Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Escrevo
estas breves linhas de introducção ao relatorio da minha direcção da
Bibliotheca Nacional no dia em que, pela dissolução do Parlamento, de
que fazia parte, se fecha o periodo da minha vida aberto pela revolução
de Dezembro, chefiada por Sidonio Paes. [...] Como me desempenhei do
cargo de bibliothecario, que o Presidente Sidonio Paes e o Ministro da
Instrucção me confiaram, digo-o no presente relatorio, cujo conteúdo
esteve para ser exposto na Camara dos Deputados sob a forma mais viva de
interpellação a um ministro. Para que essa interpellação se não
fizesse, envidaram-se diligencias activas que não excluíram ameaças. O
golpe de Estado facilitou a realização do designio dos adversarios da
justiça e dos que põem as rivalidades pessoaes e as solidariedades
partidarias acimas dos altos interesses o paiz."
(excerto da introdução)
Fidelino de Figueiredo (1889-1967). "Notabilizou-se como professor, historiador e crítico literário, tal como na faceta de ensaísta e de intelectual cosmopolita. Licenciou-se em Ciências Histórico-Geográficas na Faculdade de Letras, em 1910, iniciando a sua vida profissional por se dedicar ao ensino e à vida política nos conturbados tempos que se seguiram à implantação da República. Exerceu vários cargos públicos: funções no Ministério da Educação, director da Biblioteca Nacional e deputado. Fundou e dirigiu a Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos e a Revista de História (1912-1928). Exilando-se em Madrid em finais da década de 20, por razões políticas, é contratado como professor de Literatura pela Universidade Central. Já na década de 30, depois de regressado a Portugal, celebrizou-se nas actividades de conferencista e professor convidado de Literatura em várias universidades europeias e americanas. Contratado pela recém-criada Universidade de S. Paulo (1938-1951), funda aí e, lodo de seguida, também na Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro, os Estudos de Literatura Portuguesa, de cujo magistério nasce um dinâmico grupo de discípulos, de entre os quais se contam prestigiados docentes e investigadores (António Soares Amora, Cleonice Berardinelli, Segismundo Spina, Carlos de Assis Pereira, Massaud Moisés, etc.). Além dos vários cursos de graduação e pós-gradução, dirigiu e colaborou activamente na revista de Letras (1938-1954), publicação da referida Univ. de São Paulo. Atingido por incurável e progressiva doença, deixou as funções docentes em S. Paulo, regressando definitivamente a Portugal, à sua casa de Alvalade.
(excerto da introdução)
Fidelino de Figueiredo (1889-1967). "Notabilizou-se como professor, historiador e crítico literário, tal como na faceta de ensaísta e de intelectual cosmopolita. Licenciou-se em Ciências Histórico-Geográficas na Faculdade de Letras, em 1910, iniciando a sua vida profissional por se dedicar ao ensino e à vida política nos conturbados tempos que se seguiram à implantação da República. Exerceu vários cargos públicos: funções no Ministério da Educação, director da Biblioteca Nacional e deputado. Fundou e dirigiu a Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos e a Revista de História (1912-1928). Exilando-se em Madrid em finais da década de 20, por razões políticas, é contratado como professor de Literatura pela Universidade Central. Já na década de 30, depois de regressado a Portugal, celebrizou-se nas actividades de conferencista e professor convidado de Literatura em várias universidades europeias e americanas. Contratado pela recém-criada Universidade de S. Paulo (1938-1951), funda aí e, lodo de seguida, também na Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro, os Estudos de Literatura Portuguesa, de cujo magistério nasce um dinâmico grupo de discípulos, de entre os quais se contam prestigiados docentes e investigadores (António Soares Amora, Cleonice Berardinelli, Segismundo Spina, Carlos de Assis Pereira, Massaud Moisés, etc.). Além dos vários cursos de graduação e pós-gradução, dirigiu e colaborou activamente na revista de Letras (1938-1954), publicação da referida Univ. de São Paulo. Atingido por incurável e progressiva doença, deixou as funções docentes em S. Paulo, regressando definitivamente a Portugal, à sua casa de Alvalade.
Na área dos Estudos
Literários, deixou uma vasta, fecunda e influente obra, nos campos da
Crítica Literária e do Ensaio, da História e da Literatura Comparada,
bem como da Teoría Literária. O seu grande contributo reside no
propósito de contribuir para a profunda modernização
teórico-metodológica das disciplinas que integram esta área de
conhecimento. Neste domínio, criticou frontalmente os pressupostos
teoréticos e os resultados da historiografia de Teófilo Braga, de matriz
romântico-positivista. Neste esforço renovador, entre as suas grandes
matrizes teóricas, destacam-se três: 1ª) a crítica "científica" francesa
de finais do séc. XIX e inícios do séc. XX; 2ª) o influente pensamento
hispanista de Miguel de Unamuno e M. Menéndez y Pelayo); 3ª) a filosofia
estética do italiano Benedetto Croce. Foi ainda pioneiro na nova área
da Literatura Comparada em Portugal, quer no domínio da sua
conceptualização teórica, quer na elaboração de sugestivos estudos de
crítica comparativista. Ao mesmo tempo, patenteando um agudo sentido
cívico e manifestas preocupações existenciais, dedicou-se a uma contínua
reflexão ensaística, de natureza cultural e filosófica, mais acentuada
no final da sua vida."
(in http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/fidelino.htm)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.(in http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/fidelino.htm)
Invulgar.
25€
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