16 julho, 2023

SAMPAIO, Antonio Vicente Leal -
O MINISTERIO PUBLICO E O HOMICIDIO DE FRANCISCO RIBEIRO MARTINS DA COSTA
. Porto, Imprensa Moderna, 1902. In-8.º (21,5x15 cm) de 58, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Processo relativo ao homicídio de um insigne vimaranense - Francisco Martins da Costa, também conhecido por Francisco Agra - por Julio de Campos, natural de S. Torcato, -  crime, que teve por móbil o roubo.
Nas páginas do presente livro o autor procura justificar o seu trabalho, baseando-se nos indícios e provas recolhidas, sobre o crime que em 1901 chocou o país, e Guimarães em particular, tal a frieza de que se revestiu.
Exemplar valorizado pela dedicatória manuscrita do autor ao Conde de Paçô Vieira.
"No dia 26 de Junho do anno de 1901, foi assassinado na sua quinta d'Agra um dos mais illustres habitantes de Guimarães, a quem a cidade tanto deve, o snr. Francisco Ribeiro Martins da Costa. Muito embora o homicidio fosse perpetrado á grande luz do dia, pelas onze ou onze e meia da manhã, de tal modo se acautelou o assassino, escolhendo um sitio ermo e arborisado, que ninguem viu. Mas se para a descoberta dos criminosos fossem indispensaveis testemunhas presenceaes, o maior numero d'elles, e os mais execrandos, ficariam impunes: por fortuna é raro o crime que não deixa vestigios; e no caso presente os que se acharam no decurso das minuciosas investigações administrativas e judiciaes, confrontados com exames de peritos e depoimentos verdadeiros, convenceram o Meretissimo Juiz, Dr. Antonio Augusto Fernandes Braga, que fôra auctor do crime Julio d'Abreu Lemos, tambem conhecido por Julio de Campos, e por isso o pronunciou.
Na audiencia porém de julgamento, o jury, em contrario á opinião do eminente magistrado, que organisou o processo, e com o mais desvellado escrupulo, durnte longos dias e noites, apreciou o merecimento das provas - o jury absolveu o reu por unanimidade. Eis porque venho hoje apresentar aos meus superiores hierarchicos e a todas as pessoas, que teem competencia para avaliar uma prova, a summula do meu procedimento, como representante do Ministerio Publico, e os factos em que me fundei para pedir a condemnação do reu."
(Apresentação)
Exemplar brochado, sem capas, em bom estado de conservação.
Muito raro.
Sem registo na BNP.
Indisponível

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