FURTADO, Arruda - O HOMEM E O MACACO (Uma questão puramente local). Ponta Delgada, [s.n. - Edição do Autor], 1881. In-4.º (23cm) de 30, [2] p. ; [1] f. desd. ; B.
1.ª edição.
1.ª edição.
Curioso trabalho publicado em Ponta Delgada, Açores. Ilustrado com desenhos do autor em folha desdobrável à parte.
"Este opúsculo é uma explicação, à luz da teoria da evolução, da origem não só do homem mas também de todos os seres vivos. Esta explicação é feita de modo rápido e claro, recorrendo a uma vasta gama de conhecimentos sobre as leis do universo e à estrutura dos outros astros; a exemplos da etologia, da embriologia e da paleontologia; contestando a Inquisição e evocando Bruno, Galileu e Espinosa; e citando Huxley, Darwin e Lamarck.
"Este opúsculo é uma explicação, à luz da teoria da evolução, da origem não só do homem mas também de todos os seres vivos. Esta explicação é feita de modo rápido e claro, recorrendo a uma vasta gama de conhecimentos sobre as leis do universo e à estrutura dos outros astros; a exemplos da etologia, da embriologia e da paleontologia; contestando a Inquisição e evocando Bruno, Galileu e Espinosa; e citando Huxley, Darwin e Lamarck.
Segundo Joaquim dos Reis, que recenseou esta publicação
na revista A Era Nova (1881), 11: 476-478: «Apesar do autor declarar no subtítulo que a sua obra é “Uma questão puramente local”,
o folheto do Sr. Arruda Furtado merece a atenção da crítica, porque não
se limita a uma simples polémica, como parece à primeira vista. O Sr.
Furtado, [...], faz um breve e bem pensado resumo da doutrina
darwiniana. A matéria, além de bem exposta e bem condensada, é
apresentada num estilo claro e facilmente compreensível aos leitores
menos letrados, porque as imagens, de que o autor se serve, primam pela
simplicidade e estão postas ao alcance das inteligências menos cultas. É
um trabalho de vulgarização, e está nisto o seu maior elogio»." (in http://siaram.azores.gov.pt/naturalistas/arruda-furtado/CD-AFurtado/monografias/monografias.html)
"Ha dias, sabendo que a historia natural nos não era completamente estranha, algumas pessdoas vieram perguntar-nos que quereria dizer o Rev.º Rogerio com umas phrases que pareciam cheias de terror, pronunciadas em dois sermões seguidos, na presente quaresma.
As phrases eram, pelo que nos contaram: «E ainda ha sabios que acreditam que o homem descende do macaco!... Nós somos todos filhos de Deus Nosso Senhor Jesus Christo!...»
(Excerto da introdução)
Francisco de Arruda Furtado (Ponta Delgada, 1854-Fajã de
Baixo, 1887). “Apaixonado pela história natural desde muito novo, com 19 anos
tornou-se colaborador de Carlos Machado, contribuindo para a fundação do Museu
de Ponta Delgada (1880) e incluindo-se no grupo de naturalistas açorianos que
veio a organizar-se em torno desta instituição e de alguns jardins
particulares. Com o objectivo de divulgar as espécies animais açorianas, enviou
amostras de espécies animais e vegetais a diversos especialistas estrangeiros
com quem se correspondeu. Esse interesse pelo arquipélago aumentou desde que
Charles Darwin, em 1859, publicou a sua obra Origin of species by Means of Natural Selection para explicar a
evolução dos seres vivos. Esta circunstância marcaria a sua actividade no Museu de Lisboa, para onde se
transferiu em 1885, e onde a sua actividade científica passou a estar envolvida
com a organização de colecções museológicas e com a descrição de espécies. Foi
membro honorário da Philosophical Literary Society de Leeds e da Sociedade de
Geografia de Lisboa. Proposto para membro da Academia Real das Ciências de
Lisboa não chegou a ser nomeado por entretanto ter falecido. Publicou algumas
poucas dezenas de artigos científicos e de divulgação nos Açores, em Lisboa, em
Paris e em Londres.”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta pequena falha de papel no canto superior dto, e uma maior, na parte inferior.
Raro.
Indisponível
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