10 agosto, 2021

FURTADO, Diogo - O PROBLEMA DA EPILEPSIA E A MEDICINA MILITAR.
[Por]... Chefe dos Serviços de Neurologia e Psiquiatria do Hospital Militar Principal, Médico dos Hospitais Civis de Lisboa. Separata da Revista Clínica, Higiene e Hidrologia
. Lisboa, [s.n. - Tip. Henrique Tôrres, Lisboa], 1935. In-4.º (25,5 cm) de 14, [2] p. ; B.
1.ª edição independente.
Conferência dedicada à epilepsia numa ocasião em que os esforços nesta área da neurologia dava os primeiros passos entre nós.
Opúsculo muito valorizado pela dedicatória autógrafa do Prof. Diogo Furtado.
"Considerada sucessivamente como uma punição dos Deuses escorraçados, como um aviso de Divindade bemfazeja, como um tormento inventado por Satan, divinizada ao ponto de que em Roma os comícios se interrompiam ao eclodir na assistência um ataque do que passou então a ser chamado o mal comicial, a epilepsia permaneceu através dos séculos como uma das mais formidáveis incógnitas da ciência dos discípulos de Hipócrates.
No progresso vertiginoso da Medicina nos séculos passado e presente, o conhecimento da epilepsia progrediu também: conhecemos perfeitamente hoje os detalhes da sua sintomatologia, grande parte das causas que a determinam, mas é-nos forçoso confessar que o mecanismo íntimo da crise, a sua patogenia, em definitivo nos escapam por ora.
O fenómeno capital da epilepsia consiste na crise convulsiva generalizada, conhecida dos neurologistas do século passado com a designação de crise de grande mal."
(Excerto da conferência)
Diogo Guilherme da Silva Alves Furtado (1906?-1963). Neurologista renomado. Professor catedrático (Faculdade de Medicina de Lisboa). Foi Professor da Faculdade de Medicina, Director do Hospital Militar Principal (Hospital Militar da Estrela), Director dos Serviços de Neurologia dos Hospitais Civis e investigador do Instituto Nacional de Oncologia. Fundou e dirigiu o Serviço 11 (Neurologia) do Hospital dos Capuchos. Médico militar do QP, e também fundador do Serviço de Neurologia do HMP, Estrela, Lisboa. Colaborou com Egas Moniz na primeira série de leucotomias realizadas em 1936, técnica que daria o Prémio Nobel a Moniz anos mais tarde (1949). Presidiu à Comissão Administrativa que liderou os destinos do SCP no final de 1943.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam mancha de humidade junto à lombada, prolongando-se no interior do livro.
Raro.
A BNP dá notícia da obra sem no entanto incluir descrição bibliográfica.
15€

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