Interessante conjunto de ensaios histórico-filosóficos sobre religião, muito valorizado pela análise e notas do pensador e ensaísta Jesué Pinharanda Gomes.
"Teixeira Rego (1881-1934) escreveu a sua Nova teoria do sacrifício em fascículos entre 1912-1915 publicados como artigos na revista Águia. Três anos depois foram editados em livro na Renascença Portuguesa [cujo registo a BNP não possui]. Este trabalho foi levado a cabo na condição de autodidata com todos os riscos que isso comporta."
(Fonte: http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/19008/1/A%20teoria%20do%20sacrif%C3%ADcio%20de%20Teixeira%20Rego%20revisitada.pdf)
"Teixeira Rego ensaiou uma explicação totalmente racional do mito do bem e do mal e do pecado original. Tentou explicar o seu surgimento no tempo, tentou datá-lo, tentou mostrar que isso aconteceu a partir do momento (e isto é significativo) em que o antropóide passou a comer carne em vez de frutos. [...]
A
história do pecado original, assim vista, mais não é do que a
repetição de uma narrativa que explica que a partir de uma certa altura
passou-se
a ter uma história inquinada, que até então não era. O pecado original
estaria
na carne e não no fruto da árvore do bem e do mal. Esta transição
«volveu-se
no mais horrível martírio»."
"O
rito do sacrifício, já de si singularíssimo, ainda apresenta de
estranho o ser praticado por todos os povos, desde os tempos mais
remotos até hoje. A causa, pois, que o determina deve ser universal,
impressionante, terrível, para produzir tal duração e generalidade. As
hipóteses tendentes a explicá-lo, embora algumas engenhosíssimas, com
indiscutíveis verosimilhanças, tais as de Tyler, Robertson Smith e
escola de Durkheim, têm o direito comum de justificarem o sacrifício em alguns
povos somente, pois que não é de crer que as mesmas aproximações, mais
ou menos remotas, mais ou menos subtis, fossem feitas em toda a parte;
e, se se recorre à irradiação dessas ideias do povo ou povos que as
pensaram para os restantes povos, não se vê em tais ideias suficiente
importância e evidência para serem universalmente adoptadas com um
cerimonial rigoroso e complexo, e acatadas com o máximo respeito."
(excerto do Cap. I, O problema do sacrifício)
José Augusto Ramalho Teixeira Rêgo (1881-1934). "Nascido em Matosinhos em 1881, conviveu desde jovem com algumas das mais importantes figuras do círculo intelectual portuense, tornando-se discípulo de Sampaio Bruno e aprofundando a sua predileção intelectual no âmbito das línguas orientais, da filosofia, da religião e dos temas da cultura geral em sentido lato. Diretor do jornal "O Debate" e membro da "Renascença Portuguesa", movimento cultural que despontara no Porto, estreitou laços de amizade com Leonardo Coimbra, de quem partiu o convite para exercer o magistério na recém-criada Faculdade de Letras do Porto. A sua entrada como Professor Contratado do 2.º Grupo (Filologia Românica), em 1919, rodeou-se de polémica nos meios académicos portugueses, uma vez que José Teixeira Rêgo apenas possuía os estudos liceais. Porém, essa questão foi facilmente resolvida com os argumentos de se tratar uma nomeação governamental e de se basear no critério legal do reconhecimento da idoneidade científica e cultural do candidato."
(fonte: sigarra.up.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
(excerto do Cap. I, O problema do sacrifício)
José Augusto Ramalho Teixeira Rêgo (1881-1934). "Nascido em Matosinhos em 1881, conviveu desde jovem com algumas das mais importantes figuras do círculo intelectual portuense, tornando-se discípulo de Sampaio Bruno e aprofundando a sua predileção intelectual no âmbito das línguas orientais, da filosofia, da religião e dos temas da cultura geral em sentido lato. Diretor do jornal "O Debate" e membro da "Renascença Portuguesa", movimento cultural que despontara no Porto, estreitou laços de amizade com Leonardo Coimbra, de quem partiu o convite para exercer o magistério na recém-criada Faculdade de Letras do Porto. A sua entrada como Professor Contratado do 2.º Grupo (Filologia Românica), em 1919, rodeou-se de polémica nos meios académicos portugueses, uma vez que José Teixeira Rêgo apenas possuía os estudos liceais. Porém, essa questão foi facilmente resolvida com os argumentos de se tratar uma nomeação governamental e de se basear no critério legal do reconhecimento da idoneidade científica e cultural do candidato."
(fonte: sigarra.up.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
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