10 julho, 2023

RODRIGUES, Manuel Augusto -
GRAMÁTICA ELEMENTAR DE HEBRAICO. Com Textos Bíblicos e Léxico Hebraico-Português. [Por]... Professor de História do Cristianismo e de Árabe na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra]. Coimbra, [s.n. - Imprensa de Coimbra, Limitada, Coimbra], 1967. In-4.º (23,5 cm) de XIX, [3], 174, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Edição original desta importante gramática hebraica, obra pioneira no nosso país. Em 1993 foi reeditada em fac-símile.
Ilustrada com portadas de livros históricos relacionados com o assunto.
"A presença de grande número de Judeus, pelo menos desde o século III, muito veio contribuir para a divulgação do Hebraico em Portugal. As primeiras Tipografias existentes no nosso país eram judaicas, o que certamente tinha de constituir um elemento de extraordinária importância para a difusão de obras hebraicas e, desse modo, para a expansão da Língua."
(Excerto de Prefácio)
Para suprir uma grande lacuna que existia entre nós, pensámos há já bastante tempo na preparação dum manual de Hebraico. [...]
Dividimos o nosso trabalho em três partes: Elementos da língua e escrita, Morfologia e Sintaxe. Ao fim, apresentamos alguns exercícios que podem ajudar a compreender melhor as explicações teóricas fornecidas no decorrer daquelas partes."
(Excerto de Apresentação)
"O hebraico pertence ao ramo das línguas semíticas, designação que se começou a usar de 1781 em diante (o primeiro a fazê-lo foi Luís Schlözer).
Não se conhece a primitiva língua semítica da qual provieram as outras línguas derivadas e seus dialectos, a maior parte das quais já hoje não são faladas. [...]
O hebraico é o resultado da evolução da língua cananeia depois da entrada do povo hebreu. Ao entrar na Terra Prometida herdaram, como era natural, o idioma que ali era falado, o cananeu. Porém, antes que que fosse escrito qualquer dos livros bíblicos naquela língua tomou nova fisionomia e características fonéticas e sintáticas especiais. O vocabulário foi enriquecido com novos termos e alguns dos já existentes assumiram assumiram outro significado. [...]
Depois do século III d.C. dava-se a decadência do hebraico médio. O aramaico impusera-se definitivamente e mantinha-se agora como o idioma falado por todos os judeus até que no século VII o árabe lhe tirava o primeiro posto. Este período fulgurante da cultura islâmica marca todavia, porém, o início de um ressurgimento literário e gramatical que conduzia anos depois à fixação definitiva do texto masotérico.
Depois do século III o hebraico caía no abandono quase absoluto. Foi no século passado que, sob o impulso do movimento sionista, o hebraico voltou a florescer e difundiu-se bastante, sendo hoje em dia o idioma oficial do estado de Israel."
(Excerto de Introdução)
Manuel Augusto Rodrigues (1936-2016). "Formado em Teologia e Ciências Bíblicas e Línguas Semíticas, respectivamente pela Pontifícia Universidade Gregoriana e pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (1955-1962). Frequentou ainda a École Biblique et d’Archéologie Française de Jerusalém (1962-1963). Em 1963, foi convidado pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra como professor extraordinário além do quadro para reger a cadeira de História do Cristianismo. Doutorou-se em 1975 em História da Cultura Medieval e Moderna com a defesa da tese "A Cátedra de Sagrada Escritura na Universidade de Coimbra (1537-1640)". Prestou provas para professor extraordinário em 1978 e para professor catedrático em 1980.
Teve a seu cargo diversas disciplinas como História da Cultura Moderna, Antiguidade Oriental, História da Península Hispânica, História da Universidade de Coimbra, História das Religiões e Línguas e Culturas Árabe e Hebraica. Dirigiu várias teses de mestrado e de doutoramento. É autor de mais de duas centenas de estudos sobre Exegese Bíblica, História da Teologia e da Igreja, Línguas Semíticas, Humanismo e História da Universidade de Coimbra, áreas em que tem desenvolvido as suas investigações em arquivos e bibliotecas nacionais e estrangeiros. Entre os cargos exercidos contam-se o de Pró-Reitor para as comemorações dos 700 anos da Universidade de Coimbra (1990-1994) e o de Director do Arquivo desta Universidade (1980-2003)."
(Fonte: Wook)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
25€

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