18 maio, 2020

LEÃO. Poema organizado por um grupo de admiradores. Rio de Janeiro, Typ.-Lyth. Steele, Mattos & Cia., 1924. In-4.º (24 cm) de 26, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Homenagem poética a um cão - o Leão - organizada por um grupo de admiradores cariocas do animal.
Livro insólito, raro e muito curioso, por certo de curtíssima tiragem.

"Era bello e sagaz: chamava-se Leão.
Um homem se não foi, foi mais do que isso - um cão.
Tinha o pello amarello, espesso e luzidio,
Sem muito crêspo ser, nem muito corredio.
Por cauda, um mero côto em forma de pincel,
Servindo, oh paradoxo, ás vezes de painel.
As orelhas pendendo ao longo do focinho,
Juntavam-se com este em gracioso alinho.
A fronte soberana, augusta, magestosa,
Ridicula tornava a humana portentosa.
E tudo que possue de bello a natureza
Ali se resumia em rara singeleza,
Pendendo d'ella, austero, aos olhos entreposto,
Não um focinho, não!... mas um formoso rosto
Que, certo estou, faria arder de grande inveja,
A muitos ou, até, quem sabe... Salvo seja!..."

(Excerto do poema)

Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Apresenta pequena mancha de humidade junto ao corte lateral, visível apenas nas primeiras folhas.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional de Lisboa e na BN do Rio de Janeiro.
Peça de colecção.
Indisponível

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