1.ª edição independente.
Separata do numero da Revista Militar Consagrado ás forças portuguêsas que combateram em França e em Africa (1914-1918).
"Até ao raid de 9 de março de 1918 efectuado pelas nossas tropas, sob o comando do intrepido capitão Ribeiro de Carvalho, à frente dos soldados de infantaria 21, muitos outros raids puzeram à prova os nossos homens, que se distinguiram repelindo um grande número dêles e realizando outros.
Chegámos ao ponto culminante da acção portuguêsa. Queremo-nos referir ao ataque (poderiamos chamar-lhe surpresa?) de 9 de abril de 1918, um dos lances mais terriveis da nossa história militar. É a batalha de Armentières, dos escritores ingleses, ou a de La Lys, dos têcnicos alemães, designação esta que veio a prevalecer.
Más condições de terreno, sôbre o qual comandava a posição alemã de Aubers; a redução dos nossos efectivos, que esgotára os soldados numa faina sobrehumana; a acção de um nevoeiro intenso, mais especialmente favorável ao atacante, permitindo a infiltração de destacamentos alemães entre os nossos sub-sectores; a violencia inaudita de um bombardeamento que nos cortou as comunicações, e impossibilitou o reabastecimento da nossa artilharia; uma superioridade numerica esmagadora (da nossa parte, 3 brigadas da 2.ª Divisão, apoiadas pela 3.ª da 1.ª - do lado do inimigo, - as 7 divisões de von Quast); e, finalmente, a circunstância, que não deve esquecer-se, de que o ataque incidiu sôbre nós precisamente quando iamos ser rendidos por tropas britanicas e iamos acantonar na região de Desvres, para onde já tinha seguido a nossa 1.ª Divisão; eis um conjunto de circunstâncias desfavoraveis no mais alto grau, e a que só podemos fazer frente por um desenvolvimento de energias, que tanto ingleses como franceses memoraram com o louvor merecido."
(Excerto de O nosso papel)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico, diplomático e militar.
Indisponível
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