MASCARENHAS, J. - O LAIVO DE SANGUE. Tragedias do Minho. Primeira
Narrativa. Lisboa, Imprensa J. G. de Sousa Neves, 1877. In-8.º (18,5 cm) de [2],
66, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Novela histórica cuja acção decorre em Viana do Castelo nos meados do século XIX. Trata-se de uma trama familiar, do género "crime e mistério", bem ao jeito de Leite Bastos, contemporâneo do autor. Seria sua intenção, com esta primeira narrativa das Tragédias, inaugurar um ciclo de novelas regionais, projecto que não viria a concretizar, ficando-se pela presente.
1.ª edição.
Novela histórica cuja acção decorre em Viana do Castelo nos meados do século XIX. Trata-se de uma trama familiar, do género "crime e mistério", bem ao jeito de Leite Bastos, contemporâneo do autor. Seria sua intenção, com esta primeira narrativa das Tragédias, inaugurar um ciclo de novelas regionais, projecto que não viria a concretizar, ficando-se pela presente.
Na folha que precede a f. ante-rosto tem impresso: "Cedido pelo Auctor a beneficio do ex-primeiro sargento Seixas Alves, que foi exauctorado em setembro de 1876 e hoje se encontra cumprindo uma sentença bastante longa na cadeia do Limoeiro."
"São passados alguns annos.
"São passados alguns annos.
O sino da collegiada (?)
annunciava a meia noute.
As guaritas e cristas das muralhas do castello de
Vianna projectavam nos seus fossos umas sombras phantasmagoricas. O silencio do
local era alterado apenas pela ressaca das ondas que se quebravam na praia.
Vianna dormia ha longo tempo o seu somno primeiro!
Narcotisada, de certo,pela monotonia profunda da sua vida usual, manifestava-se a taes hoas pelas expressões desmarcadas das proprias fossas nasaes.
E tinha rasão para tanto.
É que n'esta formosa terra do Minho, banhada pelo Lethes que susteve estaticas as hostes de Junio Bruto, as evoluções do progresso, em casos de sociabilidade, subordinam-se ainda, ao tosco regimen, do viver patriarchal.
Ás 8 horas das longas noutes de inverno, as classes operarias, depois de comida a pesada refeição nocturna, entregam-se, de bom grado, nas mãos de Morphéo e tapam a cabeça com a ponta do lençol com medo das almas penadas que crêem apparecer por noute velha."
(Excerto do Cap. I)
Joaquim Augusto d'Oliveira Mascarenhas (1847-1918). "Natural de Viana do Castelo, residiu muitos anos em Viseu onde foi Oficial do Exército, Arquivista do Secretariado Militar. Fez parte da expedição à Índia Portuguesa comandada pelo Infante D. Afonso de Bragança, onde exerceu o cargo de Administrador de Concelho. Dedicou-se à História de Portugal tendo escrito vários romances históricos e peças de teatro. Um dos seus mais famosos estudos foi o Diccionário de Portugal e Possessoes."
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação. Selo de biblioteca na lombada.
Raro.
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação. Selo de biblioteca na lombada.
Raro.
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