25 abril, 2019

VITORINO, Pedro - A CATEDRAL DE REIMS. No primeiro aniversario do maior vandalismo de todos os tempos. Porto, Depositaria: Livraria Povoense de Lopes & C.ª, Suc., 1915. In-4.º (23cm) de 39, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Homenagem e protesto veemente do autor, por ocasião do primeiro aniversário do ataque alemão à Catedral de Reims, importante monumento gótico, palco das coroações de 31 monarcas franceses, incluindo Luís XIV, destruída pelos bombardeamentos no início da 1.ª Guerra Mundial.
Livro ilustrado ao longo do texto com fotogravuras e plantas da catedral, sendo uma delas em página inteira.
"No martirológio abominável dos monumentos históricos que as hostes teutónicas mui deliberadamente teem procurado promover, avulta o sacrifício inconcebível da jóia secular - a catedral de Reims.
Sem que dêle resultasse algum benefício de ordem militar para quem o praticou, sem que qualquer justificação, por mais transcendente que fôsse, o pudesse desculpar, o certo é que, na sua essência, não passa de um mero vandalismo, cheio de crueldade, de ódio e de estupidez. (Um comunicado oficial alemão (23 de Setembro) referia que numa destas torres [da catedral] estava um posto de vigilancia, asserção que o general Joffre se apressou a desmentir.).
Ás incerteza e equívocos do primeiro atentado vieram factos posteriores dar vulto e clareza. Os bombardeamentos sucederam-se com intensidades e resultados diversos, mesmo depois das pedras terem arrefecido do fogo pavoroso que as calcinou."
(Excerto do Cap. I, Historiando)
Matérias:
I - Historiando. II - No esplendor. III - Ante a barbaria.
Joaquim Pedro Vitorino Ribeiro (1882-1944). "Médico, historiador, arqueólogo, etnógrafo, militar, e crítico de arte. Frequentou a Academia Politécnica do Porto (1902-1905). Deste estabelecimento de ensino transitou para a Escola Médico-Cirúrgica do Porto, onde, em 1910, concluiu o curso de Medicina com a defesa da tese "Socorros de urgência - Breves Notas". De seguida, partiu para Paris, onde se especializou em Radiologia. Regressou ao Porto em 1911. Em 1919, foi nomeado clínico auxiliar da Santa Casa da Misericórdia e chefe do Laboratório de Radiologia e Fotografia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, onde, desde 1913, exercia as funções de chefe do Gabinete de Fotografia e Eletroterapia. Em paralelo com a formação académica e a carreira médica, desenvolveu muitas outras atividades humanitárias e culturais. Foi militar (voluntário de Infantaria em 1901, alferes em 1911, tenente-médico em 1915 e capitão em 1918), tendo chegado a participar na I Guerra Mundial, pois integrou como capitão-médico miliciano o Corpo Expedicionário Português que partiu para Paris em Abril de 1918."
(Fonte: https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=antigos%20estudantes%20ilustres%20-%20pedro%20vitorino)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

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