29 junho, 2015

GOUVEIA, Fernando - MEMÓRIAS DE UM INSPECTOR DA P. I. D. E. 1. A Organização Clandestina do P. C. P. Lisboa, Roger Delraux, 1979. In-8º (21cm) de 486, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada com 4 esquemas e um mapa em páginas inteiras.
Fernando Gouveia foi considerado o maior especialista da P. I. D. E., no P. C. P. Este é um livro de memórias dedicado pelo autor à luta contra o Partido Comunista enquanto funcionário superior da P. I. D. E. Num plano que comportaria vários volumes, este livro «1» sobre o P. C. P. é tudo quanto foi publicado.
"O Povo Português está a sentir bem, mais de quatro anos após o «25 de Abril», os efeitos da ditadura comunista gonçalvista culminada com a tentativa de insurreição felizmente frustrada em 25 de Novembro de 1975.
Não tem interesse, por isso, descrever, neste primeiro volume de memórias, a teoria comunista. Interessará, sim, fazer a história do que foi a organização clandestina do Partido Comunista Português, no período decorrido entre 28 de Maio de 1926 e 25 de Abril de 1974.
Daremos a conhecer como essa organização subversiva iniciou a sua actividade em Portugal e assim trataremos dos seguintes assuntos:
- funcionamento dos aparelhos e as suas várias evoluções; - disciplina partidária; - regras conspirativas; - quadros legais e ilegais; - métodos e tácticas; - mobilização e agitação de massas; - imprensa clandestina e respectivo aparelho distribuidor; - sistemas de ligação (cifras e «credenciais»); - casas clandestinas; - aparelhos de fronteira; - falsificaaçção de passaportes, bilhetes de identidade e outra documentação; - congressos legais e ilegais; - lutas intestinas; - casos picarescos e trágicos (liquidações); - organizações subsidiárias; - organização sindical; - juventude comunista; trabalhadores, estudantes, «mudistas»; - cursos na U. R. S. S. e em Cuba, etc."
(excerto da Nota prévia)
Fernando de Sousa de Araújo Gouveia. "Nasceu em Lisboa em Julho de 1904. Ingressou como agente na Polícia de Informação do Ministério do Interior em Junho de 1929, ascendendo a chefe de brigada e, por distinção, a subinspector. Inspector da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (P. I. D. E.) em 1962, e inspector adjunto em 1973, era, finalmente, técnico superior da Direcção-Geral de Segurança (D. G. S.) quando eclodiu o «25 de Abril».
Apesar de se encontrar ainda em convalescença de grave doença, esteve presente na sede da D. G. S. desde a madrugada do dia 27, quando respeitou a ordem de recolher a casa.
A fim de compartilhar da sorte dos seus camaradas detidos, apresentou-se voluntariamente na Cova da Moura, no dia 29, ficando preso durante 28 meses, primeiro no Forte de Caxias, e, depois, e sucessivamente, na Penitenciária de Lisboa, no Forte de Peniche e, novamente, no Forte de Caxias.
Em 30 de Agosto de 1976, beneficiou do regime de liberdade provisória, aguardando julgamento pelo Tribunal Militar por ter sido membro da polícia política do antigo regime e se ter destacado na luta contra a organização clandestina do P. C. P.
A apreciação superior da acção de Fernando Gouveia como funcionário da P. I. D. E./D. G. S. valeu-lhe a concessão de dez louvores. É condecorado com a Cruz de Ouro da Ordem da Fénix, concedida pelo rei Paulo da Grécia."
(apresentação biográfica do autor)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Pouco comum.
15€

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