VILELA, A. Lobo - A MORTE É VIDA. (O Problema da Sobrevivência). 2.ª edição. Lisboa, Edições da Federação Espirita Portuguesa, 1930 [Capa, 1940]. In-8.º (18x13 cm) de 80, [4] p. ; il. ; B.
Interessante ensaio sobre a vida e a morte.
Ilustrado com três fotogravuras em página inteira.
"Quem há no mundo que não se tenha debruçado sôbre um túmulo? - Uma estranha metamorfose se produziu! Daqueles que amámos resta apenas um corpo inanimado; e a scentelha divina que neles brilhava, a luz sublime que parecia inextinguível, apagou-se ao rijo sôpro do desconhecido. A noite do mistério, descendo, abriu o seu manto de treva!
A morte é uma lei inexorável e geral que nos atinge sem que lhe possamos escapar e por isso nos interessa tanto saber em que consiste. Durante a vida é que precisamos de pensar nela para que não nos encontre desprevenidos quando vier visitar-nos, e para que o pensamento possa iluminar o seu mistério.
Se a morte infunde terror e até os mais corajosos vacilam e tremem quando ela se apresenta, é apenas o pavor próprio do desconhecido. Enquanto a desconhecermos, não deixaremos de a temer, nem mesmo saberemos compreender a vida que a ela conduz, necessàriamente.
O maior segredo da vida, só a morte o pode revelar."
(Excerto do Cap. I - Exórdio)
"Há quem não creia na imortalidade e pense que morte seja o aniquilamento total. Contudo, a existência do «nada» seria a sua própria negação. Para êles a morte tem qualquer coisa de trágico e de lúgubre, de perverso e odiento, como um fantasma de treva que apunhalasse a vida com um punhal de silêncio.
Por isso ficam na vida carpindo saudades sem esperança, vergados ao pêso da mágua cruciante. E nas suas almas torturadas restam apenas destroços de sonhos, boiando num mar negro de ilusões desfeitas, cinzas de aspirações queimadas, sombras profundamente tristes e desoladas que o pranto não dissolve, que o tempo não dilui!"
(Excerto do Cap. II - Da Imortalidade da Alma)
Índice:
Prefácio da 2.ª Edição | I - Exórdio. II - Da Imortalidade da Alma. III - Da Comunicação com os Espíritos. IV - Da Revelação Religiosa. V - Dos Grupos Espiritas Familiares. VI - Conclusão | Gravuras: Katie King; A pequena Stásia; Moldagem transcendental.
António Eduardo Lobo Vilela (Vila
Viçosa, 1902 - Lisboa, 1966). "Foi um engenheiro geógrafo, professor
licenciado em Matemática, Ciências Pedagógicas e espírita português. A
sua actividade mais intensa exerceu-a como político, ensaísta,
panfletário e escritor, tendo publicado uma vasta obra literária e
científica."
(Fonte: wikipédia)
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
25€
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