21 agosto, 2021

RODRIGUES, Rodrigo - SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DO PROBLEMA PENAL E PRISIONAL PORTUGUÊS.
Por... Médico, antigo Director da Penitenciária de Lisboa, Inspector e Administrador Geral das Prisões
. Vila Nova de Famalicão, Grandes Oficinas Gráficas «Minerva» de Gaspar Pinto de Sousa, Sucs., L.da, 1950. In-4.º (24 cm) de XII, 76 p. ; [4] mapas ; [2] gráficos ; il. ; B.
1.ª edição.
Subsídios Complementares do Estudo n.º 13 do Instituto Nacional de Estatística. Este é o sub-título do livro - parte de um estudo mais amplo publicado em outras instâncias - para um trabalho dedicado em exclusivo à análise da Etiologia e Patologia do Crime.
Livro ilustrado no texto e em separado com gráficos e mapas coloridos do território nacional.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao "Sr. Dr. António Sérgio", conhecido pensador, pedagogo e político português.
"Há, de facto, um aumento sensível do índice da criminalidade em relação ao índice de crescimento fisiológico da população Portuguesa? É isso uma realidade?
Parece que sim... [...]
Homens do foro e publicistas, ao lado dos psiquiatras e criminalistas, afirmar que a onda de crime cresce, avolumando-se ao lado de outras de outras deficiências físicas, mentais e morais, como as que já referi e definem o carácter de uma sociedade. As perversões e criminalidade infantis; as aberrações sexuais; a vadiagem e vagabundagem; o suicídio; as doenças do foro mental e psiquiátrico; a epilepsia; as deformidades orgânicas, etc., etc., e o que há apurado pelo último censo sobre nado-mortos, imbecis, cretinos, etc., condizem todos."
(Excerto de Factores ciminogéneos a considerar no nosso meio e causas prováveis do aumento da criminalidade - 2) Evolução do crime em Portugal)
Índice deste volume: Observação. | Índice Geral da Obra. | Etiologia e Patogenia do crime: I - Considerações Gerais. II - Factores ciminogéneos a considerar no nosso meio e causas prováveis do aumento da criminalidade. | Terapêutica Criminal: I - Terapêutica criminal preventiva. II - Terapêutica criminal curativa. III - Tratamento do criminoso. IV - O trabalho como meio de correcção criminal. V - A função sexual na terapêutica criminal. VI - Perdões, recompensas e seus efeitos como factor de terapêutica criminal. | Indicações de oportunidade: I - Generalidades. II - Conclusões.
Rodrigo José Rodrigues (1879-1963). "Militar, médico e político.nasceu em Britelo, Celorico de Basto, a 28 de setembro de 1879. Concluído o curso liceal em Lamego, ingressou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, alcançando o bacharelato em Medicina, em 1902. Seguiu a carreira de oficial do Exército e foi médico militar do Quadro Colonial, com serviços prestados em Cabo Verde (1903) e na Índia (1904-1910). Desempenhou também os cargos de reitor do Liceu de Goa e de professor da Escola Médica local. Dirigiu também o Instituto de Análises e Vacinas de 1906 a 1908. Após a implantação da República foi nomeado diretor da Penitenciária de Lisboa, desempenhou funções de vogal do Conselho Colonial, entre 1912 e 1919, e ainda de inspetor das Escolas Primárias Superiores. No domínio político, manteve sempre a sua filiação no Partido Republicano Português e uma estreita ligação com Afonso Costa, tendo sido membro da Liga Académica Republicana. Em 1911 foi governador civil de Aveiro e do Porto, e, em 1913, eleito deputado pelo círculo desta última cidade. Sobraçou a pasta de ministro do Interior, entre 9 de janeiro de 1913 e 9 de fevereiro de 1914, no ministério presidido por Afonso Costa. Foi durante esse período que ocorreu a criação da chamada "Formiga Branca", organização semi-clandestina do Partido Democrático, que terá tido como um dos principais mentores Daniel Rodrigues, governador civil de Lisboa e irmão de Rodrigo José Rodrigues. Durante o seu ministério foi também levado a cabo, em diversos distritos do país, um extenso inquérito à propaganda sindicalista, como forma de identificar potenciais agitadores que colocassem em risco o governo do partido democrático, bem como a segurança dos seus líderes. Terminada a atividade governamental, Rodrigo Rodrigues regressou ao parlamento, representando os círculos de Faro (1915), Lisboa Ocidental (1921) e Lisboa Oriental (1922). Em 1918, na sequência do golpe de Estado que levou ao poder Sidónio Pais, foi preso, sendo detido numa das celas da Penitenciária, que ele próprio dirigia, acabando depois exonerado do seu cargo. Após o sidonismo desempenhou em 1919 as funções de diretor geral das prisões. Foi ainda professor de Higiene e Médico Escolar da Escola Primária Superior de Amarante. Dada a sua larga experiência no domínio colonial, viria ainda a ser Governador de Macau, entre 1922 e 1924, e delegado de Portugal na Conferência do Ópio de Genebra (1924). Ocuparia depois o cargo de secretário da delegação portuguesa à Sociedade das Nações, entre 1925 e 1927, em Genebra. Já em plena Ditadura Militar, após regressar de Genebra, foi colocado como chefe da 2ª Repartição da Direcção Geral de Belas Artes, mas acabou sendo demitido das funções públicas em 1928. Autor de diversas obras, colaborou igualmente em vários periódicos, sendo de salientar a publicação de alguns episódios das suas memórias no jornal República, durante os anos de 1950. Morreu em Oliveira de Azeméis, a 19 de janeiro de 1963."
(Fonte: http://casacomum.org/cc/arquivos?set=e_7491)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado geral de conservação. Capas manchadas, algo oxidadas.
Raro.
Com interesse histórico e penitenciário.
Indisponível

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