da margem esquerda do Vouga, junto à sua foz, ficaram novamente sob a jurisdição mourisca, enquanto as da direita formavam, com as que ficavam a norte da linha acima referida, as Terras do Julgado de Vouga, sob domínio cristão."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e regional.
15€
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