17 abril, 2019

HOGAN, Alfredo P. - MARCO TULLIO OU O AGENTE DOS JESUITAS : romance historico (1568-1600). Original por... Publicado por L. C. da Cunha. Tomo I [e II, III e IV]. Lisboa, Na Typographia do Editor L. C. da Cunha, 1860. 4 vols in-8.º (19,5cm) de 148, [2] ; [2] f. il. (I), 151, [1] p. ; [2] f. il. (II), 139, [3] p. ; [2] f. il. (III) e 113, [1], 19, [3] ; [2] f. il. (IV) ; E. num único tomo
Obra em 4 volumes (completa). Ilustrada com 8 belíssimas gravuras litografadas em folhas separadas do texto.
Romance que narra os esforços de Marco Túlio, um calabrês, que durante anos procurou ser reconhecido como D. Sebastião, o monarca desaparecido em África, na batalha de Alcácer-Quibir.
"Entre a raia de Hespanha e a fronteira de Portugal, entre Herrera e Montalvão, elevava-se ainda em 1568 um pequeno edificio de origem goda, com as suas muralhas acastelladas, os seus torreões com setteiras, e as janellas estreitas e esguias conforme o gosto da sua antiga architectura.
Este pequeno edificio era perfeitamente quadrado, e defendido por um fosso, já em alguns pontos entulhado, pela vicissitude do tempo e desleixo do proprietario do castello.
Havia alguns annos que alli não dava entrada cortejo algum: nem luzidos senhores com os seus esvellos pagens, nem cavalgaduras guerreiras, demandavão aquelle sollar, cuja porta girando por vezes nos seus enferrujados gonzos, apenas dava passagem a um velho ecclesiastico que durante o espaço de quinze annos muito visitava aquelle edificio nas suas continuas jornadas de Hespanha para Portugal."
(Excerto do prólogo, O Palacio do Ponte-Negro)
Alfredo Possolo Hogan (1830-1865). "Nasceu e faleceu em Lisboa. Funcionário dos correios, cultivou a literatura negra, tornando-se um romancista e um dramaturgo bastante popular em Lisboa. Nas suas obras notam-se influências de Eugène Sue e Alexandre Dumas. Escreveu vários romances históricos: Marco Túlio ou o Agente dos Jesuítas (1853), Mistérios de Lisboa (romance em 4 volumes, 1851), Dois Ângelos ou Um Casamento Forçado (romance em 2 volumes, 1851-1852), etc. Das peças de teatro, destacam-se: Os Dissipadores (1858), A Máscara Social (1861), Nem Tudo que Luz É Oiro (1861), A Vida em Lisboa (em parceria com Júlio César Machado, 1861), O Dia 1.º de Dezembro de 1640 (1862), As BrasileirasSegredos do Coração e O Colono. Foi-lhe atribuída (e com propriedade) a autoria do romance A Mão do Finado (1853), publicado anonimamente em Lisboa, pretendendo ser a continuação de O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas."
(Fonte: http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/hogan.htm)
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Assinatura de posse na f. rosto.
Raro.
Indisponível

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