22 fevereiro, 2023

AZEVEDO, Pedro A. de - O TERRITORIO DE ANEGIA.
Por...
Lisboa, Imprensa Nacional, 1898. In-4.º (25 cm) de 32 p. ; B.
1.ª edição independente.
Monografia sobre o antigo território de Anegia, região cujos limites, algo indefinidos, vigoraram entre os século IX e XI, sob a égide do Condado Portucalense, no período imediatamente anterior à fundação da nacionalidade.
"Entre os annos de 875 e de 1090 encontra-se numerosas vezes citado nos diplomas dos Portugaliae Monumenta Historica o territorio de Anegia, tão cedo desapparecido, que mal vestigios temos d'elle nos seculos posteriores, estando esses mesmos poucos restos aniquilados tão completamente nos nossos dias, que o nome de Anegia, que o era tambem da capital da região, a custo pôde ser identificado com a moderna povoação de Eja. [...]
Tinha elle - [o território] - uma superficie razoavel e começando na parte superior do rio Ferreira conglobava o curso inferior dos rios Sousa e Tamega, depois passando o Douro ia terminar a cêrca de metade do rio Paiva, já em plena Beira. Expondo com mais minuciosidade, a fronteira de Anegia principiava nas proximidades do Ferreira, a cima alguma cousa de Vandoma, passava depois por Marecos e Soalhães e d'aqui descia até Sande, no Douto, por onde se alongava até Foz-do-Sousa, e entrando por este rio chegava até á confluencia do Ferreira, o qual subia até ao tal ponto indeterminado onde começámos. Para aquém do Douro era muito pouco consideravel o territorio de Anegia que comprehendia o curso do Sardoeira em toda a sua extensão, parte do rio Paiva até Alvarenga, e incluia ainda Villa Meã, na freguesia de Espadanedo, e Real.
Dentro d'este perimetro encontravam-se as localidades importantes de Anegia e Aratrus (castro), alem dos mosteiros de Cette, Paço-de-Sousa e Pendorada (Alpendurada) e da posição estrategica do castro de Vandoma."
(Excerto do texto)
Pedro Augusto de São Bartolomeu de Azevedo (Santarém, 1869 - Lisboa, 1928). Historiador. "Sócio efetivo da Academia das Ciências de Lisboa e Diretor interino da Biblioteca Nacional. A sua opinião em matéria de paleografia e diplomática fazia fé; trabalhador incansável, ninguém como ele, depois de Sousa Viterbo se devotou ao trabalho inglório mas benemérito da publicação de documentos. Todas as revistas portuguesas de erudição de há trinta anos a esta parte o contaram como colaborador e se o seu espírito não pendeu a criação de sínteses, raros, como Pedro de Azevedo tão dignamente concorreram para este ideal do trabalho histórico, dilatando as suas possi­bilidades. O seu conhecimento dos Arquivos, em especial do Arquivo da Torre do Tombo do qual fora conservador era profundo; por isso nunca ninguém recorreu debalde aos seus generosos e desinteressados conselhos ou suges­tões."
(Fonte: http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/artigo/219-Pedro-A.-de-Azevedo)
Exemplar brochdo em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

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