06 julho, 2020

SANTOS, Reinaldo dos - AFONSO LOPES VIEIRA (O ARTISTA E O HOMEM). (Separata do Boletim N.º XVI da Academia Nacional de Belas Artes). [Por]... Presidente da Academia Nacional de Belas Artes. [Homenagem à memória de Afonso Lopes Vieira promovida pela Academia Nacional de Belas Artes em 23 de Janeiro de 1947 no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II]. Lisboa, [s.n. - Bertrand (Irmãos), Lda. - Lisboa], 1947. In-4.º (28 cm) de [2], 16 p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Tributo a Afonso Lopes Vieira que inclui dois retratos extratexto do poeta, da autoria de, respectivamente, Adriano Sousa Lopes e Columbano, estando o primeiro estampado no verso de uma reprodução fotográfica da mesa de trabalho do homenageado, em S. Pedro de Moel.
Livro muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao conhecido professor e historiador Alberto Xavier.
"Embora a Academia costume comemorar na intimidade dos seus pares e no modesto ambiente das suas sessões a memória dos académicos falecidos, há casos excepcionais em que julga dever sair para fora da humildade do seu casebre - a sede da Academia é quase um símbolo do culto das Belas-Artes em Portugal - para trazer a público e num ambiente condigno a homenagem devida e um membro de élite. [...]
Porque pertenceu este poeta a uma Academia de Belas-Artes?
Já recentemente tive ocasião de comentar - não pròpriamente de justificar - esta resolução honrosa do Governo de então, e ao que já escrevi posso ainda acrescentar que a Poesia e as Artes Plásticas têm entre si as mais íntimas afinidades. [...]
Afonso Lopes Vieira não foi apenas um poeta de excepcional inspiração e gosto; foi certamente um dos poetas mais artistas do seu tempo. O que caracterizou a personalidade de Afonso Lopes Vieira foi a sua sensibilidade e todas as formas de Arte, não só àquelas em que se exprimiu, mas a todas as outras - que sentiu, compreendeu e amou com uma amplitude que raras vezes se tem encontrado no mesmo artista. Certamente que o seu meio essencial de expressão e criação artística foi o Verbo - evocativo e plástico, ritmado na prosa ou no verso. Mas a sua sensibilidade, como uma harpa eólia, enchia-se de ressonâncias perante todas as formas de beleza, desde as mais raras e aristocráticas até às mais humildes e populares."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Com defeitos nas capas e manchas de humidade marginais ao longo do livro.
Raro.
Indisponível

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