01 outubro, 2022

OS PORTUGUESES NA GRANDE GUERRA - Enciclopédia pela Imagem. Pôrto, Livraria Lello, Limitada - editora : Proprietária da Livraria Chardron, [193-]. In-4.º (24,5 cm) de 64 p. ; todo il. ; B.
1.ª edição.
Número da conhecida e apreciada colecção "Enciclopédia pela Imagem", totalmente dedicado à participação portuguesa na Grande Guerra.
Muito ilustrado. Todas as páginas contêm gravuras alusivas ao tema, quer em África, na defesa das Colónias, quer em França, com o C. E. P., integrando as forças aliadas.
"A declaração de guerra. No dia 9 de Março de 1916, Friedrich Rosen, Ministro da Alemanha em Lisboa, entrega ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Augusto Soares, o último documento diplomático: a declaração de guerra da Alemanha a Portugal.
É um documento extenso. Refere-se, na última parte, à requisição dos navios alemãis surtos e imobilizados, há 18 meses, em portos portugueses.
O Govêrno português fizera a requisição em 23 de Fevereiro atendendo aos interêsses da economia nacional, prejudicados pela deficiência de meios de transporte e considerando o problema das subsistências, como de salvação pública. [...]
A Mobilização. O Ministro da Guerra, General Pereira d'Eça, colocára nìtidamente a questão do auxílio militar de Portugal. O Govêrno Francês pede peças de artilharia. Prestaríamos êsse auxílio desde que seguisse pessoal, isto é, «que nos fôsse pedido o auxílio das nossas fôrças» directamente pela Inglaterra invocando a aliança para justificar a beligerância de Portugal. [...]
Corpo Expedicionário Português (C. E. P.). Em 17 de Janeiro de 1917 é nomeado comandante do C. E. P. o general Fernando Tamagnini, que já comandára a Divisão de Instrução. Era um oficial muito apreciado e que ascendera ao generalato, por escolha, em 1915.
O C. E. P. era inicialmente constituído por uma divisão reforçada, dispondo de 3 brigadas de infantaria a 2 regimentos; 4 grupos de metralhadoras a 2 baterias (32 metralhadoras); 4 grupos de artilharia de campanha a 3 baterias (48 peças); 3 grupos de obuzes a 2 baterias (24 obuzes); 4 companhias de sapadores mineiros; 1 grupo de esquadrões de cavalaria; pessoal para as formações e estabelecimentos dos múltiplos serviços das fôrças em campanha.
O transporte das tropas expedicionárias foi feito em sete transportes ingleses (A-B-C-D-E-F-G) e nos dois transportes portugueses «Gil Eanes» e «Pedro Nunes», constituindo vários combóios, convenientemente escoltados por barcos de guerra das duas nações.
O primeiro embarque efectuou-se em 30 de Janeiro de 1917 e até Fevereiro de 1918 foram transportados 1.589 oficiais e 57.540 praças, além de 6.894 solípedes e 901 viaturas."
(Excerto Cap. V, Beligerância : 9 de Março de 1916 a 11 de Novembro de 1918, Na Guerra das Trincheiras)
 
ÍndiceCapítulo I. Neutralidade Condicional: - Resolução do Congresso. - Portugal neutral. - Auxílio aos aliados. - Precauções nas colónias. - Incidentes de fronteira. Capítulo II. Pacificação de Angola: - A fronteira do Sul. - As colónias estrangeiras. - Naulila. - O levantamento indígena. - Domínio Além-Cunene. - Novos vizinhos. Capítulo III. Campanha do Niassa: - O triângulo de Quionga. - A travessia do Rovuma. - A incursão inimiga. Capítulo IV. A defesa do Atlântico: - Mare Nostrum. - A guerra submarina. - Escolta gloriosa. Capítulo V. Beligerância: - A declaração de guerra. - A mobilização. - Corpo Expedicionário Português. - Visita presidencial. - A vida nas trincheiras. - A ofensiva alemã. - Na vitória final. Capítulo VI. Epílogo: - Na Conferência de Paz. - Sursum corda!
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
20€

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