MARTINS, Rocha - O DUQUE DA TERCEIRA. [Por]... Da Academia Das Sciências. Heróis, Santos e Mártires da Pátria. Vol. XII - 2.ª Série. Colecção «História». Lisboa, Edição do Autor, [192-]. In-8.º (19 cm) de 63, [1] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Biografia histórica e militar de António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha, sétimo conde de Vila Flor, Duque da Terceira por decreto do regente do Reino D. Pedro de Bragança, em nome da rainha Dona Maria II de Portugal, em 8 de Novembro de 1832.
Livro ilustrado em separado com fotografia do monumento ao Duque, em Lisboa, reproduzida em legenda a sua proclamação aquando da entrada na capital.
"Depois daquela célebre expedição da Belfast, ao Porto, tão perturbadora para os chefes liberais, os caudilhos entraram no exílio, em zangas e aborrecimentos.
Injuriavam Palmela. Os autores destas acusações eram os do partido de Saldanha. Vila-Flôr conservava-se calmo, pretendendo resgatar a derrota que lhe fôra infligida, bem como aos companheiros, por algum lance audacioso e reabilitador da glória aos seus próprios olhos.
Pensou-se na tomada dos Açores. A Madeira, onde o brigadeiro Travassos Valdez conseguira agùentar-se uns meses, acabava de caír em poder dos absolutistas.
A Terceira rebelara-se. Indicou-se, desde logo, o conde, para sustentar o único pedaço de terra portuguesa onde flutuava a bandeira liberal. Aceitou. Saldanha rugia, feroz e implacável, ao vêr que a expedição ia partir formada por trezentos soldados e levando alguns belos oficiais, às ordens do seu émulo.
De repente, tudo mudara. Palmela, diante daquele incorrigível e irrequieto caudilho, chamara-o e entregara-lhe a chefia destinada ao sereno Vila-Flôr.
A Inglaterra impedira o desembarque dos emigrados na ilha onde se aguardavam os socorros; e Saldanha, refugiando-se em Brest, ia continuar a sua oposição.
Chegara o momento propício para o avanço da gente ponderada. [...]
A esquadra miguelista aparecera a dar-lhes batalha; um exército, do comando do general Azevedo Lemos, tentara desembarcar. Os defensores da ilha eram em número de dois mil e oitocentos; o inimigo tinha seis mil homens de desembarque e perto de três mil nas equipagens.
A coberto da neblina da manhã de 11 de Agosto de 1829, o navios miguelistas navegaram, em direcção à Vila da Praia, sem que as improvisadas fortalezas os tivessem suspeitado."
(Excerto do Cap. II - Da Guerra Peninsular ao Mindelo)
Matérias:
I - O representante do heróico Vila-Flor. II - Da Guerra Peninsular ao Mindelo. III - As batalhas e as intrigas. IV - A tomada de Lisboa. V - O Estóico. VI - D. Pedro V e os dois Marechais. VII - Sentimentalidade e Política.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível
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