ALMEIDA, Prof. Doutor Justino Mendes de - D. JOÃO III E CAMÕES. Separata do Boletim N.º 31 - 2004. [Lisboa], Academia Internacional da Cultura Portuguesa, 2004. In-8.º (23,5 cm) de 15, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante subsídio camoniano/joanino.
Opúsculo ilustrado com um retrato do autor impresso no início do texto.
"Que melhor forma de celebrar o rei Piedoso do que aproximá-lo do Príncipe dos poetas portugueses, se não hispânicos?
Nascido por volta de 1531 (hoje todas as reservas se põem ao ano de 1524 ou 1525, segundo indicação de Faria e Sousa), Luís de Camões, ainda que o seu poema seja uma exaltação ao rei D. Sebastião, desde a dedicatória à "bem nascida segurança" que por fim premeia o Poeta com uma tença anual de 15 mil reais brancos, pela ordem como declarou "os principais feitos dos Portugueses nas partes da Índia", não teria redigido Os Lusíadas sem o alto patrocínio de D. João III. E como se manifestou esse patrocínio? Leia-se a "carta de perdão" a Luís de Camões, mas antes lembremos o enquadramento cronológico de Camões e D. João III: o Poeta terá nascido por 1531, vai ao Norte de África por 1549, parte para a Índia em 1553 (depois de nove meses de prisão no Tronco da Cidade), regressa a Lisboa em 1570, morre em 1580 (de acordo com um documento da chancelaria régia); D. João III nasce em 1503, morre em 1557. Subiu ao trono em 1521. Decorrem, portanto, 26 anos da vida do Poeta, em tempos de D. João III, ou melhor, a partir da coroação de D. João III, do nascimento de Camões e da morte do monarca, há um período de cerca de 10 anos, descontado o tempo dos muitos prováveis estudos em Coimbra, durante os quais, Luís Vaz de Camões pôde ter sido um vassalo de D. João III, aceite na Corte, e servidor do Rei em feitos de armas."
(Excerto do estudo)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
Sem registo na BNP.
10€
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