12 novembro, 2015

GRAVE, João - OS SACRIFICADOS : contos da guerra. Segunda edição, emendada. Pôrto, Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, [19--]. In-8º (16cm) de 218, [2] p. ; [1] f. il. ; E. Colecção Lusitânia
Ilustrado com um retrato do autor em extratexto.
Colecção de contos sobre a Grande Guerra da pena do grande prosador João Grave.
"Estavam nas trincheiras, perto do inimigo, por essa opaca noite de treva, silenciosa e profunda. Tinham passsado longos dias sôbre o último ataque - um ataque encarniçado, feroz, terrível, que deixara o campo de batalha coberto de mortos em atitudes bizarras, e desde então, os adversários, rudemente castigados com as pesadas perdas sofridas, não deram mais sinal de vida. Apenas a artelharia roncava incessantemente, produzindo um fragor de trovão contínuo, e o coriscar das explosões iluminava a escuridão cerrada em que os esqueletos das árvores dilaceradas - também elas eram atingidas pelo ciclone da metralha - adquiriam estranhas configurações. Não se houvia uma única voz humana em todo o sector e, no entanto, milhares de homens armados permaneciam vigilantes, dum e doutro lado, para não serem colhidos de surpresa."
(excerto de A carga de baioneta)
Índice:
- Um sonho de epopeia. - Um drama na noite. - A maior dôr. - O amputado. - A morte da catedral. - Do terror ao heroímo. - O cego. - Carta de longe. - Um drama da invasão. - A cidade assassinada. - Conciliados na morte. - Ressurreição duma alma. - Revelação. - O perdão. - A igualdade na dôr. - A carga de baioneta. - O diálogo das estátuas.
João José Grave (1872-1934). “Foi um escritor e jornalista português. Autor de obras de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redacção do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias e em vários órgãos da imprensa brasileira. Foi director da Biblioteca Municipal do Porto e dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal. A nível literário, esteve inicialmente próximo dos naturalistas, notando-se influências de Emílio Zola. Depois enveredou pelo romance de costumes.”
(Fonte: Wikipédia)
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Encadernação editorial com ferros gravados a ouro e a vermelho nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Rubrica de posse na f. rosto.
Invulgar.
Indisponível

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