25 julho, 2020

ANDRADE, Eng. Abel de Noronha e - O PROBLEMA DO TEJO. Melhoramento das suas condições de navigabilidade e de defesa dos seus campos marginais. Conferência realizada na séde da Ordem dos Engenheiros em 9 de Junho de 1939. Separata do Boletim da Ordem dos Engenheiros : N.os 38 a 41 - 1940. [Por]... Director da Hidráulica do Tejo. Lisboa, Gráfica Santelmo, 1940. In-4.º (25 cm) de 59, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Importante trabalho sobre a navegabilidade do Tejo e as cíclicas cheias do rio, com especial ênfase para os diques que o regulam, valas e canais.
Ilustrado com tabelas, planta e cortes transversais do Tejo, e desenhos esquemáticos dos diques ao longo das páginas de texto.

Livro muito valorizado pela dedicatória do autor ao Ministro da Justiça, Dr. Manuel Rodrigues Júnior.
"O problema do Tejo é um problema de vastidão e complexidade tais, dados os numerosos e importantes aspectos sob os quais pode ser encarado, que nem mesmo ao de leve é possível tratar ùtilmente, e na to, numa só palestra.
É incontestàvelmente um dos problemas hidráulicos de mais transcendente resolução no nosso País, tal a importância do rio e grandeza da sua bacia hidrográfica, a diversidade de características das regiões atravessadas pelo Tejo, pròpriamente, ou pelos seus numerosos afluentes, alguns dos quais importantíssimos por sua vez, e o carácter extremamente irregular e turbulento do seu regime. [...]
Na verdade, desde 1880 até pouco depois de 1930 pode dizer-se que as obras de defesa dos campos do Tejo estiveram pràticamente abandonadas, tão minguadas ou exíguas eram as verbas que, nos orçamentos do Estado, se destinavam à sua conservação e reparação.
E se se atender a que justamente neste longo período houve algumas cheias de violência extraordinária que nas obras causaram avarias gravíssimas e por vezes a sua ruína quási total, far-se á uma pálida idea do estado a que o conjunto chegou quando o Govêrno do Estado Novo pôde, uma vez restabelecido o equilíbrio financeiro, dedicar a sua atenção a êste e outros problemas semelhantes."
(Excerto de Consideração gerais)
Matérias: Considerações gerais. | Descrição sumária do Tejo e do seu regime. | As cheias do Tejo. | Obras de defesa e enxugo  existentes: O dique da Malã; O dique da Labruja; O dique dos Vinte; O dique de S. João; O dique da Boa Vista ou do Rebentão; O dique das O'nias; O dique de Valada; O dique do Arrepiado; O dique do Pinheiro; O dique Senhora das Dores; Diques longitudinais insubmersíveis [Tapadinha; Alverca; Cabido; Junceira; Caldeira; Gagos ou do Hospital; Torrinha ou do Migadalho]; O dique de Reguengo; O dique da Courela; O dique do Escaropim; O dique de Bilrete. | Propagação das cheias. | O estudo actual do Tejo - Siuas causas e conseqüências. | Resolução do problema. | Zona de Abrantes. | Zona de Constância. | Zona do Arrepiado à Chamusca. |  Zona de Tancos à foz do Almonda. | Zona da Chamusca ao Pôrto do Patacão. | Zona da foz do Almonda à foz do Alviela. | Zona do Pôrto do Patacão ao pôrto da Courela do Marquez. | Zona da foz do Alviela à Ribeira de Santarém. | Zona do pôrto da Courela do Marquez à foz do Sabugueiro. | Zona da Ribeira de Santarém à foz do canal de Azambuja. | Zona da foz do Sabugueiro à Ponta da Erva. | Zona da foz do canal de Azambuja até Vila Franca de Xira. | [Estimativa do custo de execução de obras: a( Criação do leito de estiagem; b) Construção de novos diques; c) Construção de esporões, barragens, defesas marginais, enrocamentos e plantações; d) Limpeza e regulação de afluentes; e) Refôrço de obras existentes. | Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta picos de acidez e mancha desvanecida de humidade à cabeça.
Raro.
Com interesse histórico e técnico.
40€

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