05 julho, 2020

ANDRADE, Ruy d' - O BURRO. (Separata do Boletim Pecuário, n.º 1 - Ano VII). Lisboa, [s.n. - Imp. Lucas & C.ª - Lisboa], 1939. In-4.º (26,5 cm) de 22, [2] p. ; [22] p. il. ; B.
1.ª edição independente.
Curiosa monografia sobre o Burro - suas raças e características.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao historiador Ludovico de Menezes.
Livro ilustrado com quadros ao longo do texto, e 73 fotogravuras de exemplares das várias raças do animal distribuídas por 16 páginas impressas sobre papel couché em separado.
"Todos sabem o que são burros ou asnos, e que esta segunda designação deriva do latim Equus asinus.
Nós usamos mais vulgarmente a primeira, que deriva do baixo latim burrus, e que foi aplicada primitivamente ao cavalo pequeno.
Os árabes, porém, usam um têrmo parecido - barra.
O burro é o animal dos humildes, companheiro no duro trabalho dos campos, sóbrio, paciente, incansável trabalhador.
Para uns, é o símbolo da estupidez; para outros, da paciência, da filosofia na vida; e êle foi argumento de obras satíricas e de exemplos filosóficos desde Esopo, Apuleio e Luciano até Cervantes, Demicasa, Victor Hugo e outros.
O asno ou burro tem uma configuração especial, que não o deixa confundir com outros eqüídeos; e comparando-o ao cavalo, podemos classificá-lo de feio."
(Excerto do texto)
Ruy de Andrade (Génova, Itália, 1880 - Lisboa, 1967). "Destacou-se como académico, político e teórico nos estudos agronómicos cuja formação ao mais alto nível concretizou com a sua tese de doutoramento apresentada no âmbito das Ciências Agronómicas na Universidade de Paris e com o reconhecimento académico no âmbito dos seus trabalhos de investigação na mesma àrea recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Madrid.
Na vida política, destaca-se a sua participação na vida política local, regional e nacional. No plano regional, revelou-se quase sempre como próximo dos interesses governamentais, sendo deputado por Arronches durante a última fase da Monarquia quando aquela vila era identificada com os valores republicanos. Durante a fase inicial do Estado Novo foi uma personagem importante junto dos corredores governamentais no sentido de obtenção de melhorias locais para a cidade de Elvas e para a Vila de Campo Maior.
Em Elvas, vive nas décadas de 40 e 50, período em que escreve e publica as suas obras de referência: O Cavalo Andaluz (1937), Garranos (1938) Elementos para a História da Coudelaria de Alter, (1947-1959), entre outras pequenas publicações de matriz agrícola."
(Fonte: http://flama-unex.blogspot.com/2009/03/ruy-de-andrade-o-ultimo-presidente-da.html)

Exemplar em bom estado de conservação. Discreta assinatura de posse na f. rosto.
Raro.
50€

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