1.ª edição.
Estudo sobre a criminalidade portuguesa.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Os portugueses, geralmente, só se lembram de Santa Barbara
quando troveja, e, então, quando a tempestade ruge, querem que se adoptem
medidas rápidas que dominem os trovões, como se, num momento, fosse possível
evitar o estrondo produzido pela inflamação da matéria eléctrica acumulada.
Sempre que os instintos ferozes recrudescem, e os jornais
espicaçam a sensibilidade do público, com o relato de um ou outro crime
sensacional, logo, em vários campanários, se toca a rebate contra o crime, á
semelhança do que acontece em certas aldeias transmontanas, nas quaes se toca o
sino para afugentar a trovoada. […]
Os crimes, últimamente praticados - mormente os crimes contra
as pessoas - alarmaram a opinião pública e vieram demonstrar a necessidade da
adopção de uma política criminal adaptada ás novas formas de delinquir. […]
Este livro, é uma pedra tosca, que oferecemos para os
alicerces do edifício de uma nova política criminal. Que outros, mais
competentes do que nós, se encarreguem de erguer o edifício."
(Excerto do Proémio)
Índice:
I. O período aureo das bombas. II. Exemplos que veem de
cima. III. Acção moral no seio da família. IV. Acção moral na escola. V. A delinqüência
infantil. VI. Influência do animatógrafo e do teatro na delinquência. VII. A
impunidade. VIII. O urbanismo. IX. A Grande Guerra. X. A habitação. XI. O
regime prisional. XII. A legislação penal. XIII. Ter ou não ter dinheiro eis a
questão… A extinção de trinta e sete comarcas. XIV. Estatística criminal. XV.
Política criminal do passado. XVI. Política criminal do presente.
Domingos Augusto de Miranda Ferreira Deusdado (1890-1962). "Advogado,
escritor e regionalista. Órfão de pais, foi acolhido e educado como filho pelo
tio, Manuel António Ferreira Deusdado, que exerceu grande influência na sua
personalidade e no seu pensamento. Alferes miliciano durante a I Grande Guerra,
licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e inscreveu se como
advogado (1919). Produziu, desde então, considerável número de opúsculos, em
que expõe alguns dos processos judiciais em que tomou parte. Distinguido com
várias condecorações, foi sócio do Instituto de Arqueologia."
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta duas manchas à cabeça.
Muito invulgar.
Muito invulgar.
25€
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