14 novembro, 2019

ELOGIO DO TEN.-COR. AFONSO DO PAÇO. Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1980. In-4.º (25 cm) de 96, [2] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Homenagem a Afonso do Paço pelo Prof. Fernando de Almeida, onde além do elogio às suas aptidôes como arqueólogo, é enaltecida a sua coragem e recordados episódios protagonizados pelo homenageado na Flandres, integrado nas forças do C. E. P.
Ilustrado com um retrato de Afonso do Paço em separado.
"É este o papel da mulher, o mil vezes bendito papel das Madrinhas de Guerra. Se vós soubesseis, mulheres de Portugal, quantas Cruzes de Guerra colocastes no peito dos nosso soldados, dos vossos afilhados! Ah, se vós soubesseis! Diria que todas, todas elas.
E conta a seguir: que um dia a metralha lhe caía em roda. Um grupo de soldados seus estava longe e em perigo. Hesitou em ir ou não socorrê-los. Automaticamente meteu as mãos nos bolsos dos calções. Toparam com um terço que mãos de mulher lhe haviam dado, para recordação, quando fosse para França. A partir desse momento ficou insensível ao perigo e partiu com a ordenança, indiferente ao perigo. Daí lhe resultou a acção de que mais se orgulharia, no CEP."
(Excerto do Elogio)
Manuel Afonso do Paço (Outeiro, Viana do Castelo, 30 de novembro de 1895 - 1968). "Foi tenente-coronel do Exército Português e um dos mais prestigiados arqueólogos portugueses. Nasceu em 30 de Novembro de 1895 na freguesia de Outeiro, Viana do Castelo. Tirou o curso do Liceu em Viana do Castelo e Braga de 1908 a 1915 matriculando-se de seguida no curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Porém, em 15 de Maio de 1917 foi incorporado no exército como Aspirante a Oficial Miliciano. Tomou parte na Batalha do Lys, em 9 de Abril de 1918, pertencendo já ao 4º Grupo de Metralhadoras Pesadas. Foi aprisionado pelo Alemães e libertado em 28 de Dezembro de 1918. Regressou a Portugal em 16 de Janeiro de 1919. De 1919 a 1921 serviu como oficial na Guarda Nacional Republicana tendo sido ajudante de campo do Coronel Francisco António Baptista e do General Ernesto Maria Vieira da Rocha. Foi, em 1925, professor provisório no Colégio Militar (Portugal) passando de seguida por desempenhar funções como Tesoureiro da Inspecção do Serviço Telegráfico Militar. Foi ainda Chefe da Contabilidade do Batalhão de Telegrafistas (Braga). Reformou-se da vida militar como o posto de tenente-coronel."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

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