1.ª edição.
Primeira incursão de Isidoro como autor na produção deste tipo de peças, ele que até aí apenas representava, tendo traduzido uma ou outra peça. A publicação da Revista é dedicada ao Conde do Farrobo “o decidido protector de todas as artes em geral, e da arte e letras dramaticas em particular” de quem o autor se confessa devedor, pois afirmando que os conhecimentos ultimamente adquiriu “foram tomados dos livros que V. Ex.ª em tanta abundância possui”.
"A [Revista] do ano de 1862, no Ginásio, foi uma aventura literária do actor Isidoro, que, apesar da experiência sobre os palcos, revelou fragilidades na composição dos diálogos. A opinião de Machado é que faltou a Isidoro a arte de transpor em palavras as suas ideias, e mesmo a de ajustar o texto às exigências do género revista. Notou-se ainda que Isidoro confiou demasiado nos conhecimentos do público: “enganou-se o autor em cuidar que cada espectador estivesse tanto ao facto das mais leves particularidades ocorridas durante o ano, como ele próprio, que pensou em tomar apontamento de todas elas. O resultado é que ou o público não percebe as alusões, ou demora-se a cismar na frase que se disse sem fazer reparo na frase que se está dizendo” (RS 13.1.1863)."
(Ferreira, Licínia Rodrigues - Júlio César Machado Cronista de Teatro: Os Folhetins d’A Revolução de Setembro e do Diário de Notícias, 2011)
Exemplar em brochura (capas simples), bem conservado.
Raro.
25€
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