18 abril, 2020

REPÚBLICA. Revista de História das Ideias 27. Número publicado com o apoio de: Fundação para a Ciência e Tecnologia; Programa Operacional Ciência, Tecnologia, Inovação do Quadro Comunitário de Apoio III; Fundação Eng. António de Almeida; Faculdade de Letras. Coimbra, Instituto de História e Teoria das Ideias : Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2006. In-4.º (23 cm) de 581, [7] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Número anual desta prestigiada revista da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra dedicado à República, que congrega o testemunho de conhecidos historiadores - nacionais e estrangeiros.
Ilustrado ao longo do texto e em página inteira com reprodução de retratos, desenhos, quadros e documentos fac-símile.
"A 28 de Maio de 1926 as forças políticas e militares que tomaram nas suas mãos o Poder, em Portugal, tacitamente consertaram entre si o véu do silêncio com que cobririam o passado recente. Tudo começou por calar brutalmente a voz dos defensores da República implantada nos moldes da Constituição de 1911. [...]
Não está tudo explorado, quanto ao que respeita à 1.ª República, nos meios académicos. Um dos pontos mais controversos - a participação na Grande Guerra - tem sido motivo da nossa atenção vai já para mais de vinte e cinco anos. Ainda estamos longe de ter desvendado e compreendido o muito que sobre esse curto período se pode estudar.
No nosso entender, a beligerância nacional, foi mais, e representou mais, do que simples participação nos campos de batalha de França com um contingente militar superior a cinquenta e cinco mil homens. Já nos debruçámos sobre os aspectos que nos pareceram imediatamente evidentes, mas pouco esclarecidos; hoje trazemos à colação monologante de um ensaio escrito uma perspectiva por nós julgada nova: a beligerância como parte de uma estratégia cujo fim último era a alteração da mentalidade dominante em Portugal, em 1914.
Para alcançar o nosso objectivo temos de começar por estabelecer o quadro definidor do Portugal monárquico no advento da República, enquadrando-o no Velho Continente da época. Fazemo-lo passeando apressadamente pelo tempo e pelo espaço de uma Europa em grande e acelerada mudança e detemo-nos, depois, numa análise orientada para os pontos fracos de um regime em decadência. [...]
Por fim, analisamos, segundo três perspectivas, como a beligerância portuguesa podia ter sido - e, em certa medida, foi - o motor para impulsionar os portugueses rumo à modernidade europeia tal qual era percepcionada pelos políticos progressistas. Rematamos o nosso ensaio - poderíamos chamar-lhe hipótese - com o ruir de um sonho, de um desejo, de uma vontade, estudando um pouco em pormenor a ascensão e queda de Sidónio Pais..."
(Excerto de Portugal na Grande Guerra - Uma Mudança Estratégica?, de Luís Alves de Fraga)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Com rubrica de posse na f. rosto.
Invulgar.
25€

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