28 novembro, 2015

AMBRÓSIO, António - ALMADA NEGREIROS : africano. Lisboa, Editorial Estampa, 1979. In-8.º (18,5 cm) de 191, [1] p. ; [24] p. il. ; B. Colecção Polémica, N.º 22
1.ª edição.
Capa de Soares Rocha. Ilustração da capa: Retrato de Almada Negreiros - Desenho de João Abel Manta.
Polémico estudo, distribuído por 22 capítulos. Biografia familiar de Almada Negreiros. Ilustrada com fotografias de imóveis, retratos, fac-símiles, etc., impressos sobre papel couché em folhas separadas do texto.
"«É completamente impossível conhecer inteira uma árvore genealógica; o que pode é cada um possuí-la toda no seu carácter. A árvore genealógica não funciona como ciência. É mesmo o contrário de ciência: mistério! Um mistério que se espelha só em cada um de nós! Um verdadeiro mistério humano que ultrapassa a sociedade e a ciência, que respira apenas ar de Arte e Religião!»
Nome de Guerra, O. C., vol II, p. 7
Nestas palavras de Almada Negreiros encontramos, talvez, a chave da explicação para um dos maiores enigmas da sua obra. Referimos-nos ao facto de que, havendo dado, teoricamente, tanta importância à árvore genealógica, e sabendo-se de origem africana, e conhecendo pelo menos a sua próxima filiação, Almada Negreiros nunca tivesse, como artista, (poeta-pintor), nem sequer uma dedicatória, ou referência directa, aos seus pais - António Lobo de Almada Negreiros e Elvira Freire Sobral - à ilha de S. Tomé onde nasceu, à África e aos africanos."
(Apresentação)
José de Almada Negreiros (São Tomé , 1893 - Lisboa , 1970). "Desenhador, pintor, escritor, poeta, ensaísta, caricaturista, ilustrador, publicista, bailarino, cenógrafo e figurinista, o perfil plurifacetado de Almada Negreiros enriquece-se com a amplitude de direcções que a sua obra adoptou. Desde a sua aparição na Exposição Livre, de 1911, que a sua acção seria relevante como introdutor e agitador de ideias vanguardistas, artista de ruptura e depois classicista. Após participar na I Exposição dos Humoristas, de 1912, realiza em 1913 a sua primeira exposição individual e, quase em simultâneo, em 1914, inicia-se na escrita, protagonizando alguns dos melhores momentos da literatura portuguesa desta época. Com uma breve e desiludida passagem por Paris entre 1919–20, participa e promove muitos dos acontecimentos, publicações e exposições mais relevantes do período: primeiro as ligadas à introdução do Futurismo em 1916–17, como a exposição 5 Independentes de 1923, a decoração do café A Brasileira e do Bristol Club, o I Salão dos Independentes de 1930 e, a partir de 1941, algumas das Exposições de Arte Moderna. Em 1927 parte para Madrid onde permanece até 1932, estabelecendo relações com os arquitectos da Geração de 25 e com membros da Sociedade de Artistas Ibéricos, que lhe favoreceu exposições, decorações em edifícios públicos e uma intensa actividade no campo do desenho humorístico e da ilustração. De regresso a Lisboa abre novas frentes, em especial na área da decoração, desenvolvendo numerosos projectos de vitrais e pintura mural, entre os quais se destacam os painéis das Gares Marítimas de Alcântara (1943–1945) e Rocha de Conde de Óbidos (1946–1948). Percurso que se encerra com uma obra marcante da arte nacional, o grande painel inciso em pedra, intitulado Começar, para a sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa."
(Fonte: www.museuartecontemporanea.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Manuseado; capas apresentam vincos nos cantos.
Invulgar.
Indisponível

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