10 abril, 2020

SINAIS DE EXPOSTOS. Exposição Histórico-Documental - SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA. [Programa e coordenação: Professora Doutora Maria João Madeira Rodrigues. Introdução: Dra. Maria José Nogueira Pinto]. Lisboa, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, 1987. In-4.º (24,5 cm) de 171, [3] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Recolha das marcas que acompanhavam os recém-nascidos entregues à roda dos expostos (ou roda dos enjeitados), mecanismo utilizado para abandonar (expor ou enjeitar na linguagem da época) crianças que ficavam à guarda de instituições de caridade.
Livro ilustrado com reproduções dos "sinais" dos expostos.
Tiragem: 1750 exemplares.
"Os documentos e objectos designados tradicionalmente por Sinais de Expostos referem uma prática de Assistência que, cometida à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa desde a Carta Régia de 1543, se adensou num processo complexo entre o anonimato do indivíduo que a outrém entrega uma criança e a pessoa colectiva Misericórdia de Lisboa. O modo de identificar o Exposto visando uma futura recuperação ou a manifestação de um liame originário é impreciso e inicia-se com a aposição à criança abandonada de documentos ou objectos que marquem a sua origem. É, pois, de marcas que se trata e não exactamente de sinais em que as cargas sígnicas encerrem mensagens voluntaristas cuja relevância adquira foros de uma sistemática. Trata-se de mensagens assistemáticas e monossémicas que dizem: esta criança tem uma origem, tem alguém que dela não se pode ocupar, mas a identifica como Ser. [...] A identificação é feita não só por documentos contendo dados genéricos e referências globais, mas sobretudo por objectos que adquirem um carácter quase mágico."
(Excerto da "reflexão")
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

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